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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 9 - N° 448 - 17 de Janeiro de 2016

 
 

 

Generosidade

 

A pequena Neli da primeira série aprendia a ler. Certo dia, a professora levou os alunos à biblioteca da escola. Neli pegou um dos livros e, abrindo ao acaso, leu:

— Ca... ri...do...so. Caridoso! O que será isso?!...

Então chamou a professora, que veio atender ao seu chamado.

— O que é caridoso, Professora Marta?
 

— Caridoso é quem ajuda as pessoas. Quando ajunta muitas coisas, como dinheiro, objetos, móveis, roupas etc. para dar aos que nada têm, dá-se a isso o nome de caridade. Isto é, diz-se que a pessoa é caridosa!

— Ah!... Quer dizer que, com tudo o que a pessoa ajunta, ela fica rica de coisas?

— Exatamente, Neli. Mas por que você quer saber sobre isso?

A menina pensou um pouco, depois respondeu:

— É que, como a senhora explicou, se a pessoa é caridosa ela é rica também — respondeu pensativa à professora, que acrescentou:

— É que temos a considerar a condição de cada um no tocante às riquezas! Se a pessoa não tem riquezas materiais, mas tem riquezas morais, ela também é rica!

— Como assim? Não estou entendendo! — retrucou a pequena, aflita.   

— Jesus nos ensinou que a pessoa pode ser rica materialmente e espiritualmente. Desse modo, pode acontecer que ela não seja rica de bens materiais, mas seja rica de bens espirituais! Por exemplo: Lembra-se de Dona Amélia, que sempre está na frente da escola? É pobre de recursos materiais, porém é rica em bens morais.

— Não entendi, Professora — disse a pequena, com a mente confusa.

— Vou explicar, Neli. Veja! Dona Amélia tem bens materiais?

— Não! — respondeu a pequena, com firmeza.

— Muito bem. Ela é rica de bens morais?

— Não sei, professora!

— Como ela trata todas as pessoas que encontra?

— Com um sorriso, uma palavra boa!...

— Isso mesmo, Neli. O que mais Dona Amélia tem que seja bom?

Neli pôs-se a relacionar o que Dona Amélia fazia sem receber nada em troca por seu carinho:

— Dona Amélia nunca reclama, não fala mal de ninguém, ajuda a quem precisa sem pedir nada. Ela é boa, gentil, amorosa e por tudo o que faz não cobra nada. Vive sorrindo a todos os que passam por ela na rua! Ah!... E até quando está no semáforo, ela cuida para que as pessoas não passem com o sinal fechado.

— Neli, vê quantas coisas boas Dona Amélia tem dentro de si?

— É mesmo, professora. Pensando assim, reconheço agora que ela é excelente pessoa.

— Sem dúvida, Neli. Você analisou muitos fatos que viu, como a Dona Amélia trata as demais pessoas. E agora, diante disso, o que você acha?

A menina pensou um pouco e respondeu:

— Confesso que estranhei a atitude de muita gente, daqui mesmo do colégio! Tratam mal a Dona Amélia!

Como a professora só ficasse a olhá-la, curiosa, Neli acrescentou:

— Mas não importa o que a pessoa tenha feito de mal. Se resolveu mudar, Jesus a auxiliará nesta mudança, não é?

— Sem dúvida, Neli. Apesar de pequena, você tem uma cabecinha muito boa. Continue assim!

— Professora, eu acho que Dona Amélia merece ser ajudada por todos. A vida dela é tão difícil, nada tem de seu. Outro dia ela me contou que mora debaixo de um viaduto! Vou falar com minha mãe para que possamos doar a ela algo de que ela realmente precise. A senhora não acha bom?

A professora olhou a aluna com admiração e respondeu, emocionada:

— Sim, Neli. Acho ótimo! E penso que poderíamos fazer mais por ela. Talvez uma campanha para ajudá-la. O que acha?
 

A menina ficou encantada com a ideia e resolveram pedir a todos do colégio que colaborassem com alguma coisa. O resultado foi tão bom que logo uma sala desocupada na escola já estava cheia de coisas que dariam à Dona Amélia.

Certo dia, quando já tinham juntado muitas coisas, chamaram dona Amélia para contar-lhe o que tinham feito em seu benefício. E Dona Amélia, de

olhos arregalados, olhando tudo muito animada, pôs-se a dizer:

— Obrigada! Obrigada, gente! Olha! Esta mesinha pode ir para a família do Bonifácio, que nada tem. Estas roupas vão servir para as crianças da Elvira! Estes cobertores, podemos doar para a Izabel, que tem cinco crianças e no inverno passam muito frio!... Vou pedir para virem buscar as doações!...

E assim Dona Amélia foi distribuindo tudo para seus amigos necessitados. Quando terminou a montanha de coisas, a professora e Neli trocaram um olhar admirado, depois caíram na risada:

— Professora, dona Amélia não tem necessidade de nada! O que ela quer mesmo é ajudar os outros!...

— Tem razão! Que Deus a abençoe, Neli!  

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, aos 21/09/2015.)


                                                   
 


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