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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 370 - 6 de Julho de 2014

 
 

 

A receita do vovô

 

Olavo, de doze anos, era um garoto que estava sempre de mal com a vida. Reclamava de tudo e sempre encontrava problemas nas menores coisas.
 

Se o dia estava fechado, reclamava da falta do sol. Se ele caía e se machucava, culpava a calçada ou o que estivesse à frente. Se a mãe fazia frango para o almoço, reclamava que não fizera macarrão, e assim por diante.

Olavo, apesar de ter vida boa, de não lhe faltar nada, estava sempre zangado, desejando que tudo fosse diferente.
Certo dia, ele começou a sentir fraqueza, mal-estar, além de dores pelo corpo. Preocupados, os pais o levaram ao médico que, após examiná-lo, disse:

— Os sintomas que Olavo apresenta podem ter várias origens. Ele deve tomar uma medicação para a dor e ficar na cama. Pode ser que alguma enfermidade venha a surgir.

O médico entregou a receita, avisando que retornassem caso houvesse alguma mudança no estado do menino. O pai agradeceu, e eles voltaram para casa, preocupados.

Olavo deitou-se e passou a exigir que trouxessem o que ele queria. Os pais faziam-lhe todas as vontades, mas ele não melhorava. As dores prosseguiam, apesar da medicação que estava tomando.

O avô Antônio veio visitá-los ao saber que o neto não estava bem. Observava Olavo sem dizer nada. Uma tarde, entrou no quarto e sentou-se para fazer-lhe companhia e quis saber como o neto estava se sentindo. Olavo aproveitou a deixa para reclamar:
 

— Ah! Vovô, eu estou muito mal! Sem contar as dores que sinto por todo o corpo, fico aqui sozinho! Ninguém vem fazer-me companhia.

— Mas seus pais estão sempre aqui! E seu irmão, Carlos? E seus amigos, colegas de escola, vizinhos? — considerou o avô, surpreso.
 

— Vovô, todos me abandonaram. Papai e mamãe estão sempre ocupados; meu irmão vai para a escola, assim como meus vizinhos! E eu fico sozinho. Ninguém vem me visitar! — informou o menino fazendo cara de choro.

O avô, que ouvia com estranheza as reclamações do neto, deu uma desculpa:

— Talvez estejam todos muito ocupados mesmo. Tenha paciência, tudo vai melhorar.

E o avô ficou no quarto fazendo companhia a Olavo por algumas horas. Para ocupar o tempo, pegou um livro na estante e sugeriu lerem juntos. Olavo reagiu:

— De jeito nenhum, vovô! Acho livro uma chatice. Prefiro jogar damas.

O avô concordou e foi buscar o jogo. Começaram a jogar, mas como Olavo estava perdendo, começou a gritar, muito irritado, e acabou jogando o tabuleiro no chão.

— Calma, Olavo! É só um jogo! — disse o avô tentando acalmá-lo, enquanto pegava as peças que haviam caído no chão, e indagava cheio de paciência: — Quer fazer outra coisa?

Olavo respondeu que não; queria algo para comer. Chamaram, e logo veio a empregada saber o que ele desejava.

— Quero sorvete de chocolate com jujubas em cima — exigiu o menino.

— Olavo, tem o sorvete, mas não as jujubas.

— Pois faça o que estou mandando, sua inútil. Depois, quero um cachorro-quente, ouviu?

A moça saiu do quarto de cabeça baixa, chateada. Diante da cena, o avô retrucou:

— Olavo, você não pode tratar as pessoas assim. Essa moça é muito boa, gentil e merece todo o nosso respeito. Ela está aqui porque precisa trabalhar, não para ser maltratada!

E assim, o avô Antônio observou durante três dias e viu que o neto era exigente, nervoso e irritável, tornando-se desagradável quando não faziam o que ele queria. Conversou com seu filho, pai de Olavo, e ficou sabendo que ele era assim mesmo. Todos tinham que se curvar à sua vontade.

No outro dia, o avô entrou no quarto, sentou-se na cama e perguntou:

— Olavo, você sabe por que está doente?

— Não, vovô. Gostaria de saber, pois quero sarar, mas parece que estou cada vez pior!

— É verdade — concordou o velhinho.

— Você quer realmente sarar? Então, devemos mudar sua medicação. Aceita?

— Sim, vovô! O senhor descobriu qual é minha doença?

— Descobri. Você está sofrendo pela sua maneira de ser, pela irritação, o nervosismo e a raiva, que contaminaram seu corpo levando-o a adoecer. Se você mudar de comportamento, ficará bom. Quando a alma não está bem, o corpo adoece.

— Nossa! Estou assustado!

— Você vai sarar. Então, para começar, vamos fazer uma oração todas as manhãs e à noite. Depois, aprenda a tratar todos bem; cumprimente com um bom dia, boa tarde ou boa noite. Diga obrigado, desculpe, com licença e faça o favor.

Surpreso, o menino concordou, perguntando: — Mais alguma coisa, vovô?
 

— Sim. Sorria sempre! Mas o essencial, meu neto, é que você mude seus pensamentos. Procure pensar sempre para o bem e suas ações serão boas. Lembre-se de que todas as pessoas gostam de ser bem tratadas, como você. Então, na dúvida, coloque-se no lugar delas, como recomenda Jesus, e terá a resposta que precisa para agir corretamente. Ah! E não comente com seus pais sobre o que esamos fazendo.

A partir daquele dia, Olavo começou a mudar e a resposta não se fez esperar. Acabaram os sintomas e todos notaram as mudanças que se operaram nele. E contente, ele dizia:

— Foi uma receita do vovô Antônio!...

Quando a mãe de Olavo perguntou ao sogro o que ele fizera para que o filho ficasse totalmente curado das dores e com comportamento bem melhor, Antônio respondeu:

— Nada além do que Jesus nos recomenda. Colocarmo-nos no lugar do outro e perguntar: se eu estivesse no lugar dele, como gostaria que agissem comigo?       

MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em 21/04/2014.)

                                                 

                                                   
 


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