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Ano 8 - N° 371 - 13 de Julho de 2014

MARCUS DE MARIO  
marcusdemario@gmail.com

Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 

Marcus De Mario

Evangelho e Espiritismo, um hino ao amor imortal

O trabalho de Kardec na elaboração de O Evangelho segundo
o Espiritismo
e a transformação do pensamento
religioso da humanidade

Parte 2 e final

 
O Cristianismo é universal, impondo-se a todas as épocas, a todos os homens e a todas as circunstâncias. É a verdade que transcende as culturas humanas, a qual tende a ser reconhecida por todos os povos, até porque os mestres locais, como Buda, Confúcio, Maomé e outros, foram emissários da grande verdade, consubstanciada pelos ensinos de Jesus. E o Espiritismo, que é o Consolador Prometido, vem avivar esses ensinos e esclarecer muitos deles, até então mal interpretados. Portanto, Cristianismo e Espiritismo se conjugam, se harmonizam, se completam.

Com O Evangelho segundo o Espiritismo o pensamento religioso da humanidade entra numa nova etapa, a era do espírito que as clarinadas dos Espíritos, por toda a Terra, anunciam. O homem, o ser no mundo, vem sendo preparado, geração a geração, para colocar o amor em ação, superando atavismos pretéritos, na realização da transformação moral de si mesmo e da humanidade. Com o Espiritismo tudo fica mais fácil, e com essa monumental doutrina, não temos mais desculpas para dar no adiamento dessa missão, pois reconhecemos, em definitivo, que “a cada um é dado segundo as suas obras”, e que depois da morte, que é apenas do corpo, seremos responsabilizados pelos rumos da sociedade humana, pois dela fazemos parte e nela temos o dever de viver da forma mais moralizada e espiritualizada que nos seja possível. 

Significado profundo 

Foram necessários mil oitocentos e sessenta e quatro anos para que o homem finalmente compreendesse as lições de Jesus, em espírito e verdade. Esse tempo foi necessário para o amadurecimento espiritual da humanidade, estando apta a estudar a Boa Nova através dos prismas da imortalidade da alma, da vida futura e da reencarnação, como, no início, assim entendiam os primeiros cristãos. Na metade do século dezenove, na França de revoluções e contrarrevoluções, um emissário divino reencarnado, Allan Kardec, em diálogos repletos de reverência e beleza com os Espíritos Superiores, trouxe a lume uma obra inigualável, desafiadora das estruturas religiosas e sociais humanas: O Evangelho segundo o Espiritismo.

Explica Kardec que a obra traz a “explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida”. Portanto, O Evangelho segundo o Espiritismo não é um livro de teologia, não se perde no emaranhado de discussões interpretativas bem ao gosto dos teólogos e filósofos, abrigados em discursos acadêmicos infindáveis, em dúvidas históricas e outras questões que desviam o Evangelho de sua finalidade, ou seja, a moralização e espiritualização do homem.

Tendo como base os princípios da Doutrina Espírita, Kardec preocupou-se em estudar os ensinos morais de Jesus, mostrando a aplicação prática deles no cotidiano do viver humano, quando a revelação espírita esclarece muitos pontos que somente podem ser entendidos com a visão imortalista da alma, a continuidade da vida após a morte e a grande chave que é a reencarnação. E afirma, veemente: “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade”

A história do evangelho espírita 

O livro foi publicado, inicialmente, com o título de Imitação do Evangelho. Kardec explica o seguinte: "Mais tarde, por força das observações reiteradas do Sr. Didier e de outras pessoas, mudei-o para ‘O Evangelho segundo o Espiritismo’, representando um manual de aplicação moral do Espiritismo”.

A 9 de agosto de 1863, Kardec recebeu uma comunicação dos seus guias espirituais, sobre a elaboração do livro. A comunicação assinalava o seguinte: "Esse livro de doutrina terá influência considerável, porque explana questões de interesse capital. Não somente o mundo religioso encontrará nele as máximas de que necessita, como as nações, em sua vida prática, dele haurirão instruções excelentes. Fizeste bem ao enfrentar as questões de elevada moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos".

Afirma José Herculano Pires, em nota explicativa à sua tradução de O Evangelho segundo o Espiritismo, que ele é “livro de cabeceira, de leitura diária obrigatória, de leitura preparatória de reuniões doutrinárias, deve ser encarado também como livro de estudo, para melhor compreensão da Doutrina”.

Kardec ateve-se exclusivamente aos ensinos morais de Jesus, e, na introdução, explica o porquê dessa opção:

“Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda a parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apega mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo. o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura. É essa parte que constitui o objeto exclusivo desta obra”.

A primeira edição foi lançada em 15 de abril de 1864, com o nome de Imitação do Evangelho, e noticiada no volume do mesmo mês da Revista Espírita. Na Revista Espírita de novembro de 1865, Kardec informa aos leitores que estava “no prelo para aparecer em poucos dias” a terceira edição de O Evangelho segundo o Espiritismo. São suas as palavras transcritas a seguir: “Esta edição foi objeto de um remanejamento completo da obra. Além de algumas adições, as principais alterações consistem numa classificação mais metódica, mais clara e mais cômoda das matérias o que torna sua leitura e as buscas mais fáceis”.  Essa terceira edição é considerada definitiva, servindo de base para as traduções do francês para o português.

Ainda na introdução, percebemos o zelo e o trabalho de Kardec para confeccionar o livro, ao qual ele dava grande importância:

“Reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral Universal, sem distinção de cultos. Nas citações, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo apenas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas, em vez de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível, e sem vantagem real em semelhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo sua natureza, de maneira a que umas se deduzam das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente”.   

Um hino de amor 

Há pouco mais de dois mil anos uma luz como ninguém nunca tinha visto inundou o planeta e iniciou a transformação moral da humanidade. Essa luz representa o amor maior, emanada de Deus, e trazida pelo Mestre de todos nós, Jesus. E Ele entregou a luz do amor a cada coração através de lições e exemplos que desafiam o tempo e aquecem as almas sequiosas da verdade eterna. E, depois de muitas lutas no tempo histórico da humanidade, uma nova luz, igualmente emanada de Deus, se fez presente no mundo para relembrar as lições crísticas: Allan Kardec.

Essa nova luz codificou o Espiritismo, doutrina eminentemente cristã, e, na formação dos princípios que a regem, legou-nos esse livro maravilhoso que é O Evangelho segundo o Espiritismo, trazendo às mentes e aos corações as sublimes lições eternas de Jesus. Por esse motivo, as últimas palavras de Kardec na introdução da obra tocam as fibras mais profundas da alma:

“Esta obra é para o uso de todos; cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontrarão, além disso, as aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios Espíritos, não será mais letra morta, porque cada qual a compreenderá, e será incessantemente solicitado a pô-la em prática, pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho”.

Vivenciemos o amor através da bondade e da caridade, tendo em O Evangelho segundo o Espiritismo não apenas nosso livro de cabeceira, mas nosso roteiro infalível para mais cedo ganharmos a perfeição.


Marcus De Mario é Educador, Escritor. Palestrante. Colaborador da Rádio Rio de Janeiro. Diretor do Instituto Brasileiro de Educação Moral. Colaborador da Associação Espírita Lar de Lola e do Centro Espírita Humildade e Amor, na cidade do Rio de Janeiro, RJ.

 

 
 


 
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