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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 445 - 20 de Dezembro de 2015

PAULA KLOSER
kloserpaula@hotmail.com
Bürs, Vorarlberg (Áustria)

 

 
Edith Burkhard: 

“A fé irrestrita em Deus tem-me ajudado no processo evolutivo” 
 

Edith Burkhard (foto), secretária bilíngue, atualmente aposentada, residente em Winterthur, Suíça, nasceu em Zurique, mas foi criada no Rio de Janeiro, Brasil. Seus pais, ela e um irmão emigraram, logo após a 2ª Guerra Mundial, para o Brasil, onde viveram até 1963, retornando em novembro do mesmo ano à Suíça. Espírita há mais

de 25 anos e bastante conhecida por servir de intérprete nas palestras proferidas por Divaldo Franco em cidades da Europa, ela concedeu-nos a entrevista seguinte. 

Quando, e em que circunstâncias, você teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita?  

Meu primeiro contato foi por ocasião do primeiro encontro com Divaldo Franco ocorrido em Zurique, em 1988. A partir do ano seguinte tornei-me sua intérprete e tradutora. Tornei-me espírita com o passar dos anos e desde 1998 sou trabalhadora no Centro de Estudos Espíritas Allan Kardec, Winterthur, Suíça. 

Você teve algum problema familiar em decorrência de sua adesão à Doutrina Espírita? 

Não, pois minha adesão deu-se sucessivamente. Embora a minha família não fosse espírita, eles não se opuseram, apesar de não compreender meu compromisso com a Doutrina Espírita.    

Quais são, no momento, suas atividades no meio espírita? 

Sendo palestrante espírita, sou convidada a proferir palestras em português e em alemão em diversas cidades suíças e alemãs. Outras atividades são: tradução de livros espíritas e intérprete de palestrantes que vêm do Brasil, como, por exemplo, Juselma Coelho além do compromisso anual com Divaldo Franco.  

Sabemos que você já traduziu alguns livros espíritas do português para a língua alemã. Pode dizer-nos quais foram? E qual sua opinião sobre a importância das traduções, uma vez que algumas traduções das obras básicas do Espiritismo não são confiáveis? 

Traduzi algumas obras do Espírito Joanna de Ângelis, psicografadas por Divaldo Franco, e os livros Nosso Lar e Os mensageiros, de André Luiz, psicografados por Chico Xavier. Na minha opinião, as traduções são importantíssimas, pois são o meio mais simples de fazer com que os nacionais de língua alemã tenham acesso à Doutrina Espírita. Com relação ao controle, penso que é um ponto delicado, mas necessário. Sou a favor de que todas as obras espíritas traduzidas, não somente para o alemão, mas para outros idiomas, sejam, antes de serem publicadas, revisadas quanto à fidelidade ao conteúdo doutrinário original.  

Conte-nos como se deu seu trabalho como tradutora para a língua alemã das palestras de Divaldo Pereira Franco aqui na Europa. 

Como todos sabemos, não existe o acaso. E assim ocorreu meu primeiro encontro com Divaldo Franco, numa noite de primavera em 1988, quando ele e Nilson Pereira de Souza haviam sido convidados pelo arquiteto suíço André Studer para proferir uma palestra no G19 (Fundação para o fomento da consciência universal) em Zurique. Uns meses antes, eu havia recebido um folheto com uma nota que dizia: é para você! Passaram-se as semanas e eu não entendia o porquê daquela nota. Algo me dizia que era para mim, e que eu deveria descobri-lo. Uma semana antes do encontro, descobri que a nota se referia a uma palestra e seminário de Divaldo Franco no G19, a qual seria traduzida do português para o alemão.

Chegando lá, fui saudar Divaldo e Nilson, bem como o intérprete de Divaldo do português para o inglês, John Zerio. A palestra foi traduzida para o idioma inglês e André Studer passou-a para o alemão.

Após a palestra, André Studer acercou-se de mim e perguntou-me se eu gostaria e poderia assumir a tarefa de tradutora do seminário, pois o tradutor juramentado que ele havia contratado não apareceu e, portanto, ele estava precisando de alguém que traduzisse a fala do Divaldo. Aceitei – eu havia adquirido prática como tradutora no Aeroporto de Zurique. E assim foi que, com exceção de 1989 (quando estava trabalhando na Itália), fui assumindo pouco a pouco a tarefa da tradutora de Divaldo, primeiramente somente na Suíça, e a partir de 1995 também na Alemanha e na Áustria.  

Qual o seu olhar quanto à adesão dos nativos europeus perante a Doutrina Espírita? Não somente na Suíça, onde você mora, mas a nível europeu, pois sabemos que você viaja por toda a Europa. 

Os nacionais de língua alemã estão despertando pouco a pouco para a verdade da imortalidade da alma. Entretanto, é um processo longo e quando o primeiro entusiasmo passa eles não se interessam mais pela Doutrina Espírita. Muitos estão mais interessados no lado científico e teórico da Doutrina, e quando se dão conta de que a Doutrina Espírita é a grande oportunidade da reforma íntima, desistem. Algo que sempre me chama a atenção é que o interesse pela mediunidade é muito maior do que pelo estudo do Espiritismo.

O importante é que nós não devemos nunca desistir, pois é através do nosso comportomento e dos nossos atos que eles entenderão o que é o Espiritismo.  

Qual é a literatura espírita, fora as obras básicas, que mais lhe desperta interesse?  

Para mim, além das obras básicas, me interessam as obras psicografadas por Divaldo Franco (Joanna de Ângelis e outros Espíritos), bem como por Francisco Cândido Xavier.  

Neste momento, quando milhares de refugiados de guerra procuram na Europa um lugar seguro para viverem, você acredita que o povo suíço, ou mesmo o europeu, está apto a praticar a caridade e acolher como irmãos essas pessoas? 

Noto na conduta de muitos a vontade de ajudar, de contribuir para aliviar a situação dos refugiados. Oremos para que os políticos possam aproveitar a oportunidade de praticar a caridade. E nós, espíritas, podemos colaborar envolvendo tanto os refugiados como os políticos em nossas orações.  

Deixe-nos uma frase, uma palavra, ou um pensamento, que traduza o valor que a Doutrina Espírita tem em sua vida. 

Através da Doutrina Espírita, e do meu trabalho de tradutora, posso afirmar que me encontrei e aprendi a assumir responsabilidades. A fé irrestrita em Deus tem-me ajudado no processo evolutivo. Sou imensamente grata a Jesus pelo Seu Amor e pela Sua Paciência comigo. Que Deus nos abençoe.


 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita