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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 403 - 1° de Março de 2015

 
 

 

Todos somos irmãos

 

Hugo, de dez anos, era muito orgulhoso da sua família e da posição social a que pertencia. Seu pai era médico conceituado na cidade e admirado por todos. Por isso, ele se considerava acima das outras pessoas.
 

Cheio de arrogância, sempre se referia à família como sendo a melhor, menosprezando a dos outros.

A mãezinha amorosa, ao notar as atitudes do filho em relação às demais pessoas, dizia:

— Hugo, ninguém pode se considerar acima dos outros. Se nós temos uma situação boa, em virtude da profissão do seu pai, significa que precisamos ajudar as demais pessoas que não têm essa bênção!

— Mas, se não é o papai que atende no seu consultório, muitas até sem cobrar a consulta, elas continuariam doentes!

— Pois foi exatamente o que lhe disse, filho. Os mais pobres

não têm a quem recorrer a não ser ao seu pai, que os atende com amor e dedicação. Agradeça todos os dias a Deus pelo pai que você tem! Já pensou se estivéssemos em outra condição, sentindo dor e tendo de suplicar que um médico nos atendesse?  

O garoto baixava a cabeça, porém continuava pensando e sentindo da mesma maneira.

Certo dia Hugo saiu de bicicleta para passear. Em dia tão bonito, ele não se deu conta de que já pedalara um bom trecho. Quando notou, estava em lugar desconhecido.

Grandes árvores à margem do caminho estreito quase não deixavam penetrar a luz do sol. Olhando um pássaro que cantava no alto, Hugo perdeu o equilíbrio e caiu da bicicleta, batendo a cabeça numa pedra. Tudo se apagou. Hugo não viu mais nada.

Acordou ouvindo vozes a seu redor. Pessoas tentavam despertá-lo. Preocupadas, ao ver um corte na cabeça dele, queriam ajudá-lo, mas não conseguiam. Nisso, alguém disse:

— Calma, ele está acordando! Garoto, como está? Sente muita dor? Como se chama?

Ao ver o homem maltrapilho que lhe falava, Hugo balançou a cabeça negativamente:

— Não sei. O que aconteceu?

Então, aquelas pessoas pobres, mas muito boas, queriam saber onde ele morava, qual o seu nome, qual o nome dos seus pais, porém o garoto não se lembrava de nada.

— É... A pancada foi muito forte — disse Benedito, o mais esclarecido dentre aquelas pessoas.

— Benedito, e o que vamos fazer agora?!... Esse garoto é de família rica! Não vê as roupas, os tênis que usa e a bicicleta dele?    

— Sei disso, mas o que podemos fazer? O melhor é levar o garoto até minha casa, enquanto tomo outras providências, como notificar a polícia, colocar recado na rádio, para que os pais dele sejam avisados o mais rápido possível.

Assim, transportaram Hugo para a casa de Benedito e Laura, colocando-o numa cama velha. O menino sentia muita dor e lhe deram um chá que Laura preparou. Logo, ele estava melhor. Dormiu um pouco e, ao acordar, Hugo olhou o quartinho de madeira onde estava, sem reconhecer o local:

— Onde estou? O que estou fazendo aqui? — murmurou.

— Que bom vê-lo acordado! Como está se sentindo? Ainda tem dor? — perguntou Laura, que veio da cozinha onde preparava uma sopa, ao ouvi-lo falar.

Hugo levou a mão à cabeça, onde havia um curativo improvisado:

— Não sinto dor. Onde estou?

— Você está em nossa casa. Eu sou Laura, e meu marido é Benedito. E você, como se chama?

Balançando a cabeça, ele respondeu que não sabia. De repente, Benedito voltou trazendo alguém. Era um médico.

— Veja, doutor! Este garoto caiu no meio de um bosque que tem aqui perto e bateu a cabeça numa pedra!

O médico olhou o garoto e sentiu as lágrimas descerem pelo seu rosto, aliviado:
 

— Hugo!... Meu filho, o que aconteceu?!...

O garoto arregalou os olhos ao ouvir aquela voz tão querida chamá-lo por Hugo.

— Papai! Não sei o que aconteceu? Só lembro que estava andando de bicicleta...

O médico sentou-se na cama, examinou o filho e depois disse:

— Não foi nada, meu filho. Graças a Deus e à bondade dessas pessoas que o socorreram! Obrigado, meus amigos!

Benedito e Laura também estavam emocionados.

Benedito disse:

— Não fizemos nada, doutor! Só o trouxemos para nossa casa e Laura fez um chá, para tirar a dor dele.

— Mas estou terminando uma sopinha para o garoto, quer dizer, para Hugo. Aceita um prato de sopa, doutor?

— Claro que aceito!

Hugo estava faminto e tomou a sopa, que achou muito boa. Ao terminar, o médico levantou-se e disse:

— Agradeço-lhes pelo amparo que deram ao meu filho. Se não fosse Benedito, que já conheço por ter-me procurado outras vezes, pedindo socorro para pessoas doentes, não saberia onde procurar Hugo. E despediu-se dizendo:

— Sempre que precisarem de mim, podem me procurar! Todos somos irmãos perante Deus, nosso Pai!

E Hugo, abraçando-os, completou:

— Obrigado por tudo. Quero apresentar-lhes minha mãe; tenho certeza de que vão gostar dela. Espero-os amanhã em nossa casa, sem falta!

MEIMEI

(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 24/11/2014.)


                                                 
                                                   
 


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