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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 447 - 10 de Janeiro de 2016

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA (Brasil)   

 

 
Ed'Lauro Ferreira Santos:

 

Ambrósio foi o nosso primeiro livro publicado”

 

O médium e dirigente espírita fala-nos sobre sua iniciação no Espiritismo e o romance mediúnico que psicografou
 

Ed’Lauro Ferreira Santos (foto) nasceu no ano de 1948, na cidade de Itaberaba, no sertão baiano. Desde a infância via os Espíritos, mas foi na idade adulta, movido pela dor, que chegou às lides espíritas e deu vazão à sua mediunidade. Atual presidente do Centro Espírita Estrela da Seara, localizado na periferia de Salvador (BA), trabalha

também no campo da mediunidade psicográfica e foi assim que psicografou o romance Ambrósio. Foi para falar sobre seu livro e outros temas que ele nos concedeu a entrevista que segue abaixo.  

Como você conheceu o Espiritismo? 

Pela dor, após um cerco econômico pelas indústrias metalúrgicas. Eu tinha sido coordenador da Oposição Sindical Metalúrgica da Bahia, que derrubou a direção anterior. Diretor do sindicato, casado, desempregado, com dois filhos. Era angustiante. Entrei no comércio informal, vendendo sapatos, licor, pizzas, carimbos, aparelhos para massagens, mil e uma coisas, dignas, claro, que significassem recursos para a família. Uma amiga me indicou uma senhora que fazia atendimentos espirituais em casa. Ela tentou acender uma vela dentro de um copo, gastou quase uma caixa de fósforos e nada. Não deu certo. A vela não acendia, então ela passou uns banhos de folhas. Também não deu certo. Até que uma amiga de minha esposa indicou o Centro Espírita Estrela da Seara. Fui e estou nele há 28 anos. 

Quantas vezes você já foi presidente do Grupo Espírita Estrela da Seara? 

Intercalado: vice-presidente e presidente, por quatro gestões. 

Por que alguns centros espíritas têm colaboradores que estão sempre na linha de frente, assumindo a presidência e vice-presidência inúmeras vezes? O que ocorre? Falta gente para essa tarefa de direção das Casas Espíritas? 

Há vários comportamentos. Os trabalhadores mais velhos tomam para si essas funções, acreditando que os mais novos não possuem maturidade e responsabilidade para tal. Isso é falso, como princípio. E é uma questão que merece aprofundamento. Por outro lado, se falta gente, é porque a casa não se dedicou a preparar trabalhadores dos vários setores para assumir o Centro. Se estes não possuem experiência, cabe aos mais velhos ajudá-los. Mas há outros fatores, como, por exemplo, falta de compromisso. Muitos até possuem os predicados para coordenadores-diretores, mas não “dispõem de tempo”, têm outros compromissos nos finais de semana etc. E, por isso, se negam a servir à Casa Espirita, laboratório espiritual de Jesus. 

Ambrósio, que você psicografou, foi seu primeiro livro? 

Ambrósio foi o nosso primeiro livro publicado, depois surgiram outros, inclusive Vidas em Trânsito, do mesmo autor, Zebedeu Palhares (Espírito), mas as dificuldades de impressão  são imensas para o autor iniciante, espírita ou não. Muita gente morreu e não viu seu livro publicado. Exagero à parte, mas publicar um livro ainda continua difícil. 

Fale-nos um pouco sobre o livro. 

Faço questão de dizer que a obra é do amigo espiritual Zebedeu Palhares. Tenho certeza que eu não teria condições de elaborar uma obra desse porte, considerando o roteiro, os personagens, o entrelaçamento das vidas dos personagens, a interseção da espiritualidade nesse roteiro, de forma indiscriminada, ou seja, a unidade  da caridade – Candomblé, Catolicismo e Espiritismo – na proteção de Ambrósio na sua caminhada reencarnatória. Ambrósio é uma manifestação da Lei de Justiça, Amor e Caridade, romanceada, conforme exposta em O Livro dos Espíritos, capítulo XI.        

Quando aflorou sua mediunidade e como tudo começou? 

Desde cedo, mas não foi identificada. Tudo era tido como invenção ou mentira de criança. Eu cresci em uma casa que tinha sido hospital da Santa Casa da Misericórdia, em Feira de Santana (BA). À noite, não era raro ver entidades desencarnadas andando pela casa.  

Quais as atividades que você já desenvolveu na Casa Espírita, além da direção?

Algumas atividades são subsidiárias para ajudar o desenvolvimento da mediunidade e a nos aproximar da espiritualidade. Distribuição de sopas e roupas na rua, corte de cabelos de crianças no centro, grupos de estudos dos passes, além do trabalho com a evangelização das crianças.

Qual dessas atividades lhe deu mais prazer? 

A distribuição da sopa e roupas nas ruas. É um chamamento muito forte da caridade ver as dificuldades de sobrevivência dos nossos irmãos, e quanto eles dependem de um simples prato de sopa, de um litro de água, de uma roupa. É desumano o que passam. E um aprendizado. 

Suas palavras finais. 

É preciso reaver exemplos dos antigos cristãos, como Kardec, Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel, Chico Xavier, Divaldo Franco e muitos outros. Lutar com todas as forças contra o estrelismo, a falta de humildade e tudo que comprometa a existência futura, principalmente o materialismo. Buscar líderes como João Batista, Pedro, Paulo, como Jesus o fez, trazendo-os para a militância espírita. É esse o aspecto da militância (leia-se comprometimento e defesa) respeitosa da Doutrina, seja na literatura, nas atividades doutrinárias e nos atendimentos socorristas. Obrigado pela oportunidade.


 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita