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Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013

FELINTO ELÍZIO DUARTE CAMPELO
felintoelizio@gmail.com
 
Maceió, Alagoas (Brasil)

 
 

Felinto Elízio Duarte Campelo

Passado, presente
e futuro
 

Se nosso passado foi delituoso e nosso presente é de reparação, nosso futuro será de aprimoramento espiritual, rumo ao Senhor da vida  

A estória que passamos a narrar foi inspirada num conto do Irmão X cujo título e nome do livro escaparam-nos da memória. Lembramo-nos apenas do precioso ensinamento deixado e do desfecho do caso. Enxertamos, então, algumas ideias para dar corpo ao nosso trabalho.

Quem conhecer o texto original não julgue que pretendemos plagiar o autor de tão alto nível intelectual e espiritual. Moveu-nos tão somente o propósito de divulgar uma mensagem de esperança num futuro redentor para todos que enveredamos pelos tortuosos caminhos do desamor, do erro, da desilusão.

Temido malfeitor por onde passava espalhava o terror assaltando pessoas, saqueando vilas, violando lares, ceifando vidas. Sua fama de perverso corria célere entre as aldeias da região em que habitava e, quando de sua aproximação, o povo, em pânico, procurava ocultar-se fugindo do seu alcance.

Certa feita, após a pilhagem de um lugarejo, deteve-se numa esquina onde uma criança faminta lhe estendia as mãos suplicando auxílio. Não apenas as pessoas que espreitavam por trás das janelas como os seus próprios comparsas recearam pela sorte do menino que ousara dirigir-se ao insensível criminoso.

Com fria indiferença, exibindo um sarcástico sorriso de superioridade a realçar-lhe a rudeza do coração, contrariando mesmo toda e qualquer expectativa, atirou um naco de pão para mitigar a fome do sofrido garoto. A alma endurecida daquele homem, talvez inconscientemente, pela primeira e única vez, praticou um ato de bondade.

Decorrido algum tempo, o facínora desencarnou, indo seu Espírito purgar no vale da dor, nas mais densas trevas onde os anos se desdobravam em penoso sofrimento. 

Nada via; entretanto, ouvia apavorado os gemidos e maldições de suas incontáveis vítimas até que as primeiras expressões de arrependimento desabrochassem do seu coração embrutecido.  

Aquela criatura de pretérito infamante
vertia grossas lágrimas
 

Nesse instante, apesar da total escuridão em que se achava, pôde divisar longínquo ponto luminoso a irradiar cintilações em direção ao seu ser tão atribulado. Aquela luz que vinha trazer-lhe alento e esperança brotava das preces do menino desde aquele dia memorável, elevadas aos céus em favor daquele que, com um único gesto benévolo em toda sua vida, saciara sua fome.

Aquela criatura de pretérito infamante vertia grossas lágrimas, quais brasas a requeimar-lhe o rosto disforme pela experimentação de tantas dores e desesperação. Era todo ele remorso e compunção.

Ele foi a vivência do mal; contudo rezava agora, em profundo e respeitoso recolhimento, ao Pai Celestial. Reexamina o seu delituoso passado de tristes reminiscências, ocasião em que propagou na Terra o pavor, a orfandade, a viuvez e contraiu pesados débitos, atraindo para si ódios e rancores. Medita acerca do seu presente de padecimentos e expiações onde verdugos desalmados cobram-lhe sem compaixão os males praticados. Contempla embevecido o futuro, quando poderá remir-se de suas transgressões às Leis do Todo-Poderoso por meio de reencarnações regenerativas.

Prosseguindo em sua oração, pede perdão a Deus, a oportunidade de libertar-se do ônus de suas culpas em sucessivas vidas de trabalho, dedicação e sacrifícios em prol da humanidade. Mas, acabrunhado, pergunta-se: quem poderia voluntariamente e de bom grado recebê-lo como filho? Ele, que foi o mensageiro do medo, odiado e rejeitado, não encontraria braços acolhedores.

De pronto, qual estrela d’alva a brilhar nas mornas madrugadas de verão, o ponto luminoso cresceu em tamanho e esplendor, espargindo seus argênteos raios no coração que cogitava pulsar em harmonia com o bem e o amor.

Imediatamente, estabeleceu-se um cordão fluídico, prateado, entre o Espírito que aspirava a progredir e a humilde casa de probo operário de meia-idade, o qual, em tempos idos, fora favorecido por uma, e apenas uma, ação indulgente praticada pelo então medonho celerado. 

O bem é o precioso alimento que tonifica
e revigora a alma

O sentimento de gratidão, as orações diariamente proferidas em memória do pecador criaram um elo entre os dois irmãos em Deus. O homem bom e justo, trabalhador e honrado prepara-se para receber em seu lar, como dileto filho, o trânsfuga da Lei, com o compromisso de encaminhá-lo pela estrada reta e digna do dever.

A lei reencarnacionista realça a Justiça Maior, como na estória aqui contada, em que o antigo proscrito não foi tragado pelas chamas eternas de um inferno incompatível com a Bondade de Deus. Ao invés disso, pela reencarnação, ele voltará ao mundo material onde delinquiu, portando provavelmente limitações físicas ou psicológicas, ou suportando dolorosas atribulações para encontrar o caminho do bem, a trilha segura da regeneração, amparado e orientado por aquele que soube cultivar a gratidão.

Tanto quanto o mal é o tóxico que envenena o ser humano, o bem é o precioso alimento que tonifica e revigora a alma.

O único gesto bom do réprobo propiciou-lhe a possibilidade de redenção, vez que todo bem praticado é devidamente registrado na contabilidade divina e, quando preciso for, vem testemunhar em benefício do seu agente.

Deus, Onipotente, Onipresente, Onisciente, Pai de amor, bondade e justiça, não condena nenhum de seus filhos à eterna perdição. Ao contrário, perdoando, dá-lhes sempre, por meio de outras encarnações, novas oportunidades para que, ressarcindo dívidas, corrigindo rotas, amando, servindo, desculpando ofensas, iluminem suas almas, busquem a perfeição - meta sublime a ser conquistada por esforço e mérito próprios e jamais por privilégios ou indulgências compradas a peso de ouro.

Em contraposição à teoria do inferno e das condenações eternas, a lei do progresso espiritual em repetidas vidas é de todos os tempos ensinada em todas as épocas.

No Velho Testamento, a encontramos no profeta Ezequiel (33:11): “Por mim mesmo juro – disse o Senhor Deus – que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva”.   

O nosso ontem influi diretamente nos dias
de nossa vida atual
 

Isaías, no capítulo xxvi, v. 19, assim se expressou: “Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo, aqueles que estavam mortos em meio a mim ressuscitarão. Despertai do vosso sono e entoai louvores a Deus, vós que habitais no pó; porque o orvalho que cai sobre vós é um orvalho de luz e porque arruinareis a Terra e o reino dos gigantes”. A versão da Igreja grega aos v. 10 e 14 do capítulo XIV de Job enfatizou: “Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo”.

No Novo Testamento estão registradas as palavras de João (capítulo 3, v. 3): “Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”. E ainda, no capítulo 11, v. 25: “Jesus disse: Sou Eu quem levanta os mortos e dá a eles uma nova vida. Todo aquele que crê em Mim, mesmo que morra como qualquer outro, viverá novamente”. Mais recentemente, Allan Kardec pontificou: “Nascer, morrer, renascer, progredir sempre, tal é a lei”.

O nosso ontem influi diretamente no nosso hoje, do mesmo modo que este determina o nosso amanhã. Infinita é a bondade de Deus, contudo, completa e perfeita é a sua justiça.

Não passamos pela vida impunes dos crimes e outros erros praticados.

Eis por que muitas vezes reencarnamos em convivência com dolorosas e amargas limitações, tais como:

·      limitação na expressão da inteligência se, em outras vidas, a colocamos a serviço do mal;

·      limitação na exposição dos nossos pensamentos através da palavra escrita, se, em experiências anteriores, utilizamos este canal de comunicação como meio de corromper, de difamar, de promover o medo e a dor;

·      limitação na narração oral dos nossos sentimentos, se, em passadas existências, servimo-nos da palavra falada para disseminar a dúvida, a discórdia, a rebelião e o desamor;

·      limitação da visão se, em nosso ontem, só enxergamos o que satisfazia o próprio orgulho e vaidade, egoísmo e ambição;

·      limitação do vigor físico se, alhures, empregamos a força para subjugar os semelhantes, escravizando-os aos nossos caprichos;

·      limitação da saúde se, no pretérito, praticamos desregramentos e perversão dos sentidos.

No entanto, Jesus - o Excelso Preposto de Deus - aguarda-nos e oferece-nos sempre novas oportunidades de reabilitação, pois que nenhuma de suas ovelhas se apartará em definitivo do rebanho. 

Jesus foi e é o exemplo para quem quer
progredir espiritualmente
 

O nosso passado foi delituoso, o nosso presente é de reparação, o nosso futuro será de aprimoramento espiritual, na incessante busca do Senhor.

Assim se manifestam a justiça e a bondade divinas, pregadas e exemplificadas por Jesus, o cristo Bendito de Deus.

Jesus, que, por sua nobreza espiritual, poderia ter descendido de pais ricos e poderosos, mas quis ser filho de um humilde carpinteiro e de uma moça simples e modesta, poderia ter nascido em berço de ouro e habitar castelos encantados, escolheu nascer na simplicidade de uma estrebaria, ter como primeiro leito as palhas de uma manjedoura e, como testemunhas do seu nascimento, animais domésticos.

Poderia ter sido um ser alado, com asas douradas, a pairar na imensidão do espaço, todavia, optou por pisar o pó da terra, curando enfermos, consolando aflitos.

Poderia ter convivido em luxuosos palácios com os que detinham nas mãos riquezas e poderes terrenos, contudo decidiu acompanhar-se dos pobres e necessitados, nos montes, à beira-mar, à margem dos lagos e dos rios, pregando a palavra de Deus.

Poderia ter sido um grande rei e ter a Terra aos seus pés, entretanto, afirmou que o seu reino não era deste mundo.

Jesus, por sua grandeza espiritual, poderia ter escrito compêndios só acessíveis aos sábios, no entanto, dedicou-se a instruir o povo simples por meio de singelas parábolas; poderia vencer pela força os inimigos da boa nova, mesmo assim preferiu subjugar-se a rebelar-se; poderia ter-se despedido da Terra em suntuosos funerais, mas aceitou a obscuridade da cruz, na qual perdoou a todos indistintamente.

Jesus foi simples e humilde, foi bom e justo, sua vida foi e é o exemplo para quem quer progredir espiritualmente.

JESUS foi, é, e será

o CAMINHO a ser seguido,

a VERDADE a ser buscada,

a VIDA a ser imitada.
 


 
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