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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 9 - N° 447 - 10 de Janeiro de 2016

 
 

 

O homem rico

 

Era uma vez um homem chamado Henrique que era muito rico. Tinha uma bela família, esposa carinhosa e filhos adoráveis. Porém, ele vivia preocupado com suas riquezas, mergulhado em um desejo de aumentar seu dinheiro e não tinha tempo para a família, que dizia amar tanto.

Certo dia, Henrique estava indo para a empresa, quando se sentiu mal e caiu, bateu a cabeça

num poste, e perdeu a memória. Sozinho, dois rapazes acharam que ele estava bêbado e riram:

— Veja só! Logo cedo e já bêbado! As roupas são boas. Deve estar cheio de grana!

Levaram tudo que ele tinha, inclusive o casaco, deixando-o só de camisa e calças; guardaram o dinheiro e jogaram os documentos na rua. Como estivesse começando a chover, a enxurrada levou embora seus papéis.

Ao despertar, Henrique não conseguiu mais voltar para casa. Andando pela cidade, acabou chegando a uma estrada e pediu carona. Um caminhoneiro, vendo-o, se moveu à compaixão e parou, perguntando:

— Para onde você está indo, camarada?

Sem saber o que dizer, ele mostrou a direção do caminhoneiro.

— Pois então suba!

Mais adiante, como estivesse com fome, o motorista parou num posto de gasolina para comer e perguntou ao desconhecido se ele estava com fome, e o carona balançou a cabeça, mostrando que sim.

— Não se preocupe. Desta vez eu pago.

Comeram um lanche e, em seguida, como fosse mudar de rumo, o motorista avisou o carona, que resolveu descer. Despediram-se e novamente Henrique ficou sozinho.

Andou por um bom trecho até cansar-se. Parou e recostou-se em uma árvore para dormir.

Enquanto isso, sua família procurava por ele em toda parte, pois na empresa disseram que ele não tinha aparecido lá durante aquele dia. Avisaram a polícia, que saiu à procura dele, sem encontrá-lo, uma vez que ele já havia saído da cidade.
 

Assim, Henrique começou a levar uma nova vida. A necessidade obrigou-o a mendigar para comer. Em poucos dias ele estava irreconhecível; com as roupas imundas, cabelos despenteados, ele não tinha onde tomar banho e cheirava mal. Tomava água de uma bica que encontrou na cidade, que ele não sabia qual era e nem onde estava.

Doente, ele foi piorando cada vez mais, até que alguém bem-intencionado, cheio de piedade, levou-o para um

hospital. Ali ele foi socorrido por médicos e enfermeiros, mas não sabia dizer quem era e nem onde morava. Como ele falasse bem e tivesse maneiras educadas, tiveram ideia de fotografá-lo e mandar uma foto à polícia e outra às emissoras de televisão.

Alguns dias depois, alguém o achou parecido com Henrique, o grande empresário, e avisou a família. A esposa e um filho foram visitar o doente, que ainda estava hospitalizado. Chegando lá, tiveram uma surpresa:

— Henrique! — gritou a esposa, emocionada —   Graças a Deus eu o encontrei!...

— Pai! Onde esteve este tempo todo? E dizem que mendigava pelas ruas? — disse o filho.

Ao ver aquelas pessoas, ele, que estava melhor, reconheceu-as e sorriu mais aliviado. O médico conversou com a esposa, afirmando:

— Tudo leva a crer que Henrique desapareceu porque estava com um problema e perdeu a memória. Agora está se recuperando; tenham paciência com ele. Se ele tiver outro problema igual, voltem a me procurar.

— Obrigada, doutor. O senhor nos ajudou muito. Voltaremos, sem dúvida. 

Depois, com lágrimas nos olhos, disse:

— Vamos para casa, querido. O médico disse que você está liberado.

Assim, Henrique retornou ao seu lar e ao convívio da família. Como tivesse sido tratado no hospital, o médico avisou novamente à esposa que ele estava recuperando a memória perdida, em virtude de um problema que tivera, e pediu que tivessem paciência com ele.

Chegando ao palacete onde morava, em grande avenida, Henrique sorriu reconhecendo a casa onde morara por tanto tempo. Entrou, foi levado para o quarto dele e, já acomodado no leito, disse aos familiares:

— Graças a Deus, estou de volta. Sofri muito durante todo este tempo. Fui mendigo e pedi esmolas, comida e dormi ao relento, cobrindo-me com jornal que pessoas jogavam na rua ou deixavam esquecido em bancos de praças.

— Querido, esqueça tudo isso. Já passou, você está de volta à nossa casa...

— Eu sei, querida. Porém não posso esquecer o que vivi. Sempre fui um homem duro, que só valorizava o dinheiro. Hoje, após tanto sofrimento, sei que as pessoas não estão na rua porque querem, mas por falta de opção. Então, a partir de agora, vou ser diferente. Quero ajudar todas as pessoas em dificuldades, que vivem nas ruas, que bebem, que são viciadas em drogas. Todas são muito infelizes e precisam de alguém que as ajude. Este alguém serei eu, que convivi com todas elas e, mesmo em dificuldade, elas me ajudaram, dividindo comigo o pouco que tinham.

A esposa e os filhos estavam emocionados com as palavras dele, pois eles o tinham conhecido duro, sem piedade para com todos que precisavam de ajuda. E Henrique continuou:

— Serei um chefe diferente para meus empregados de hoje em diante. Amanhã irei à empresa conversar com eles, e direi o mesmo que disse hoje a vocês: Deus me deu uma nova oportunidade e pretendo aproveitá-la! Podem acreditar! Desculpem-me o pai e marido que fui para vocês. A partir de agora sou um homem diferente.

A esposa e os filhos se aproximaram com muito amor e o abraçaram, em lágrimas de entendimento e compaixão, reconhecendo que sempre é tempo para mudar. 

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 9/11/2015.)


                                                   
 


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