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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 9 - N° 451 - 7 de Fevereiro de 2016

 
 

 

Como Jesus gostaria
que eu agisse?

 

Lúcia, de nove anos, aprendera com os pais que, ao acordar, deveria fazer uma prece, agradecendo a Jesus pelo novo dia e amparo para agir sempre bem com todos.
 

Assim, Lúcia fez sua oração e, confiante, levantou-se certa de que naquele dia tudo correria bem. Sentia-se alegre e bem disposta. Arrumou-se, tomou o café da manhã e despediu-se da mãe. Ao sair, porém, lembrou-se de que precisava levar dez reais que a professora pediu para pagar o transporte do passeio que iriam fazer na próxima semana.

A mãe deu-lhe uma nota de dez reais e disse:

— Minha filha, não ande com o dinheiro na mão. Guarde-o na sua mochila.

— Fique tranquila, mamãe, vou guardar. — E com

sorriso acenou do portão já a caminho da escola.  

Lúcia caminhava pela rua feliz. Ao passar por uma árvore viu um homem encostado nela e notou que ele a olhava com interesse. Ele viu a nota de dez reais que ela ainda segurava e avançou com a mão estendida, arrancou-lhe a nota e saiu correndo.

Assustada, a menina pôs-se a gritar. Pessoas que passavam por ali pararam, indagando o que acontecera. Em lágrimas, ela apontou para o homem que corria.

Um homem que vinha em sentido contrário olhou para o maltrapilho que corria em sua direção e, ao mesmo tempo, mais adiante, viu a menina que chorava. Não teve dúvidas. Segurou o miserável com força e pôs-se a gritar:

— Polícia! Polícia! Acudam! Ladrão!... — E arrastava o homem em direção à menina que chorava. Um carro de policia que passava parou para ver o que acontecia. O homem que segurava o ladrão disse:

— Ele roubou essa menina!
 

Os policiais desceram e perguntaram para a garota se era verdade o que o cavalheiro dizia. Lúcia, vermelha de chorar, olhou para o ladrão e viu tanto medo no olhar dele, como se ele lhe suplicasse silêncio. Então ela lembrou-se de Jesus e pensou: “Se eu estivesse no lugar dele, como eu gostaria que agissem comigo?”.

Seu coração encheu-se de piedade por aquele pobre homem maltrapilho, que parecia faminto e que talvez tivesse roubado para comer. De repente, Lúcia notou que ainda não respondera à pergunta do policial e eles aguardavam. Então olhou para o ladrão, depois para os policiais e disse:

— Fui eu que dei os dez reais para ele.

— Mas você estava chorando!... — exclamou o cavalheiro que agarrava o maltrapilho.

— Eu estava chorando porque levei um tombo e sentia dor.

Os policiais não estavam convencidos, mas soltaram o maltrapilho, que saiu correndo.

Lúcia foi para a escola e justificou-se perante a professora afirmando que esquecera o dinheiro e o traria no dia seguinte. Ela estava em paz com sua consciência.

Uma semana depois, um homem tocou a campainha da casa de Lúcia. A mãe atendeu:

— Gostaria de falar com sua filha, minha senhora.

A mãe convidou-o a entrar e sentar-se. Depois chamou Lúcia, dizendo-lhe que um homem desejava falar com ela. Ao vê-lo, a menina não o reconheceu. Ele explicou:

— Não se lembra de mim? Fui eu que roubei sua nota de dez reais outro dia.

— Ah! Não o reconheci. O senhor está tão diferente!...
 

— É verdade. Naquele momento, eu estava desesperado, desempregado, não tinha dinheiro e precisava comprar alimentos e remédios para minha filhinha que estava doente. Ao ver a nota de dez reais na sua mão, não resisti e roubei-a — esclareceu o homem, cheio de vergonha.

A mãe de Lúcia arregalou os olhos, assustada. Ignorava o que acontecera. A filha dissera que perdera o dinheiro. O homem chorava, emocionado ao ver que até a mãe ignorava o que havia ocorrido. Então lhe contou,

terminando por afirmar:  

— Graças à sua filha, não fui preso. Consciente de ter errado, passei a agir diferente. Voltei para casa, tomei banho, vesti roupa limpa e saí para procurar emprego. Deus me ajudou e logo estava trabalhando. Assim, vim devolver o que sua filha me deu.

Retirou uma nota de dez reais do bolso e entregou-a à menina:

— Obrigado, garota. Deu-me uma grande lição, e eu precisava. Foi Jesus que me ajudou por suas mãos, pois não seria daquela maneira que eu iria resolver meus problemas. Jamais esquecerei o que fez por mim. 

Ele levantou-se e abraçou-a, emocionado, dizendo que gostaria que fossem amigos. Lúcia sorriu e concordou:

— Jesus ajudou a mim também. Ao acordar, eu havia pedido a Ele que eu pudesse fazer o melhor naquele dia. Na verdade, Jesus ajudou a nós dois!

Tornaram-se grandes amigos e sempre contavam às pessoas como haviam se conhecido, afirmando que Jesus sempre nos socorre, mas é preciso que saibamos entender sua vontade.      

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 28/09/2015.)


                                                   
 


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