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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 394 - 21 de Dezembro de 2014

 
 

 

Um Natal diferente

 

Carlinhos era muito pobre e se habituara desde cedo a ajudar no sustento da casa.           

Bondoso senhor, dono de uma oficina mecânica, permitia que ele ali permanecesse como aprendiz, fazendo pequenas tarefas como limpar peças, varrer o chão, levar recados e às vezes, até fazer cobranças.

A mãe, pobre lavadeira, se esforçava para suprir as necessidades da família, constituída por Carlinhos, de oito anos, e dois irmãos menores, enquanto o pai, sempre desempregado, vivia pelos bares.

Certo dia, Carlinhos voltou muito cansado para casa, depois de um dia exaustivo, e encontrou o pai, bêbado, a brigar com sua mãe porque o jantar não estava pronto.

A boa senhora, pacientemente, explicava ao marido que lavara roupas o dia inteiro e que chegara do serviço havia pouco tempo, mas que

iria providenciar o que comer.  

O Natal se aproximava e a cidade se encontrava em clima de festa. As lojas cheias de brinquedos, árvores enfeitadas e as ruas iluminadas, enquanto músicas natalinas lembravam às pessoas que o Natal estava chegando.

Ao entrar em casa e perceber o ambiente carregado, a mãe chorando num canto e as crianças assustadas, Carlinhos sentiu uma grande tristeza. Foi para o quarto, sem conseguir segurar as lágrimas.

Ao ver o filho chegar àquela hora, todo sujo de graxa, cansado de tanto trabalhar, o pai teve um momento de lucidez. Sentiu vergonha de si mesmo e foi atrás de Carlinhos.

Na porta do quarto parou. O garoto estava ajoelhado ao lado da cama a orar. Não desejando interromper, o pai ficou a ouvir o que o filho dizia.

— Jesus querido. Aproxima-se o Natal e vejo todas as pessoas felizes, mas eu me sinto muito infeliz porque gostaria de dar alguma coisa para os meninos e não tenho dinheiro. Mamãe trabalha muito e eu também, porém não conseguimos ganhar o suficiente para as despesas. Meu pai se zanga e briga conosco. Ajuda-nos Jesus para que possamos ter um Natal melhor e dar ao papai o que ele precisa.

Cheio de vergonha, o chefe da família afastou-se, emocionado.

Não disse nada a ninguém. No dia seguinte, Antonio levantou-se bem cedo e saiu, para surpresa de todos que costumavam vê-lo dormindo até tarde.

Estava sério e não gritou com os familiares. Aquele dia ele não voltou bêbado para casa e nos outros dias também não.

Na véspera do Natal chegou bem tarde. Cansados de esperá-lo, os familiares foram dormir, certos de que voltaria bêbado para casa.

No dia seguinte, oh, surpresa!... Ao acordar os meninos viram na sala, uma pequena árvore de Natal e, sob ela, diversos pacotes.

Gritaram de alegria, acordando a família toda e abrindo os presentes. Com espanto, Carlinhos e sua mãe não sabiam como explicar aquele milagre.

Antonio, que observava um pouco afastado a reação das crianças, fitou com carinho a todos e dirigiu-se ao filho mais velho:

— Carlinhos! Graças a você, meu filho, hoje sou um homem diferente. Perdoe-me por ter sido um mau pai e um peso para vocês. Tenho uma boa notícia para todos. Não estou bebendo mais e até arrumei um emprego. Suas preces foram atendidas, meu filho.

E, depois dessas palavras, abriu os braços satisfeito e cheio de dignidade, exclamando:

— Feliz Natal para todos!

Sorridentes e sem poder acreditar em tamanha felicidade, a mulher e os filhos se aninharam nos braços daquele homem que recuperara sua verdadeira posição dentro daquela casa, enquanto Carlinhos suspirava feliz, dizendo:

— Agora, afinal, somos realmente uma família! Graças a Jesus! 

                                                      TIA CÉLIA
                                                 
                                                   
 


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