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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 328 - 8 de Setembro de 2013

 
 



Ajuda mútua

 

Felipe, um menino muito inteligente, estava sempre a fazer pouco caso daqueles que sabiam menos do que ele.

Um dos colegas de escola, Júlio, especialmente, era alvo das críticas de Felipe que, em tom de zombaria, dizia:

— Você não aprende nada mesmo, não é, Júlio? Precisa estudar mais!

Ao que o outro, envergonhado diante dos colegas, respondia:

— Eu estudo, Felipe. Mas tenho dificuldade de entender o que leio!

A professora, ao ouvir a conversa entre os dois, interferiu mudando de assunto:

— Felipe, se você tem facilidade para estudar, respeite seu colega. Agora, abram o livro na página em que paramos.
 

Assim, envolvidos na aula, eles esqueceram o assunto e passaram a prestar atenção no que a professora dizia.

Quando bateu o sinal, todos se apressaram a recolher seus materiais para voltarem para casa.

Felipe entrou em casa, largou a mochila na sala e foi para a cozinha, onde a mãe terminara de preparar o almoço, e mandou-o lavar as mãos para sentar-se. O menino

obedeceu e, já acomodados à mesa, o pai perguntou como tinha sido sua manhã.

— Uma chatice, pai! Tenho um colega que não sabe nada. Vive perguntando à professora e atrapalha a aula.

— Meu filho, mas a função da mestra não é ensinar? Faz ele muito bem de perguntar — falou a mãe, enquanto o servia. 

— Mas eu fico muito irritado, mamãe. Eu sei a matéria e não aguento escutar de novo. 

O pai, que ouvia calado, falou:

— Felipe, as pessoas não são iguais. Se você é inteligente, deve compreender quem tem dificuldade e ajudar. Cada um de nós tem qualidades e defeitos diferentes das outras pessoas. Assim, na medida das nossas dificuldades, somos auxiliados pelos outros, assim como nos compete ajudar os que não sabem o que já aprendemos. Entendeu?

— Mais ou menos, pai.

O pai pensou um pouco e tornou:

— Meu filho, para que serve uma enxada?

— Para cavar a terra, limpar o terreno, retirar ervas daninhas...

— Isso mesmo. E a inteligência, para que serve?

— Serve para aprender cada vez mais, entender como os aparelhos funcionam, nos alertar de um perigo e muito mais.

— Certo, filho. Então, cada coisa tem uma função diferente, que deve ser utilizada do modo correto. O que você diria de um jardineiro que levantasse a enxada para agredir seu patrão?

— Acho que ele está errado e pode até ser preso!

— Exatamente, Felipe. E se a pessoa usar mal sua inteligência, o que acontece?

O menino pensou um pouco depois respondeu:

— Deus pode retirar a inteligência dela! Li numa revista a história de um homem que usava sua inteligência para o mal, prejudicando pessoas. Um dia, ele teve um acidente de carro, bateu a cabeça e ficou sem poder fazer nada do que fazia antes, em uma cadeira de rodas, completamente dependente!

— É verdade, isso pode acontecer. Não porque nosso Pai tenha retirado a inteligência dele, pois a inteligência é do Espírito. Mas porque existe a Lei de Causa e Efeito, uma Lei Divina que estabelece que cada um colherá o que plantou. Isto é, vai receber as consequências daquilo que fez ao próximo e a si mesmo. Então, esse homem colheu o que plantou. E isso pode acontecer com relação a qualquer talento que se tenha: a fala, a audição, a visão, a capacidade de andar, de movimentar os braços e tudo o mais.

— Entendi, papai. Como sou inteligente e aprendo com facilidade devo ajudar a quem não consegue aprender!

— Isso mesmo, filho. Assim como será ajudado naquilo que não souber. A vida é uma troca constante. Damos e recebemos — completou o pai, contente.  

Terminando de almoçar Felipe foi para o quarto fazer suas tarefas, tendo na memória a conversa que tivera com o pai. Pensando no assunto, resolveu agir diferente com os outros, especialmente com Júlio.

No dia seguinte, no início da aula, a professora colocou no quadro uma matéria nova. Júlio, sentado ao seu lado, olhou para o quadro e mostrou-se desanimado. Felipe virou-se para o colega e disse:

— Júlio, não se preocupe. Eu lhe explico tudo, está bem?

Era um trabalho em equipe, e Felipe aproveitou para explicar a matéria ao colega. Para concluir, eles teriam que fazer um desenho sobre o que aprenderam. Aí foi a vez de Felipe ficar preocupado, pois não tinha facilidade para desenhar. Ao notar isso, Júlio disse:

— Eu faço o desenho, Felipe. Sou bom nisso. 

E fez mesmo. O desenho ficou tão bom que foi considerado o melhor trabalho da sala.

A manhã transcorreu agradável e em paz. No término da aula, eles saíram juntos da escola e Felipe aproveitou para desculpar-se.

— Júlio, você me perdoa? Tenho sido um chato com você, mas quero ser seu amigo de verdade. Agora entendo que nós temos habilidades diferentes uns dos outros. Tudo o que precisar, pode me pedir. Vou ajudá-lo com o que não entender, assim como você me ajudou com o desenho.

Júlio ficou muito feliz e seu rosto abriu-se num sorriso amistoso e abraçou Felipe, que convidou:

— Júlio, gostaria que você fosse a minha casa. Quero que conheça meus pais. Eles são muito legais!  

— Será um prazer, Felipe. Obrigado. Mas você também é muito legal, amigo!
                           

MEIMEI
 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 5/08/2013.) 

                                                    

 


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