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Editorial Inglês Espanhol    
Ano 9 - N° 442 - 29 de Novembro de 2015
 
 

 
 

O desalento juvenil
e suas causas

 
O filósofo francês Gilles Lipovetsky
(1) manifestou certa vez sua preocupação com o desalento da juventude dos nossos tempos e há, na atualidade, quem veja nesse desalento juvenil uma das causas que têm levado tantos jovens radicados no Ocidente a aderirem à ideologia disseminada em nosso mundo pelo grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico. Segundo reportagem publicada na última quarta-feira, dia 25, pela revista VEJA, metade dos militantes que lutam no Iraque e na Síria são estrangeiros.

Por que o desalento?

Existem, como sabemos, inúmeras causas pelas quais uma pessoa pode ser levada a esse estado. A falta de um sentido para a vida é, seguramente, uma delas, o que ressalta com toda a clareza nas ideias emitidas pelo pensador a que nos referimos.

Vejamos o que ele declarou oportunamente em uma entrevista concedida ao Globo Universidade, ao abordar o tema felicidade: 

O sofrimento faz parte da vida e não pode ser ignorado. O problema é que hoje o sofrimento não tem mais sentido, não existe mais razão para isso. Antes, havia um sistema, como a religião, que dava sentido ao sofrimento, mas hoje é sempre visto como um mal. Apesar de a modernidade ter facilitado alguns aspectos da vida, diminuindo essa percepção, também trouxe muitas dificuldades.


Atualmente, podemos observar uma espiral da taxa de depressão entre as pessoas. Existem duas razões para isso. Primeiramente, a sociedade se tornou muito mais incerta, temos menos repetição, tudo muda o tempo inteiro, temos mais competição de forma que as pessoas ficam mais desestabilizadas.


Além disso, não estamos mais habituados a suportar momentos difíceis. Quando não estamos felizes, achamos que existe algo de errado com a gente, pois vivemos em uma sociedade publicitária que nos mostra por meio das propagandas, das celebridades e do cinema imagens de felicidade.


Hoje, por exemplo, as crianças são criadas para não sofrer. Antigamente, elas eram criadas de uma forma mais dura para a sua própria proteção, para que elas se tornassem mais resistentes. Hoje, os jovens se tornaram mais frágeis e o aumento das taxas de suicídio reflete um pouco isso. Os indivíduos contemporâneos são criados para serem felizes. Não podemos mais sofrer.
(Grifamos.) (Leia a entrevista completa em http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/10/entrevista-gilles-lipovetsky-aborda-o-papel-do-consumo-na-atualidade.html/.)

Toda vez que alguém se refere à falta de um sentido para a vida, mais se fortalece em nós a importância da divulgação dos ensinamentos espíritas, que nos mostram com notável nitidez as razões pelas quais estamos aqui e por que, no mundo em que vivemos, há tantas mazelas, tanta maldade, tanto sofrimento.

Em que fonte buscou o filósofo a ideia de que hoje o sofrimento não tem mais sentido? Por acaso ignora os efeitos do sofrimento na vida de uma pessoa que jamais deu ouvido aos conselhos e às orientações dos que fizeram de tudo para ajudá-la?

A literatura espírita oferece-nos exemplos incontáveis de como se dá o processo que nos conduz à perfeição, meta para a qual fomos criados, e nos fala também acerca dos inúmeros recursos de que a Providência se vale para que ali cheguemos.

O processo reencarnatório, as provas e a educação são alguns deles, mas a enfermidade, as vicissitudes e o sofrimento também o são e – como é fácil perceber – absolutamente necessários no planeta em que vivemos, onde, dada a sua natureza e à qualidade dos Espíritos que aqui reencarnam, o mal impera soberano e continuará a fazê-lo por um bom tempo.  
 

(1) Gilles Lipovetsky, nascido em 24/9/1944, é um filósofo francês, teórico da Hipermodernidade, autor dos livros A Era do Vazio, O luxo eterno, A terceira mulher, O império do efêmero, A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo, entre outros.  



 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita