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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 9 - N° 455 - 6 de Março de 2016

 
 

 

O acidente em serviço

 

Leonardo, de oito anos, conversava com seu pai na varanda da casa, quando chegou um amigo e, vendo-os, acenou com a mão, sorrindo:

— Bom dia! Lindo dia, não? Que sol maravilhoso!...

— Lindo mesmo! Mas entre, Lauro. Venha conversar conosco! — respondeu o pai, fazendo um gesto amistoso.

O recém-chegado abriu o portão e entrou. Acomodou-se em uma cadeira da varanda e puseram-se a conversar. Lauro, cansado de andar, explicou que fora até a casa de um colega de serviço que estava acamado, fazer-lhe um pouco de companhia, e explicou:
 

— João, nosso colega, que trabalhava na construção de um sobrado, caiu e machucou-se. Quebrou a perna e a bacia. Agora, terá que ficar no leito por algum tempo. Está engessado e, com esse calor, sofre muito. Pode levantar um pouco, mas volta em seguida pra cama.

— Ah! Que tristeza, Lauro! Então João está preso ao leito! Mas o resto está tudo bem com ele? — indagou o pai, cheio de compaixão.

— Com certeza, Paulo. João é muito otimista e sempre vê o lado bom das coisas. Quando fui visitá-lo, ele disse-me que poderia ter sido muito pior! Ele poderia ter despencado lá do alto e morrido. João fala sobre o tombo e agradece a Jesus que o protegeu na queda.

— Preciso visitá-lo. Vou levar-lhe livros, pois ficando algum tempo engessado e imóvel precisará se distrair com coisas boas, e sei que ele gosta muito de ler.

Após conversar um pouco, Lauro despediu-se e foi embora. O pai sugeriu ao filho que eles poderiam visitar João, o amigo que estava acamado, levando-lhe apoio.

Leonardo concordou e, como teriam o dia livre, eles resolveram fazer-lhe uma visita após o almoço. Assim, pai e filho almoçaram e saíram. Ambos gostavam de caminhar e foram andando. Ao chegarem à casa de João, bateram palmas. A esposa dele veio atender e, ao vê-los, sorriu, contente:

— Sejam bem-vindos! João vai ficar muito feliz com a presença de vocês. Entrem, por favor!

Logo pai e filho estavam no quarto de João. A casa era muito simples, e o pai de Leonardo preocupou-se, pensando que João não iria poder trabalhar durante algum tempo e, provavelmente, teria dificuldades para manter a casa.

Conversaram bastante e João, sempre otimista, disse:

— Graças a Deus estou bem, Paulo. Poderia ter sido muito pior. Assim, logo que puder levantar-me da cama, voltarei a trabalhar. Tenho fé na ajuda de Deus e tudo isso vai passar. O importante é que minha família esteja bem. O resto, eu dou um jeito.

Leonardo, que ouvia o acidentado falar com tanto bom ânimo, comentou:

— Tenho certeza de que Jesus não deixará de ajudá-lo, João! Logo você estará curado!

— Obrigado, Leonardo. Agradeço seu estímulo.

 Nesse momento, chegou um colega de serviço de João que, ao vê-lo no leito, todo engessado, arregalou os olhos e murmurou:

— Valha-me Deus! Não pensei que você tivesse ficado tão machucado, João! Está todo engessado! Isso deve incomodar bastante, não? Coitado!...

Paulo e Leonardo trocaram um olhar, espantado, depois olharam para João, que diante daqueles comentários deveria estar se sentindo bem pior. Mas Paulo deu uma risada bem-humorada e respondeu pelo acidentado:

— João está ótimo! Não sente dores, está bem atendido pela esposa e, assim que se recuperar, voltará ao emprego de que tanto gosta. Não é, João?

O acidentado, olhando para Paulo, sorriu:

— Sem dúvida! O que me aconteceu não foi nada! Poderia ser muito pior! Mas sei que Deus me protegeu, pois de outra forma eu não teria saído vivo desse acidente! Então, só tenho a agradecer a Jesus por esses dias no leito. Vou aproveitar e ler os livros que Paulo me trouxe.
 

O colega de serviço limpou a garganta e depois, com cara de bravo, respondeu:

— Ah, se fosse comigo seria diferente! João caiu porque a segurança na construção é péssima! Se fosse eu, entraria com um processo contra a empresa. Por que não faz isso, João?

O acidentado pensou alguns instantes, fitou o colega e, com um sorriso, considerou:

— Agradeço-lhe a sugestão, porém confio em

nosso patrão, que veio me visitar e assegurou-me que devo tratar-me pelo tempo que precisar; que meu lugar estará sempre reservado na empresa. Pôs-se à disposição para o que eu precisar e garantiu-me que toda despesa que eu tiver é da construtora. Assim, que mais devo querer?

O outro, agitado, reclamou:

— Ah! Se fosse eu!... Deixaria o dono dessa construtora sem nada.

João sorriu e respondeu, com delicadeza:

— Pois eu não desejo criar problemas com ninguém. Eu caí por não ter tido os cuidados necessários. Agradeço a Deus por estar vivo e bem, só com fraturas e engessado. Não pensa como eu, Paulo?

— Penso sim, João. Você tem razão. É um homem sério, compreensivo e responsável. Sinto orgulho de tê-lo como amigo! Logo você estará bom e voltará ao serviço. Que o Senhor o ampare e ilumine cada vez mais.

Ouvindo isso, desapontado e muito irritado por suas sugestões não serem aceitas, o colega revoltado despediu-se rapidamente e foi embora.  

MEIMEI 

(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 05/10/2015.)


                                                   
 


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