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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 382 - 28 de Setembro de 2014

 
 

 

O pequeno índio
e o coelho

 

Certa vez, em um bonito lugar, vivia Pari, pequeno índio que andava sempre pelo mato arrumando problemas e desgostando os animais que ali viviam. Seus pais diziam:

— Você não pode agir assim, Pari. Os animais são nossos amigos e vivemos como irmãos! Também não pode destruir as árvores e as plantas, que são nossas amigas e nos dão alimento, sombra e nos protegem do sol.

Mas o pequeno índio, irritado, fechava a cara, torcia o nariz, pegava seu arco e flechas e saía de perto dos pais.

Certo dia ele caminhava pelo campo quando viu um coelhinho espiando por entre as moitas de vegetação. Rápido, pegou uma flecha, colocou-a no arco; esticou bem a cordinha, fez pontaria e atirou. A flecha passou zunindo!...

Porém o coelho, muito esperto, saiu pulando em disparada, escondendo-se do indiozinho que o procurava por todo lado.
 

De repente, o pequeno índio ouviu uma gargalhada atrás dele e virou-se: era o coelho!

— Você está rindo do quê, coelho bobo?

O coelho parou de dar risada, e confessou:

— De você! Nunca vai me acertar com suas flechas! Sou bem mais rápido e

ágil do que você!  

— Pois então, você vai ver! — disse Pari com raiva, pegando outra flecha e retesando o arco para atirá-la no coelho.

Mas, para seu desespero, quando atirou a flecha, novamente o coelho, que era o melhor corredor da mata, já tinha desaparecido.

Então, o indiozinho sentou-se no solo e, muito triste, pôs-se a chorar.
 

Ao vê-lo naquela tristeza, o coelho sentiu pena dele e aproximou-se, com muito cuidado:

— Por que está chorando, pequeno índio?

O menino olhou para ele e falou:

— É que não consigo atingir ninguém com minhas flechas. Sempre erro!... Talvez não tenha boa pontaria!

O coelho pensou um pouco e considerou:

— Você tem boa pontaria sim, pequeno índio, porém talvez não deva andar por aí querendo acertar todos os animais e aves que encontra!
 

— Por quê? — perguntou Pari.

— Porque, em respeito à natureza, só deve atingir algum bichinho quando estiver com muita fome, entendeu? Aprendi que não devemos matar por prazer. Só por necessidade. Assim como também não podemos arrancar frutos das árvores se não estivermos com fome e precisarmos nos alimentar!

O indiozinho balançou a cabeça e respondeu:

— Você tem razão, coelhinho. Meu pai sempre me ensinou assim, mas é que eu gosto de sair pelo mato atirando minhas flechas! Porém, a partir de hoje, não farei mais isso. Quer ser meu amigo?

— Claro que quero! Vamos brincar juntos e dar boas risadas!
 

Assim Pari, o pequeno índio, saiu caminhando com o coelho, que ia aos pulos. De repente, apareceu uma grande cobra e o coelho, que dava risada, não viu.

O indiozinho, que viu a cobra, rapidamente pegou uma flecha, fez pontaria e atirou. O coelho ficou pálido de susto ao ver seu novo amigo de arco em punho, pronto para atirar, e gritou:

— Não!...

— Acertei! Ainda bem!... — disse o indiozinho, aliviado.

Ao ouvir isso, o assustado coelho começou a se apalpar para ver se seu corpinho estava ferido, já sentindo até dor!...

Mas o pequeno índio, rindo, lhe mostrou:

— Coelho, quase que esta cobra picou você! E olhe que ela é venenosa!

O coelho, de olhos arregalados, olhou em volta e viu uma grande cobra estirada, que fora atingida pela flecha. Quase desmaiou de susto, mas, aliviado, agradeceu ao pequeno índio:

— Indiozinho, eu pensei que você estivesse atirando em mim! Obrigado, meu amigo, se não fosse você eu não voltaria para minha casa hoje!

Eles se abraçaram e, desse dia em diante, se tornaram grandes amigos, um confiando no outro.  O coelho levou seu novo amigo para conhecer sua toca, e o pequeno índio o levou para conhecer a taba onde vivia com sua família, e todos gostaram muito do coelho.

E a paz voltou à mata a partir daquele dia. Como os indígenas da tribo se afeiçoaram ao coelho, que era muito simpático, começaram a pensar em mudar de alimentação.

Desse modo, partiram para o cultivo de plantas que pudessem comer, como a mandioca, o milho e várias outras plantas.  

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 4/08/2014.)        

                                                 
                                                   
 


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