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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 9 - N° 424 - 26 de Julho de 2015

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O que é o Espiritismo

Allan Kardec

 (Parte 2)
 

Damos continuidade ao estudo do livro O que é o Espiritismo, obra que surgiu em Paris em julho de 1859. O estudo será aqui apresentado em 19 partes. As páginas citadas no texto sugerido para leitura referem-se à 20ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. As respostas às questões propostas encontram-se após o texto mencionado. 

Questões para debate

A. O ano de 1861 registra um fato marcante nos anais do movimento espírita internacional. Que acontecimento foi esse?

B. Kardec define, em mensagem dirigida aos espíritas lioneses, no início de 1862, a maior qualidade e o pior defeito de um grupo espírita. Quais são eles?

C. Qual a definição de Espiritismo dada por Kardec na abertura deste livro?

Texto para leitura

12. Em 1856 o professor Rivail frequentou as reuniões realizadas na casa do Sr. Roustan, onde trabalhava a senhorita Japhet, sonâmbula, que obtinha comunicações com o auxílio da cesta aguçada, em forma de bico. Ele fez examinar por essa médium as comunicações obtidas anteriormente e postas em ordem. O trabalho era, no início, efetuado nas sessões ordinárias, mas, a pedido dos Espíritos, para que fosse dada mais atenção a esse exame, foi continuado em sessões particulares. (Biografia, pág. 19.)

13. O exame feito com o auxílio da senhorita Japhet não o satisfez inteiramente e, por isso, toda vez que se lhe oferecia ocasião o professor Rivail a aproveitava para propor algumas das questões que lhe pareciam mais melindrosas. Escreveu então: "Foi assim que mais de dez médiuns prestaram seu concurso a esse trabalho. E foi da comparação e da fusão de todas essas respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes refeitas no silêncio da meditação, que formei a primeira edição de O Livro dos Espíritos, a qual apareceu em 18 de abril de 1857". (Biografia, pág. 19.)

14. No momento de publicá-lo, o autor ficou embaraçado em resolver como o assinaria, se com o seu nome civil, ou com um pseudônimo. Sendo o seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude de seus trabalhos anteriores, e podendo originar alguma confusão e até prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de assiná-lo com o nome de Allan Kardec, que tivera como druida. (Biografia, pág. 20.)

15. A primeira manifestação ostensiva do Espírito de Verdade ao professor Rivail ocorreu em sua casa no dia 25/3/1856 por meio de pancadas. No dia seguinte, em casa do Sr. Baudin, o professor pôde conversar com o Espírito de Verdade, apresentado por uma outra entidade espiritual como sendo um Espírito familiar do professor. E ele assim se identificou: "Para ti chamar-me-ei Verdade, e todos os meses, durante um quarto de hora, estarei aqui, à tua disposição". (Biografia, págs. 20 e 21.)

16. O professor Rivail indagou ao Espírito de Verdade se esse nome seria uma alusão à verdade que ele procurava. A resposta obtida foi: "Talvez, ou, pelo menos, é um guia que te há de auxiliar e proteger". Intentando saber a identidade do Espírito, o professor perguntou se ele havia animado alguma personagem conhecida na Terra. A resposta foi sintomática: "Disse-te que para ti eu era a Verdade, o que da tua parte devia importar discrição; não saberás mais que isto". (Biografia, págs. 21 e 22.)

17. Em razão do êxito que "O Livro dos Espíritos" alcançou, Kardec decidiu criar um jornal espírita. Solicitou para isso apoio financeiro ao Sr. Tiedeman, mas este não estava resolvido a participar do empreendimento. Em 15/11/1857, Kardec perguntou aos seus guias, por intermédio da médium Ermance Dufaux, o que deveria fazer. Os Espíritos lhe disseram que pusesse a ideia em execução, sem se inquietar com o resto. O primeiro número da "Revista Espírita" saiu no dia 1o de janeiro de 1858, sem um único assinante, nem sócio capitalista. O êxito foi surpreendente, os números se sucederam e, como previram os Espíritos, o jornal se tornou um poderoso auxiliar de Kardec na obra da codificação. (Biografia, págs. 22 e 23.)

