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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 429 - 30 de Agosto de 2015

ANDRÉ RIBEIRO FERREIRA
andure@uol.com.br
Brasília, DF (Brasil)

 

 
Flávio Fonseca: 

“Se somos artistas, que a nossa arte seja iluminada”

O maestro nos fala sobre o papel do artista na melhoria e preservação da qualidade das produções artísticas
e dos conteúdos espíritas

Flávio Souza da Fonseca (foto) é natural do Rio de Janeiro, mas reside em Brasília (DF). Nasceu em família espírita, mas, apesar dos cultos em casa, mergulhou de cabeça mesmo quando entrou na mocidade do Grupo Irmão Estêvão, na capital federal, em 1984. Foi o tradutor para o Esperanto do livro Valo de l' Nebulo (O Vale da Neblina), de

Roque Jacintho, publicado pela Ed. Lorenz. Teve artigos (em português e em Esperanto) publicados em diversos periódicos do mundo, principalmente sobre Espiritismo e Música. Mas o destaque de sua obra está nos discos: 14 álbuns autorais e participação como arranjador, produtor, maestro, instrumentista ou cantor em cerca de 60 outros. Mais de 100 shows em todo o mundo: solo, com banda ou com orquestra. Músico – compositor, arranjador, maestro, produtor –, também atua como facilitador credenciado da ferramenta terapêutica Jogo da Transformação em clínicas de psicologia. Realiza palestras em várias casas espíritas (geralmente com o violão na mão), eventualmente ministra workshops e seminários sobre música espírita em encontros e faz apresentações musicais em congressos e outros eventos. É graduado em Composição e Regência pela UnB (orientado por Cláudio Santoro) e pós-graduando em Psicoterapia Junguiana pela FACIS.

Flávio Fonseca concedeu-nos a entrevista seguinte:   

O que o motivou a trabalhar com a arte espírita? Fale-nos também sobre suas obras e seus últimos trabalhos. 

Primeiramente devo dizer que não faço diferença entre música espírita e não espírita. Sou espírita e, como tal, não vejo como não deixar minhas convicções transbordar para o meu trabalho, e seria hipócrita se não o fizesse. Até quando faço música sobre letra de um parceiro, o critério é o mesmo. Assim, sinto-me à vontade para apresentar uma mesma composição minha num palco comercial ou num contexto espírita.

Já produzi discos e shows de vários artistas espíritas, como Alexandre Paredes, Abadia Amorim, Cláudia & Euclides, Esperança, Giselle Sprovieri, Marielza Tiscate, Tânia & Edênio, etc.; produzi coletâneas para Editora Auta de Souza, Revista Cristã de Espiritismo e FEB.

Meu trabalho solo mais recente é o CD O Som da Poesia (facebook.com/osomdapoesia), de músicas minhas com letras da poetisa Aglaia Souza, que é minha mãe.          

Que método utiliza nas composições e quanto tempo leva na elaboração artística?  

A inspiração é muito relativa. Às vezes vem nas horas mais inesperadas; às vezes é fruto de muito planejamento e transpiração. Do início à conclusão de um trabalho de criação podem passar minutos ou semanas.            

Como você vê a qualidade da produção musical espírita, em geral, no presente momento?  

Se formos comparar com a produção musical de outras religiões, ainda estamos muito atrás, seja em qualidade técnica e artística, seja em produção, distribuição e divulgação. Porém, se compararmos com o que era feito há alguns anos, vejo que evoluímos muito. Vários artistas começam a se destacar pela consistência da obra, e percebe-se que algumas localidades são polos de desenvolvimento mais acentuado. 

Quais as principais dificuldades a superar? 

Primeiramente, as dificuldades individuais, que são as mesmas de qualquer ser humano, artista ou não: disposição para a reforma íntima. Coletivamente, enfrentamos a falta de recursos (por falta mesmo ou por preconceitos) e ainda, infelizmente, a falta de aceitação dentro do próprio movimento espírita, com honrosas exceções.         

Qual o papel dos compositores, artistas, escritores, dirigentes e líderes espíritas na melhoria e preservação da qualidade das produções artísticas e dos conteúdos espíritas? 

Cada um em sua posição deve reconhecer sua missão diante deste tema. A partir do ponto em que compreendemos a importância transformadora da arte, como poderoso instrumento de auxílio em nossas metamorfoses diárias, fica clara sua utilidade para o Espiritismo ou – poderíamos dizer mais profundamente – para a evolução espiritual de cada um. Então, se somos artistas, que a nossa arte seja iluminada; se somos dirigentes, criemos condições propícias para o desenvolvimento da arte e dos artistas. Se temos recursos de divulgação, de educação, de promoção, enfim, façamos o que está ao nosso alcance.         

O que, na sua percepção, precisa e pode melhorar no incentivo e na formação de novos músicos espíritas? 

Individualmente, admitirmos nossa necessidade de estudo constante, seja o estudo doutrinário, seja o da técnica relativa à nossa arte; fazer bem feito e com conteúdo. Coletivamente, a criação de condições mais favoráveis para a realização artística, abolindo preconceitos e gerando estímulos para os artistas, e não apenas para os iniciantes.         

Quais os seus planos para o futuro, em relação à arte espírita?  

Continuar meu trabalho, criando sob impulso do que acredito, e levando minha música (e consequentemente meu sentimento) aonde puder, dentro e fora do movimento espírita. 

Sua mensagem final aos nossos leitores. 

Não paremos nunca de buscar o aperfeiçoamento, em todos os sentidos: espiritual, pessoal, técnico...


 
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita