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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 363 - 18 de Maio de 2014

 
 

 

Dom de curar

 

Hélio, garoto de dez anos, de sentimentos bons e desejo de servir, em suas orações pedia a Jesus que o ajudasse a ser útil ao seu próximo.

Tanto ele pediu que certa ocasião, na escola, viu um amigo que não estava bem e perguntou o que estava acontecendo. Com a mão segurando a cabeça e expressão de dor, Vítor reclamou:
 

— Ai!... Minha cabeça está doendo muito, Hélio.

Naquele momento, Hélio sentiu vontade de ajudar o colega. Estendendo a mão, tocou a cabeça do garoto e disse com segurança:

— Jesus vai te ajudar, Vítor. Não se preocupe, sua dor vai passar.

Na mesma hora a dor sumiu e o outro olhou para Hélio, surpreso.

Na hora do recreio, Vítor contou a outros colegas o que tinha acontecido e logo todos cercavam Hélio, todo envergonhado.

— O que você fez para curar Vítor? — perguntou um deles.

— Não fiz nada. Apenas pedi ajuda a Jesus, e senti que a dor ia passar se eu colocasse a mão na cabeça dele.

— Então, quero que cure minha perna, Hélio — pediu Celeste. — Há um mês que dói sem parar. Já fui ao médico, mas não resolveu.  Por favor!

— Vou tentar — disse Hélio, em dúvida.

Ele estendeu a mão para a perna da colega e na mesma hora a perna dela ficou boa. As crianças bateram palmas, entusiasmadas.

No dia seguinte, um parente de Vítor foi procurar o garoto em casa, mas ele se recusou a ajudar, temendo que a mãe visse e ele tivesse que explicar algo que, para ele, não tinha explicação. Mas o rapazinho insistiu:
 

— Hélio, estou com dor no estômago. Eu lhe dou uma moeda se me curar.

Ao ouvir a proposta, os olhos de Hélio brilharam. Ele estava juntando dinheiro para comprar um aparelho celular. Resolveu aceitar. Estendeu a mão, e tocou a barriga do rapaz, e logo

estava com a moeda prometida em sua mão.

A partir daí, Hélio começou a cobrar uma moeda para curar as pessoas. Ao ver tanta gente batendo à sua porta, a mãe de Hélio estranhou e perguntou o que estava acontecendo. O menino contou a verdade à mãe e ela, preocupada, explicou:

— Meu filho, se o que me contou é verdade, você recebeu de Jesus o dom de curar, que exige muita seriedade, pois é algo que não é seu. Foi-lhe dada essa faculdade para ajudar as pessoas. Como não é algo que você comprou — veio de Jesus! — não pode colocar preço. Entendeu?

Sim, Hélio tinha entendido, mas não conseguia parar. Assim, continuou a receber uma moeda por colocar a mão nas pessoas e elas ficarem curadas. Até o dia em que nada aconteceu!

— Devolva minha moeda! — gritou alguém. — Continuo com dor. Você não fez nada!

A partir daí, as pessoas começaram a brigar com Hélio, querendo bater nele por não conseguir curá-las, e ele teve que fugir para casa, escondendo-se debaixo da cama.

Depois de acalmar o povo e os revoltados se afastarem, a mãe foi procurar o filho. Hélio saiu de seu esconderijo, chorando de medo. A mãe abraçou-o e sentou-se com ele para conversar.
 

— Meu filho, lembra-se de que o alertei, afirmando que você poderia perder essa faculdade de curar se continuasse a cobrar por seus serviços?

O menino baixou a cabeça, concordando:

— Sim, mamãe. Eu me lembro. Mas como estava juntando moedas para comprar um telefone celular... Achei que não faria mal continuar mais um pouco. Depois, eu ia parar!

— Só que não podemos colocar preço naquilo que não nos pertence, filho. A mediunidade de cura é dada por Deus para ajudar o próximo. Jesus disse que devemos dar gratuitamente o que recebemos gratuitamente. Jesus e os apóstolos eram muito pobres, mas não cobravam pelas curas que faziam. Hélio, as curas eram os Amigos Espirituais que faziam, meu filho, não você.

O garoto pôs-se a chorar sentidamente:

— Mãe, eu pedi a Jesus que me desse uma maneira de ajudar as pessoas, fazer algo de bom e de útil para elas. Só que, quando me ofereceram dinheiro, o interesse fez com que eu aceitasse.

— Exatamente. Então, procure ajudar de outro modo.

— Como?

— Você encontrará uma maneira. Observe as pessoas e veja o que elas precisam.

A partir desse dia, Hélio passou a observar os colegas, as pessoas da rua, os vizinhos, e descobriu que todos precisavam de ajuda. Havia colega que não entendia matemática, e ele se dispôs a ensinar; quando batiam à porta de sua casa precisando de alimentos ou de roupas, ele dava; um vizinho estava triste por ter perdido a esposa e Hélio passava horas a consolá-lo, explicando que ninguém morre e que, um dia, ele teria notícias da esposa. E assim por diante.

Logo ninguém mais se recordava daquela época em que Hélio podia curar, mas se lembravam dele como o colega prestativo, o vizinho carinhoso que gostava de ouvir as pessoas, de ajudar a mãe que precisava sair, tomando conta de uma criança, ou o garoto que estava sempre disposto a ajudar os necessitados que passavam pela rua.

Mas a mãe, observando as ações de Hélio, como ele se dedicava ao próximo, às vezes dizia ao filho:

— Continue assim, meu filho. E, quem sabe, um dia, você possa voltar a curar?...

                                                                  MEIMEI 


(Recebida por Célia X, de Camargo, em 26 de agosto de 2013.)
   




                                                   
 


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