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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 10 - N° 465 - 15 de Maio de 2016

 
 

 

O garoto preguiçoso

 

Carlos era bom menino, mas preguiçoso. Reclamava de tudo que precisava fazer, fosse dever da escola ou alguma ajuda que a mãe lhe pedisse: varrer o quintal, arrumar sua cama, guardar as roupas ou os brinquedos... O garoto respondia logo, irritado:

— Tudo eu, mãe?!... Estou cansado. Além disso, tenho que fazer meus deveres da escola!

— Pois então, meu filho. Se você tem deveres da escola, faça-os!

— Agora não, mamãe. Vou descansar um pouco. Depois eu faço, está bem? — respondia o garoto preguiçoso.

A mãe calava-se, desanimada, pois conhecia bem seu filho. Quando ele não queria fazer algo, não adiantava insistir. Acabava chorando, fazendo drama, como se estivesse com um grande problema para resolver.

Então a mãe foi fazer o serviço caseiro que não era pouco. Arrumou a cozinha, lavou toda a roupa da família colocando-a no varal, em seguida passou as peças que estavam secas.
 

Enquanto isso Carlinhos dormia em seu quarto. Mais tarde ele acordou descansado, e foi para a cozinha. Viu a mãe passando roupas e perguntou:

— Mãe, quando vai fazer o lanche? Estou com uma fome!...

 

Sem parar o que estava fazendo, ela respondeu que quando acabasse de passar roupas.

— Mas ainda tem muitas! — reclamou o garoto.

— Eu sei, meu filho, mas tenho que passar tudo porque amanhã terei mais, e vocês precisam das roupas.

Ele fez cara feia. Descontente, foi até a sala e sentou-se para ver televisão. A mãe, que estava ocupada, mas não tirava os olhos dele, viu-o sentar-se no sofá e ligar a TV e perguntou:

— Carlinhos, você já fez os deveres da escola?

— Claro que não, mamãe! Cheguei muito cansado e dormi até agora.

— Ah!... E quando pretende fazê-los?

— Só depois do lanche — respondeu o menino, decidido.
 

A mãe calou-se e continuou a passar roupas. Ao terminar, pegou a pilha de roupas passadas e foi guardá-las. Voltou para a cozinha e estava arrumando o lanche quando lembrou:

— Carlinhos, não tem pão. Vai até a padaria buscar pão para a mãe, filho?

— Agora não posso. Estou vendo um desenho.

A mãe não disse nada. Arrumou a mesa e foi buscar os pães. Quando voltou, o garoto perguntou:

— Não trouxe aquele pão doce de que eu gosto, mãe?

— Não. Só tinha dinheiro para comprar estes que aqui estão.

De cara feia, ele pegou um copo de leite com café e tomou, sem querer pão. A mãe, calada, sentou-se à mesa, colocou café na xícara, cortou um pedaço de pão e passou manteiga, depois tomou seu lanche.

O garoto, irritado, reclamou que não ia querer tomar lanche porque não tinha o pão de que ele gostava. Ao que a mãe respondeu:

— Você é que sabe, meu filho.

Carlinhos saiu da mesa, nervoso, e voltou para a sala. Vendo isso, a mãe perguntou:

— Quando é que você vai fazer os deveres da escola, meu filho?

— Só vou fazer se você me ajudar, mãe! Até agora esteve ocupada com tudo, menos comigo!

A mãe olhou para ele, sem acreditar no que estava escutando.

— Filho, cada um de nós tem seus deveres. Eu já fiz os meus; você deve fazer os seus.

Nesse instante o menino caiu no choro, gritando:

— Eu não sei fazer essas tarefas que a professora passou, mãe! Preciso de ajuda e não tenho quem me ajude!...

Diante do drama que o filho estava fazendo, ela deixou-o chorar, calada. Ao ver que a mãe não estava ligando para ele, Carlinhos reclamou:

— Já entendi, mãe. Você não gosta de mim. Só pensa no serviço de casa e não me dá a menor atenção.
 

E voltou a chorar alto.

A mãe, que conhecia bem o filho, não se incomodou, resolvida a esperar que ele parasse com o drama. Vendo que ela não estava preocupada com ele, indagou:

— Não vai me ajudar mesmo, não é, mãe?

— Não, filho. Se você tivesse me ajudado nos serviços domésticos eu teria tempo para ajudá-lo com suas tarefas. Contudo, tive que fazer tudo sozinha, e não pude ajudá-lo, mesmo porque você dormiu a tarde toda sem se preocupar com seus

deveres. Agora, vou começar a fazer o jantar, pois seu pai não demora a chegar — respondeu, serena.

— Mãe! A professora vai me dar zero nas tarefas!

— Não é problema meu, filho. Minhas tarefas eu fiz, mesmo sem ter quem me ajudasse.

De olhos arregalados, ele fitou a mãe e foi para o quarto, percebendo que ela tinha razão. Depois voltou, viu-a com expressão cansada, e concordou com ela:

— Mãe, tem razão. Realmente, você pediu minha ajuda e não dei. Trabalhou a tarde inteira e ainda foi à padaria. E não estava fazendo por você, mas por nós. Desculpe-me! Sei que agi errado. Prometo que vou ajudar sempre que me pedir.  Está bem?

A mãe olhou para o filho e abraçou-o com imenso carinho. Afinal, ele entendera a lição!

— Carlinhos, vá buscar seu caderno. Vou ajudá-lo com o dever, meu filho!

MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 28/03/2016.)


                                                   
 


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