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Ano 8 - N° 374 - 3 de Agosto de 2014

 
 

 
 

Deve-se fazer de tudo
para ser feliz?


A pergunta acima foi um dos temas da dissertação de filosofia do exame de conclusão do equivalente ao ensino médio na França e que dá acesso à universidade. Uma espécie, portanto, do nosso conhecido Enem - Exame Nacional do Ensino Médio.

Para responder a perguntas como essa é preciso, primeiro, explicar o que é ser feliz, o que entendemos por felicidade.

Muitos leitores desta revista devem lembrar-se de Jerônimo Mendonça, cognominado O Gigante Deitado, que retornou à pátria espiritual no dia 26 de novembro de 1989.(1)

Cego e tetraplégico confinado a uma cama ortopédica, mesmo assim Jerônimo realizou uma obra notável no campo do serviço social e da divulgação do Espiritismo.

Dotado de inalterável bom humor, ele encantava, com sua palavra e seu exemplo de resignação ativa, a todos que o ouviam.

Certa vez, um repórter lhe perguntou o que é a felicidade. Ele respondeu assim: “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”.

A felicidade, como ninguém ignora, depende do ponto de vista com que encaramos a vida e das condições em que vivemos.

A um homem perdido no deserto, sob um sol escaldante, nada vale mais do que um copo d´água.

A um jovem que luta por ingressar na faculdade, figurar na lista dos aprovados não tem preço.

Para a jovem que ama de verdade um rapaz que igualmente a ama, nada supera unir-se a ele em matrimônio.

E assim os exemplos se sucedem nessa busca incessante da criatura humana por ser feliz.

O tema felicidade é tratado em muitas obras espíritas e já nos referimos, neste mesmo espaço, a algumas delas.

Com o título de “A felicidade não é deste mundo”, o Espírito de François-Nicolas-Madeleine, que fora na Terra o cardeal Morlot, escreveu a seguinte mensagem: 

“Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: ‘A felicidade não é deste mundo’.

Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.

Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna.

Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.

Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arquissecular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.

Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.

O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.

Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 20.)

Como já mencionamos, Kardec propôs certa vez aos Espíritos a seguinte questão: “Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?” Eles responderam: “Não”. Justificaram então a resposta explicando que a existência corpórea em um planeta como o nosso foi-nos concedida como prova ou expiação. E acrescentaram: “Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra” (O Livro dos Espíritos, questão 920).

Sobre o assunto, sugerimos ao leitor que leia os editoriais abaixo, publicados nesta revista:

1) A felicidade no mundo em que vivemos
http://www.oconsolador.com.br/ano3/105/editorial.html

2) É possível ser feliz neste mundo?
http://www.oconsolador.com.br/ano4/190/editorial.html


(1)
Para saber mais sobre a vida e a obra de Jerônimo Mendonça clique neste link:
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/jeronimomendonca.html



 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita