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O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 410 - 19 de Abril de 2015
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 

 

Solange Volpato, em carta publicada nesta mesma edição, pergunta-nos qual é o entendimento espírita sobre cremação de cadáveres humanos.

Embora a cremação seja uma prática antiga em nosso mundo, Allan Kardec não tratou desse tema, o que equivale a dizer que a Doutrina Espírita não tem uma posição firmada sobre o assunto. O que existe são opiniões pessoais, umas favoráveis, outras contrárias à referida prática.

Léon Denis, um dos mais importantes autores espíritas, era claramente favorável à inumação – ou seja, o sepultamento –, uma vez que a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento da entidade desencarnante, podendo ser mesmo dolorosa para a alma apegada à Terra.

Determinados Espíritos, como sabemos, permanecem por algum tempo imantados ao corpo material após o transe da morte, como acontece principalmente com os suicidas. O desatamento do cordão fluídico nem sempre se consuma num curto espaço de tempo. Nessas condições, o desencarnado é como se fosse um morto-vivo cuja percepção sensória, para sua desventura, continuaria presente e atuante. A cremação viria causar-lhe um angustiante trauma, o que implicaria "aumentar a aflição ao aflito".

No mesmo sentido manifestou-se sobre o tema o conhecido escritor e estudioso espírita Richard Simonetti, que entende que, embora o cadáver não transmita sensações ao Espírito, este experimentará obviamente "impressões extremamente desagradáveis" se no ato crematório estiver ainda ligado ao corpo.

Paul Bodier, o renomado autor de “A Granja do Silêncio”, dizia que "a incineração, tal como se pratica entre nós, é, com efeito, prematura demais". Talvez, por isso a inumação devesse ser o processo normal, só se cremando os cadáveres com sinais evidentes de putrefação.

Das manifestações oriundas do plano espiritual a respeito de cremação, duas merecem citação.

No programa Pinga-Fogo na TV Tupi, levado ao ar no ano de 1971, em resposta a uma pergunta dirigida a Chico Xavier, o saudoso médium declarou que, segundo Emmanuel, "a cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório".

Merece destacar a recomendação do benfeitor espiritual acerca do tempo de espera necessário para que o processo de cremação não seja lesivo ao Espírito desencarnante: 72 horas, antes que a cremação seja efetuada. Certamente, o tempo de espera por ele sugerido levou em consideração os aspectos negativos levantados por Léon Denis e Richard Simonetti.

Resta-nos, no entanto, uma dúvida: estará realmente o Espírito desencarnante inteiramente desligado do corpo, findo o tempo mencionado?

Muitos anos depois, Irmão X – pseudônimo utilizado pelo Espírito de Humberto de Campos – examinou o tema na mensagem intitulada “O problema da cremação”, psicografada por Chico Xavier e publicada no livro Escultores de Almas, lançado em 1987.

Eis um trecho dessa obra:

“Se a lei divina fornece um prazo de noves meses para que a alma possa renascer no mundo com a dignidade necessária, e se a legislação humana já favorece os empregados com o benefícios do aviso prévio, por que razão o morto deve ser reduzido à cinza com a carne ainda quente?

Sabemos que há cadáveres dos quais, enquanto na Terra, estimaríamos a urgente separação, entretanto, que mal poderá trazer aos vivos o defunto inofensivo, sem qualquer personalidade nos cartórios?

Não seria justo conferir pelo menos três dias de preparação e refazimento ao peregrino das sombras para a desistência voluntária dos enigmas que o afligem na retaguarda?

Acreditamos que ainda existe bastante solo no Brasil e admitimos, por isso, que não necessitamos copiar apressadamente costumes em pleno desacordo com a nossa feição espiritual.

Meditando na pungente situação dos recém-desencarnados, observo quão longe vai o tempo em que os mortos eram embalados com a doce frase latina: - Requiescat in pace.

Não basta agora o enterro pacífico! É imprescindível a apressada desintegração dos despojos! E se a lei não for suavizada, com as setenta e duas horas de repouso e compaixão para os desencarnados, na laje fria de algum necrotério acolhedor, resta aos mortos a esperança de que os saltitantes conselheiros da cremação de hoje sejam amanhã igualmente torrados. “ (Do livro Escultores de Almas, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.)

Nesta revista o tema cremação foi tratado em inúmeras ocasiões, como nos textos abaixo, cuja leitura recomendamos à leitora e a todos que se interessam pelo assunto:

http://www.oconsolador.com.br/ano3/129/leonardo_marmo.html

http://www.oconsolador.com.br/ano4/173/oespiritismoresponde.html

http://www.oconsolador.com.br/ano5/253/editorial.html

http://www.oconsolador.com.br/ano6/293/correiomediunico.html

http://www.oconsolador.com.br/ano7/332/oespiritismoresponde.html


 


 
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