18. Em 12/6/1856, a senhorita Aline C. foi intermediária de um interessante diálogo travado entre Kardec e o Espírito de Verdade, que lhe falou sobre sua missão, esclarecendo que ela seria rude e difícil. "Não creias que te seja suficiente publicar um livro, dois livros, dez livros, e ficares tranquilamente em tua casa; não; é preciso te mostrares no conflito; contra ti se açularão terríveis ódios, implacáveis inimigos tramarão a tua perda; estarás exposto à calúnia, à traição, mesmo daqueles que te parecerão mais dedicados; as tuas melhores instruções serão impugnadas e desnaturadas; sucumbirás mais de uma vez ao peso da fadiga; em uma palavra, é uma luta quase constante que terás de sustentar com o sacrifício do teu repouso, da tua tranquilidade, da tua saúde e mesmo da tua vida, porque tu não viverás muito tempo." Mais de dez anos depois, Kardec anotou em suas memórias que a previsão se cumprira integralmente. (Biografia, págs. 23 e 24.)

19. A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas foi fundada em 1o de abril de 1858. Até então, as reuniões se realizavam na casa de Kardec, na Rua dos Mártires, tendo a senhorita Ermance Dufaux como principal médium. No salão de reuniões cabiam até 20 pessoas, mas cedo já eram 30 os participantes. Alguns dos assistentes propuseram, então, formar uma sociedade espírita e alugar um local mais apropriado. As primeiras reuniões após a fundação da Sociedade realizaram-se às terças-feiras no Palais-Royal, galeria Valois. Dois anos depois, a Sociedade se instalou em sede própria, na rua e passagem Sant'Ana, no 59, na capital francesa. (Biografia, págs. 25 e 26.)

20. O Espiritismo experimental está cercado de muito mais dificuldades do que se acredita geralmente, e os escolhos, que aí se encontram, são numerosos; é o que produz tanta decepção nos que dele se ocupam sem ter a experiência e os conhecimentos necessários. (Biografia, pág. 31.)

21. "O Livro dos Médiuns" é o vade-mécum de quantos se querem entregar com proveito à prática do Espiritismo experimental e é, ainda, o mais seguro guia de que nos podemos servir para explorar, sem perigo, o terreno da mediunidade. (Biografia, págs. 31 e 32.)

22. Sem dúvida - assevera Kardec - é de desejar que se multipliquem os adeptos, porém o que mais vale não é o número, mas a qualidade. (Biografia, pág. 33.) (Continua no próximo número.)

Respostas às questões propostas

A. O ano de 1861 registra um fato marcante nos anais do movimento espírita internacional. Que acontecimento foi esse?

Foi o auto de fé de Barcelona, em que foram queimadas, por ordem do bispo local, trezentas obras espíritas importadas legalmente pelo Sr. Maurice Lachâtre. O fato ocorreu em 9 de outubro de 1861. (O que é o Espiritismo, pp. 34 e 35.)

B. Kardec define, em mensagem dirigida aos espíritas lioneses, no início de 1862, a maior qualidade e o pior defeito de um grupo espírita. Quais são eles?

A estabilidade de um grupo requer que nele reine o sentimento fraternal. Todo grupo que se formar sem ter caridade efetiva por base não tem vitalidade. O pior defeito que um grupo pode apresentar é a existência de rivalidade entre seus membros. (Obra citada, Biografia, p. 40.)

C. Qual a definição de Espiritismo dada por Kardec na abertura deste livro?

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos. Como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. Segundo Kardec, podemos defini-lo assim: “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”. (Obra citada, Preâmbulo, p. 50.)

 

 


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