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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 313 - 26 de Maio de 2013

 
 



Respeito

 

Fernando andava pela calçada chutando tudo o que via. Estava nervoso e descontava nas coisas e pessoas.
 

Passando por uma latinha que alguém jogara no chão, deu-lhe um pontapé, jogando-a no meio da rua. Um motorista, tentando desviar, quase bateu em outro carro que vinha em sentido contrário.

Mas Fernando nem notou! Com as mãos no bolso, caminhava reclamando da vida. De repente, ele viu um pedaço de madeira e chutou com força, quase atingindo uma mulher que vinha ao seu encontro. A mulher, muito brava, reclamou:

— Ô menino! Por que fez isso? Poderia ter-me machucado!

Fernando resmungou e seguiu seu caminho. Mais adiante, ele trombou em uma garotinha que estava

com um sorvete na mão. O sorvete caiu e a menina pôs-se a chorar.
 

Mas Fernandinho nem se importou!

Quando chegou a casa, notou que sua irmã chegou junto dele. Ainda bravo, resmungou:

— Ah! Chegamos juntos, Vivi. Nem notei você.

— Eu sei — ela respondeu, séria.

Era hora do almoço e acomodaram-se em torno da mesa. O pai fez uma prece, que todos acompanharam mentalmente, depois se serviram. Fernandinho estava faminto. Vivi sempre deixava que ele se servisse primeiro, por ser menor. Mas nesse dia, fez questão de fazer seu prato primeiro, e ele reclamou:

— Ah, Vivi! Eu me sirvo primeiro, esqueceu?

A irmã virou-se para ele e respondeu séria: — De hoje em diante, não. Você não merece.

Fernando arregalou os olhos pensando: “O que será que fiz para Vivi estar brava comigo?”.

Os pais estranharam, mas ficaram calados. Após o almoço procurariam saber a razão do comportamento da filha, que sempre fora tão carinhosa com o irmão.

Mais tarde, Fernando reclamou:

— Vivi, você deixou roupa no chão do banheiro! Não sabe que precisamos respeitar as regras?

A menina virou-se para o irmão, surpresa, e perguntou:

— É verdade, Fernandinho. Você respeita regras? Mostra respeito pelas pessoas, pelas crianças?

Nesse momento, Fernando lembrou-se de que a irmã chegara da rua junto com ele. Teria ela visto o que ele fez? Com certeza teria contado para a mãe. Então tentou justificar-se:

— Ah! Mamãe, a Vivi é fofoqueira. Não fiz nada por querer! Eu estava bravo! Fui mal numa prova e a Prof. Margarida me deu zero. Eu reclamei e ela colocou-me de castigo!

A mãe, ouvindo a explicação do filho, entendeu que ele deveria ter feito muito mais e lembrou-se de que Fernando e Vivi chegaram à mesma hora.

— Então, conte-me. O que você fez na rua, meu filho?
 

— Nada, mamãe. Quando saí da escola, chutei uma lata, que bateu num carro. Não tive culpa se o motorista quase trombou com outro carro que estava vindo!

— E depois? — insistiu a mãe, horrorizada.
 

— Depois... chutei um pedaço de madeira que bateu numa mulher! Mas não tive intenção, mamãe, eu juro! — contou o menino.

Como a mãe insistisse para ouvir o resto, ele prosseguiu:

— Trombei numa garotinha e o sorvete dela caiu no chão. Ela ficou chorando, mas não tive culpa! — explicou o menino.

A mãe colocou-o sentado no sofá e sentou-se também. Com voz severa, perguntou:

— Fernandinho, você tem ideia do que poderia ter acontecido hoje na rua, nessas poucas quadras que existem entre sua escola e nossa casa?

Tentando desviar o assunto, o menino reclamou:

— Mamãe, não aconteceu nada grave! Foi fofoca da Vivi, acredite em mim!

Com expressão séria, a mãe respondeu:

— Fernandinho, sua irmã não me disse nada. Você é que precisa aprender a respeitar os outros, meu filho. Ninguém tem culpa pelos seus problemas. Pense bem: E se aquele carro tivesse trombado, o motorista poderia até morrer! E aquela senhora que recebeu o pedaço de madeira, poderia ter-se ferido ou poderia ter caído no chão e se machucado seriamente! E a menina de que você derrubou o sorvete? Se alguém da família estivesse vendo, teria brigado com você!

— Mas mamãe, eu não fiz por querer! Não quis criar problemas!

— Porém, criou. Desrespeitou as regras de convivência com as pessoas, de civilidade, de respeito ao ser humano. Coloque-se no lugar delas. Você gostaria que fizessem o mesmo com você?

— Claro que não, mamãe!

— Então, meu filho, deve agir da melhor maneira com todos, como gostaria que agissem com você. Além disso, devemos nos preocupar em cobrar correção em nossas ações, e não cobrar correção das outras pessoas.

Fernandinho entendeu perfeitamente que agira errado e resolveu, naquele momento, que faria tudo diferente dali em diante. Então, lembrou:

— Mamãe, eu respondi mal para a professora hoje na escola. Vou até a casa de dona Margarida pedir desculpas. Não posso deixar para amanhã! Quero resolver isso hoje.

— Tem toda razão, meu filho. Vá com Deus! 

Fernando saiu de casa e a mãe sorriu, satisfeita, certa de que Fernando pensaria melhor para agir, desse dia em diante. 

                           

                                                                  MEIMEI


(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 22/04/2013.)



 


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