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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 408 - 5 de Abril de 2015

 
 

 

Os animais nossos irmãos

 

Certo dia Beto, que morava em um sítio, foi com sua mãe fazer compras na feira da cidade mais próxima. Ao ver uma banca com alguns leitõezinhos à venda, encantou-se por um deles, menor que os outros.
 

— Veja, mamãe, que lindo! Posso levá-lo? — pediu, já o segurando em seus braços.

A mãe olhou para ele. O animal era branquinho, limpo e olhava para seu filho com olhos arregalados como se pedisse: “Leve-me daqui! Quero ser só seu!”.

A senhora olhou para o vendedor, depois para o filho

e considerou:  

— Beto, meu filho, nós já temos no sítio outros porquinhos!

— Mas é que gostei deste aqui, mamãe. E ele parece que gostou de mim também.

De fato, o porquinho olhava para Beto, depois encostara a cabecinha no peito dele, e até fechara os olhinhos, como se fosse dormir.

— Por favor, mamãe! Por favor!...

Convencida, a mãe olhou para o feirante e perguntou o preço do leitãozinho. O dono disse uma importância que ela achou grande demais. Então, o feirante disse:

— Se a senhora não se importar, ele tem um pequeno defeito na pata traseira, porém nem se nota. Faço-o pela metade do preço.

— Está bem. Vamos levá-lo — respondeu a mãe olhando para o filho.

— Está vendo, meu leitãozinho amigo, vamos brincar juntos. Vou chamá-lo de Zezé apenas — disse Beto, apertando ainda mais o porquinho junto ao seu coração.

Todo feliz, Beto voltou para o sítio com seu novo amigo. A mãe, por hábito, ao chegar mandou que ele colocasse o porquinho junto com os outros no chiqueiro.

— Não, mamãe! Ele é tão branquinho, tão limpo, vai se sujar como os outros que ficam o dia inteiro na lama!... — disse o garoto começando a chorar.

— Mas lugar de porco é no chiqueiro mesmo, você não sabe? — retrucou a mãe.

Quando o pai retornou do trabalho na lavoura, encontrou o filho chorando, agarrado ao seu porquinho.

— Que belo leitãozinho, filho! Mas por que está chorando? Aconteceu alguma coisa?

— Papai, é que a mamãe quer que eu o coloque no chiqueiro junto com os outros porcos. Mas não quero que Zezé se suje! Ele é tão lindo e limpinho! — explicou o menino a soluçar.

O pai abraçou o filho, colocou-o no colo, e respondeu:

— Você tem razão, Beto. Sabe que os porcos não gostam de sujeira? Eles se revolvem na lama para se limpar, mas como só encontram lama, eles ficam sujos. Na verdade, eles gostam é de limpeza!

— É verdade, papai? Que bom! Então, posso levá-lo para o meu quarto e dar banho nele?

— Pode sim, filho. Ele vai adorar! Aliás, parece que ele gosta muito de você.

Todo animado, Beto deu banho no seu novo amigo, depois arrumou duas vasilhas: uma para a comida e outra para a água. Achou uma fita e amarrou-a no pescoço dele.

— Não está lindo? — perguntou aos seus pais.

— Muito lindo! — eles responderam.

Mas Beto, nos dias seguintes, ficava pensativo ao passar pelo chiqueiro, com Zezé nos braços e os outros porcos, na lama, olhavam para eles sem entender. Voltando para casa, ele esperou o pai chegar e, na hora do almoço, após a oração, perguntou:
 

— Papai, se os porcos não gostam de sujeira, por que você os deixa num chiqueiro?

O pai pensou um pouco, olhou para a esposa, e depois respondeu:

— Porque é mais fácil, meu filho. Eles já estão acostumados ao chiqueiro e também porque, para mudar, teria que arrumar outro lugar para eles, entendeu?

— Então vamos arrumar, papai! Eles ficarão muito mais contentes!

— É que custa caro, Beto. Teria que fazer outras instalações, com torneiras etc. Para tudo isso vai dinheiro, filho.

— E se eu não quiser presente de aniversário, nem de Natal, nem do dia das crianças, já vai sobrar dinheiro para fazer isso?

O pai trocou outro olhar com a mãe e respondeu:

— Ajuda muito, meu filho. Você já estará colaborando bastante!

— Então, papai, vamos melhorar a vida deles. Não são seres como nós? Outro dia, no estudo do Evangelho no Lar, lemos que os animais são nossos irmãos inferiores, mas que estão em processo de evolução, não é? Se eles gostam de limpeza e ficam na sujeira, imagine se isso acontecesse conosco? Seria horrível! Além disso, agora não consigo mais comer carne, pensando neles!...

O pai concordou com a cabeça, olhou para a esposa, depois para o filho e respondeu:

— Beto, você tem toda razão. Hoje, você nos ajudou no entendimento das lições de Jesus. Se nós sabemos que Deus, Nosso Pai, criou todos os seres para a evolução, algum dia esse porquinho também será como nós. Vamos ajudá-lo agora, tratando-o como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar dele. Certo?

— Certo, papai! Obrigado.

— Então, a partir de hoje também não comeremos mais carne nesta casa. Obrigado, Jesus Amigo, por nos abrir os olhos ensinando-nos como proceder na vida.    

E naquele dia eles almoçaram certos de que Beto lhes havia clareado o entendimento para melhor se conduzirem com o respeito devido a toda a Criação de Deus.

MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 12/01/2015.)

                                                 
                                                   
 


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