WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 381 - 21 de Setembro de 2014

 
 

 

A lição da natureza

 

Ana Luísa, de dez anos, tinha grande dificuldade em aceitar mudanças, em aprender coisas novas.

Gostava mesmo de tudo aquilo que já tinha aprendido e incorporado em sua existência.

Tal comportamento era mais próprio de pessoas idosas, não de uma garota na sua idade. A avó, dona Laura, de setenta anos, que a observava, lhe dizia, brincando:

— Ana Luísa, minha neta, você parece mais velha do que eu! É tão bom aprender e vivenciar coisas novas!

Porém a menina balançava a cabeça, não concordando:

— Não gosto, vovó. Meu corpo está mudando e também não quero que ele mude. Gosto dele do jeito que está. Não quero meu rosto horrível e cheio de espinhas.

— Ah! Mas você sempre será linda, minha querida, com ou sem espinhas. Aprenda que toda fase é única e que tem seu encanto.    

Dona Laura percebeu que a neta estava passando pela crise da puberdade e desejou ajudá-la.

Um dia a avó chamou a neta para passear. Era um final de inverno, e o vento soprava derrubando as folhas secas das árvores.

Dona Laura levou a neta pela mão, caminhando por entre as árvores do parque. A senhora respirava profundamente, enchendo os pulmões

de ar, encantada com a natureza. Ana Luísa, carrancuda, caminhava a seu lado.

De repente, a menina disse, irritada:

— Não sei por que a senhora está tão maravilhada com tudo. As árvores estão despidas, tudo está feio. Não tem nem flores!...

A senhora, sorridente, olhando para o alto, respondeu:

— Você não consegue ver a beleza de tudo isso, Aninha? Cada época do ano representa um período em que a natureza se prepara para a próxima etapa. Veja! O inverno está terminando e as plantas se preparam para a primavera.

Levou Aninha até perto de um arbusto e mostrou:

— Repare! Olhe os brotos tenros que surgem nos galhos! Veja a grama seca como se enche de pequenos pontos verdes! Logo, as flores irão colorir a natureza de beleza sem fim. E não é só isso, Ana Luísa! Os animais também se vestem de roupa nova: as aves deixam cair as penas velhas e ganham penugem nova; os bichos trocam os pelos, substituindo-os por nova pelagem. Tudo se renova. Até o nosso corpo, em determinadas fases da existência se modifica, preparando-se para novas etapas, novas responsabilidades.

A vovó parou de falar, olhou para a netinha, e prosseguiu:

— O meu caso é diferente. Estou no inverno da existência física, me preparando para trocar as folhas velhas por uma roupa nova e bonita. Tudo segue seu curso.

A menina fitou a vovó com os olhos úmidos. Sabia que a avó estava se referindo, com extrema delicadeza, à transformação pela morte física e o retorno em nova existência. 

— Entendeu? As mudanças que Deus nos proporciona, Ana Luísa, têm sempre uma finalidade útil e boa. São sempre para o nosso bem, mesmo quando julgamos o contrário. As mudanças que estão ocorrendo com o seu corpo também são para o seu bem. Possibilitarão que você cresça, amadureça como mulher, e que um dia venha a se casar e a ter filhos.

Ana Luísa sorriu para a avó e abraçou-a com imenso carinho.

— Entendi, vovó. Mas, é tão difícil!...

— Eu sei, minha querida. Todavia, pense que é só uma fase e que logo tudo estará bem. Como a chegada da primavera para a natureza, também sua vida se encherá de flores, de beleza, de perfume e de alegria.

— Obrigada, vovó. Eu a amo muito. Só não quero que Deus me obrigue a ficar longe da senhora.

— Não se preocupe. O Pai sabe o que faz. De repente, quem sabe voltarei como sua filha?!...
 

Os olhos da garota brilharam de satisfação e de esperança.

Abraçadas caminharam pelo parque, retornando para casa.

Ana Luísa agora olhava para cima e enxergava não as árvores desnudas, mas os tenros brotos que rompiam de todos os lados, prenunciando a nova estação. 

                                                    TIA CÉLIA 


                                                   
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita