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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 401 - 15 de Fevereiro de 2015

 
 

 

A visita inesperada

 

Rubens levantou-se de mau humor. Cheio de problemas para resolver, encontrava dificuldade em tudo: a camisa estava amassada, as calças manchadas, os sapatos sujos.

A esposa, dedicada, procurava resolver todos os problemas, mas o marido reclamava:
 

— Tudo isso é culpa sua, Aurora, que fica o dia inteiro aqui sem fazer nada enquanto eu me acabo de tanto trabalhar para manter a casa! 

E a esposa, humilde, explicava ligando o ferro para passar a camisa:

— Querido, é que as crianças exigem bastante minha atenção! Além disso, a casa é grande e sou eu que dou conta de todo o serviço!

— Não tem desculpa, Aurora. Tenha mais cuidado com minhas coisas, pois não posso ir à empresa todo desarrumado.   

Triste, a mulher concordou. Carlinhos, garoto esperto, ouvia calado. De repente, tocou a campainha e ele foi abrir, pois sua mãe estava passando a roupa do pai. Era um senhor.

— Bom dia! Papai está em casa? Preciso falar com ele.

— Ele está se trocando, mas logo virá. Sente-se, senhor. Vou chamá-lo.

 

Carlinhos foi até o quarto e avisou o pai que um senhor o esperava na sala.

— Mas quem é ele, meu filho?

— Não sei, papai. Ele disse que precisa falar com você.

Irritado, Rubens esbravejou:

— Mais essa agora! Estou atrasado para o trabalho e ainda sou obrigado a receber visita?

Acabando de se arrumar, ele penteou os cabelos e entrou na sala já dando uma desculpa:

— Lamento senhor, mas não poderei atendê-lo agora. Procure-me outra hora, porque agora não tenho tempo — disse ele abotoando as mangas da camisa, sem ver quem era.

De repente, ergueu os olhos e vendo o visitante, corou de vergonha gaguejando:

— Se... Se... Senhor Horácio! Desculpe-me! É que não sabia quem era... Pensei que fosse alguém pedindo alguma coisa... — porém, quanto mais falava, mais se complicava.
 

— É assim que recebe as pessoas em sua casa, Rubens? — considerou o homem, com olhar sério e voz mansa.

— Não, senhor, de maneira alguma. É que estava atrasado para ir à empresa e não tinha tempo, enfim... Perdoe-me! Mas, a que devo a honra da sua presença em minha casa?

O visitante olhou-o com expressão descontente e afirmou:

— Na verdade, Rubens, eu o procurei por julgá-lo a pessoa certa para um trabalho que exige contato com as pessoas e muita paciência para convencê-las a comprar nossos produtos. Mas, infelizmente, agora você já não me parece a pessoa certa para o cargo.       

Desculpando-se novamente, Rubens implorou:

— Senhor, dê-me essa oportunidade e prometo que não se arrependerá.

Mas Horácio, como dono da empresa, respondeu:

— Lamento, Rubens! Conhecemos de verdade as pessoas nas horas de dificuldade. Você provou que por coisas pequenas como camisa amassada, sapatos sujos e calças com manchas, transforma-se de pai e marido exemplar em cobrador exigente. Sinto, mas você não é o tipo de pessoa de que preciso.

— Senhor Horácio, está me demitindo do trabalho? — Rubens indagou, gaguejando de medo.

— Não, Rubens. Continuará no mesmo lugar onde está agora. Só não poderá exercer o cargo que eu esperava dar-lhe e que representaria uma promoção. Até logo mais. Ver-nos-emos na empresa!

— Sim, senhor! — disse Rubens, aliviado por não ter sido dispensado do trabalho.

Quando o chefe saiu, Rubens caiu sentado numa cadeira, muito chateado, quase chorando, sendo abraçado pela esposa e pelo filho que dizia:

— Papai, bem que tentei avisá-lo, mas você não me ouviu!

— Querido, não se preocupe. Você terá nova chance de melhorar na empresa. Gostei do seu chefe. Ele me parece um homem bom — disse a esposa, consolando-o.

Rubens enxugou as lágrimas e falou:

— Ele é um homem bom, sim. Eu é que preciso mudar de comportamento. Ter mais paciência e tolerância com todos, tanto na empresa quanto aqui em casa. Perdoem-me! Sei que não tenho sido o marido ideal e nem o pai amoroso que gostaria de ser para vocês. Meu filho, você me perdoa?

— Querido, não se preocupe. Nós o amamos! — falou a esposa.

— Papai, eu tenho pedido muito para Jesus ajudar você. Ore também, e com certeza Ele o ajudará! Porque Jesus disse que o que pedirmos ao Pai, Ele nos concederá! — Carlinhos completou, abraçando o pai com muito amor.

O pai puxou o pequeno de encontro ao peito, dando-lhe um abraço bem apertado, e respondeu:

— Tenho certeza disso, meu filho! Pois Deus já me deu o melhor filho que qualquer pai poderia ter: Você!  

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo em 01/12/2014.)


                                                 
                                                   
 


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