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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 9 - N° 423 - 19 de Julho de 2015

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O que é o Espiritismo

Allan Kardec

 (Parte 1)
 

Iniciamos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, obra lançada em Paris em julho de 1859. O estudo será aqui apresentado em 19 partes. As páginas citadas no texto sugerido para leitura referem-se à 20ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do presente texto.

 Questões para debate 

A. Qual foi um dos primeiros resultados obtidos por Allan Kardec em suas observações?

B. Dois pontos muito importantes Kardec destaca no fato das comunicações dos Espíritos. Quais são eles?

C. No dia 19 de setembro de 1860, Kardec fez em Lyon, sua cidade natal, pela primeira vez, uma classificação dos espíritas. Segundo esse discurso, como Kardec considerava os espíritas?

Texto para leitura

1. Foi em 1854 que o professor Rivail (nome verdadeiro de Allan Kardec) ouviu pela primeira vez falar nas mesas girantes, a princípio do Sr. Fortier, magnetizador, com o qual mantinha relações em razão de seus estudos sobre Magnetismo. Fortier lhe disse que "não somente se faz girar uma mesa, magnetizando-a, mas também se pode fazê-la falar". "Interroga-se, e ela responde." Rivail respondeu-lhe: "Isso é uma outra questão; eu acreditarei quando vir e quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que se pode tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que não veja nisso senão uma fábula..." (O que é o Espiritismo, Biografia, pág. 14.)

2. No ano de 1855, o Sr. Carlotti, um amigo de há 25 anos, discorreu sobre os fenômenos durante mais de uma hora com o entusiasmo que ele punha em todas as ideias novas. Apesar de reconhecer nele as qualidades que caracterizam uma alma grande e bela, o professor Rivail desconfiava de sua exaltação. "Ele foi o primeiro a falar-me da intervenção dos Espíritos, e contou-me tantas coisas surpreendentes que, longe de me convencerem, aumentaram as minhas dúvidas", disse depois Allan Kardec. (Biografia, pág. 15.)

3. Em maio de 1855, o professor Rivail esteve em casa da Sra. Roger, sonâmbula, com o Sr. Fortier, seu magnetizador. Ali encontrou o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison, que lhe falaram dos fenômenos no mesmo sentido que o Sr. Carlotti, mas noutro tom. "O Sr. Pâtier era funcionário público, de certa idade, homem muito instruído, de caráter grave, frio e calmo; sua linguagem pausada, isenta de todo entusiasmo, produziu-me viva impressão", anotou Kardec. (Biografia, pág. 16.)

4. A convite do Sr. Pâtier, o professor Rivail foi assistir às experiências que se realizavam na casa da Sra. Plainemaison. A primeira ocorreu numa terça-feira de maio de 1855, às 20 horas. Diz Allan Kardec: "Foi aí, pela primeira vez, que testemunhei o fenômeno das mesas girantes, que saltavam e corriam, e isso em condições tais que a dúvida não era possível". O codificador relata ter visto também, na mesma reunião, alguns ensaios de escrita mediúnica em uma ardósia com o auxílio de uma cesta. (Biografia, pág. 16.)

5. A respeito da reunião na casa da Sra. Plainemaison, disse Kardec: "Minhas ideias estavam longe de se haver modificado, mas naquilo havia um fato que devia ter uma causa. Entrevi, sob essas aparentes futilidades e a espécie de divertimento que com esses fenômenos se fazia, alguma coisa de sério e como que a revelação de uma nova lei, que a mim mesmo prometi aprofundar". (Biografia, pág. 16.)

6. Em um dos serões da Sra. Plainemaison, o professor Rivail conheceu a família Baudin, que realizava em sua casa sessões semanais. "Foi aí que fiz os meus primeiros estudos sérios em Espiritismo, menos ainda por efeito de revelações que por observação", anotou o codificador. (Biografia, pág. 16.)

7. Allan Kardec aplicou à nova ciência o método experimental. Ele assim escreveu: "Nunca formulei teorias preconcebidas; observava atentamente, comparava, deduzia as consequências; dos efeitos procurava remontar às causas pela dedução, pelo encadeamento lógico dos fatos, não admitindo como válida uma explicação, senão quando ela podia resolver todas as dificuldades da questão". (Biografia, págs. 16 e 17.)

8. Uma noite, um Espírito amigo, identificado como Z., disse ao professor Rivail que eles foram conhecidos um do outro em uma anterior existência, quando, ao tempo dos Druidas, viveram juntos nas Gálias. O professor chamava-se, então, Allan Kardec. O incentivo recebido naquela oportunidade de Z. levou o professor a aceitar a tarefa de pôr em ordem 50 cadernos de comunicações diversas que haviam sido reunidas por um grupo de amigos formado pelos Srs. Carlotti, René Taillandier, Tiedeman-Manthese, Sardou, pai e filho, e Didier. (Biografia, pág. 18.)

9. O professor tomou os cadernos, anotou-os com cuidado, suprimiu as repetições e pôs em ordem cada ditado, cada relatório de sessão. Assinalou depois as lacunas a preencher, as obscuridades a aclarar e preparou as perguntas necessárias para chegar a esse resultado. (Biografia, pág. 18.)

10. Até então, as sessões na casa do Sr. Baudin não tinham nenhum fim determinado. Com o professor Rivail isso mudou. Ele comparecia a cada sessão com uma série de questões preparadas e metodicamente dispostas, que eram respondidas com precisão, profundeza e de modo lógico. Desde esse momento as reuniões passaram a ter caráter diferente, e os assistentes sérios tomaram vivo interesse pelo trabalho. (Biografia, págs. 18 e 19.)

11. A princípio, o professor Rivail tinha em vista apenas a sua própria instrução; mais tarde, quando viu que aquilo formava um conjunto e tomava as proporções de uma doutrina, teve o pensamento de o publicar. O codificador então registrou em suas memórias: "Foram essas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, fizeram a base de O Livro dos Espíritos". (Biografia, pág. 19.) (Continua no próximo número.)

Respostas às questões propostas

A. Qual foi um dos primeiros resultados obtidos por Allan Kardec em suas observações?

Kardec diz que um dos primeiros resultados que obteve em suas observações foi que os Espíritos não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência, que o seu saber era limitado ao grau do seu adiantamento e que a opinião deles não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. (O que é o Espiritismo, Biografia, p. 17.)

B. Dois pontos muito importantes Kardec destaca no fato das comunicações dos Espíritos. Quais são eles?

O primeiro ponto é que a comunicação dos Espíritos provava a existência de um mundo invisível ambiente. O segundo é que, por meio desse intercâmbio, tornava-se possível conhecer o estado desse mundo e seus costumes. (Obra citada, p. 17.)

C. No dia 19 de setembro de 1860, Kardec fez em Lyon, sua cidade natal, pela primeira vez, uma classificação dos espíritas. Segundo esse discurso, como Kardec considerava os espíritas?

Kardec disse naquela oportunidade que havia três categorias de adeptos: os que procuram, antes de tudo, os fenômenos; os que compreendem o alcance filosófico dos fatos espíritas e admiram a moral que deles decorre mas não a praticam; e, por fim, os que não se contentam de admirar a moral, mas a praticam, aceitam-lhe as consequências e têm na caridade a regra de sua conduta. Estes últimos são, segundo palavras do Codificador do Espiritismo, os verdadeiros espíritas, ou, melhor, os espíritas cristãos. (Obra citada, pp. 28 e 29.)

 


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