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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 434 - 4 de Outubro de 2015

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 

 
Sinézio Augusto Griman: 

“O lema ‘Amai-vos e instruí-vos’ tem sido negligenciado em nosso meio”

 Pesquisador voltado para a história do Espiritismo, o confrade mineiro fala-nos sobre seu trabalho de pesquisa e as
dificuldades para realizá-lo
 

Sinézio Augusto Griman (foto), natural de Juiz de Fora (MG) e residente em Volta Redonda (RJ), vincula-se aos trabalhos realizados pelo Grupo Espírita União, Fraternidade e Amor. Espírita há mais de 40 anos – desde 1971 – e hoje, aposentado das atividades profissionais, dedica-se à pesquisa pertinente à história do Espiritismo, as-

sunto que constitui o tema central da entrevista que nos concedeu. 

De onde lhe surgiu o interesse pela pesquisa da história do Espiritismo?  

Meu interesse pela pesquisa surgiu inicialmente em 1985 quando procurei informações biográficas de alguns companheiros e percebi que havia uma repetição sistemática, ou seja, uns copiando dos outros e nada de pesquisa. Em 1991, na feirinha pró Mansão do Caminho no Rio de Janeiro, estive com Divaldo, que me incentivou neste caminho. No início sonhei grande, pensei que muitos se interessariam pela história do Espiritismo e pela luta dos companheiros de doutrina, mas aos poucos fui redimensionando meu sonho até o momento, cujo sonho, por mim sonhado um dia, chama-se hoje realidade. 

O que mais lhe chamou a atenção nesses anos de pesquisa? 

Podemos dizer que hoje existem alguns companheiros preocupados com o assunto, mas ainda são poucos e a falta de recurso e interesse para esse trabalho é alarmante. Fazemos mais compilação do que pesquisa, pois a pesquisa necessita de persistência, de tempo e de recursos financeiros. Assim, temos visto muitas vezes o meio acadêmico realizando trabalhos de excelente nível sobre Espiritismo, mesmo sem estarem envolvidos com a doutrina espírita. Costumo dizer aos meus irmãos que interesse e tempo eu tenho!  

O preconceito foi o grande obstáculo à expansão da ideia espírita no passado? E hoje, qual tem sido o grande obstáculo à plena vivência espírita? 

Minha visão neste sentido é limitada, pois não tenho conhecimento do que acontece em outros estados. Mas, pela minha experiência, o lema “Amai-vos e instruí-vos” tem sido negligenciado em nosso meio. Não quero falar de amor ou de fraternidade, mas somente do respeito pelas diferenças de opiniões. Dou-me o direito de ter uma visão do Espiritismo, mas respeito as opiniões divergentes da minha, mesmo não concordando com elas. 

Fale-nos sobre o trabalho pioneiro de Luís Olímpio Telles de Menezes.  

O início da trajetória espírita, realizado por Luís Olímpio Telles de Menezes, foi uma tarefa pessoal, com auxílio de poucos companheiros que souberam perseverar até o fim. No dia 16 de março de 1893, na rua Barão de São Felix, nº 165, com 68 anos, desencarnou Telles de Menezes em pobreza extrema, vitimado por uma nefrite, tendo sido o corpo enterrado no Cemitério de S. Francisco Xavier no Rio de Janeiro, graças ao patrocínio de dois colegas taquígrafos. Como vemos, os espíritas ficaram alheios às suas necessidades. A revista Reformador, em abril de 1893, ou seja, no mês seguinte, publicou uma nota sobre a desencarnação de Telles de Menezes. Hoje falamos do seu pioneirismo e esquecemos que,  mais que uma tarefa, foi uma batalha pessoal.

Cite um momento desse grande pioneiro. 

É possível observar com clareza que num dado momento de sua vida Telles de Menezes imaginou a possibilidade de uma convivência pacífica entre o Espiritismo e a Igreja Católica, pois ele se considerava na época católico e espírita, quando na verdade teria de ser católico ou espírita. Na sequência de sua vida ficou claro que uma escolha teria de ser feita e que a guerra estava declarada e Telles de Menezes teria de responder aos ataques da Igreja, solitariamente, como aconteceu. 

Como o amigo vê o atual estágio do movimento espírita, considerando-o historicamente? 

Gostaria de repetir aqui o que diz Joanna de Ângelis sobre o assunto na introdução do livro “Diretrizes para o Êxito”: “Há um século e meio quase, materializou-se a Sua Promessa no Espiritismo, que se propõe a regenerar o ser humano individualmente e a sociedade como um todo. Apesar disso, a colheita de frutos tem sido quase inexpressiva até este momento, o que é realmente doloroso ao ser constatado”.

O passado histórico do Espiritismo serve inicialmente para dar crédito a todos aqueles que dedicaram suas vidas na compreensão da vida após a morte e também para não repetirmos os erros desse mesmo passado. 

Algo marcante de suas lembranças que gostaria de relatar? 

Meu encontro com Divaldo Franco me possibilitou conhecer um companheiro que na minha opinião é único. Não falo do orador ou mesmo do médium, mas sim do homem Divaldo, espírita na total expressão da palavra. Cheguei a fazer para ele alguns trabalhos gráficos inexpressivos, mas que ele me falava como se fosse algo de grande valor, me colocando numa posição que não merecia, o que foi uma lição inesquecível. A ele, minha completa gratidão por aqueles dias de amizade e fraternidade. 

Que podemos fazer, como movimento espírita organizado, para melhorar o nível das atividades para a coletividade? 

Divulgação com base nas obras básicas. 

Algo mais que gostaria de acrescentar? 

Minha pesquisa principal são as fotografias relacionadas ao Espiritismo, mais de 5 mil, que hoje tenho enviado para alguns companheiros do movimento espírita e o trabalho sobre Allan Kardec denominado “PARIS NO TEMPO DE ALLAN KARDEC”. Trabalho este disponibilizado em DVD sem fins lucrativos e distribuição gratuita. O endereço para contato é: augustogriman@gmail.com 

Suas palavras finais. 

Meus sinceros agradecimentos.

 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita