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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 367 - 15 de Junho de 2014

 
 

 

Mudando de atitude

 

Mário se sentia a criatura mais infeliz do mundo. Fora despedido do emprego onde trabalhara por muitos anos. Triste, sem coragem de voltar para casa, sentou-se num banco de jardim e pôs-se a pensar o que fazer dali em diante.

Lembrou-se da esposa, mulher corajosa, que nunca reclamava de nada. Ele ganhava pouco no

emprego, mas conseguiam viver. Maria fazia o milagre da multiplicação e o dinheiro sempre dava.

Os dois filhos eram bons meninos. Embora sempre precisassem de dinheiro para suas despesas, sabendo que o pai ganhava pouco, nada pediam.

O que eu vou fazer agora? — pensou Mário, desanimado.

Um raio de Sol bateu em seu rosto, fazendo-o lembrar-se de Deus. Pediu a ajuda divina, em nome da família que ele tanto amava e que precisava de recursos para manter.

Alguns minutos depois, mais refeito após a prece, Mário viu uma fileira de formigas que caminhavam carregando fardos maiores do que elas: pedaços de pão, folhas, restos de alimentos que levavam ao formigueiro para dividir com suas irmãs.

Mário passou a prestar atenção no que acontecia à sua volta. Olhando para outro lado, ele viu um passarinho com uma minhoca presa no bico e, no ninho, dividia com seus filhotes. Viu um sapo no meio da folhagem levando comida para seus filhotes. Assim, ele foi percebendo que à sua volta, num pequeno trecho da praça, todos trabalhavam.

Ergueu a cabeça e viu uma senhora que, com um tabuleiro adaptado a uma bicicleta, vendia doces na esquina. Mais adiante, observou uma barraquinha, onde um homem vendia pastéis; mais adiante, viu uma mulher varrendo a rua... 

De repente, ele pensou: Se todos se esforçam e encontram uma atividade para ganhar o necessário para viver, por que eu seria diferente?

Então, a partir desse momento, ele começou a pensar o que poderia fazer para manter sua família. De repente, ele se lembrou. Sempre gostara de trabalhar com jardinagem. Em sua casa, pequena e simples, era ele que cuidava do jardim, que todos elogiavam!

Mais animado, ele levantou-se decidido e retornou para casa. Ao chegar, encontrou a esposa, que começava a fazer o almoço. Abraçou-a e informou:

— Querida, fui despedido do emprego, mas não se preocupe. Já decidi que vou dedicar-me a outra atividade. Fique tranquila. Confio em Deus que nada nos faltará!

Em sua pequena oficina no fundo da casa, Mário encontrou uma tábua que julgou de bom tamanho. Limpou-a, passou uma demão de tinta amarela e depois escreveu: FAÇO SERVIÇO DE JARDINAGEM.

Mais animado, quando a tinta secou ele colocou-a no jardim para que todos pudessem ver. Resolvida essa parte, após o almoço, Mário pegou suas ferramentas, colocou num carrinho e saiu pela cidade. Examinava o estado dos jardins e, ao achar um que estava cheio de mato, precisando de trato, tocava a campainha. Até que chegou  a uma bela casa.

— Boa tarde, Senhora! Seu jardim é muito bonito, mas vejo que está precisando de cuidados. Sou bom no que faço, posso garantir. Se a senhora não gostar do serviço, não precisa pagar — disse sorridente.
 

A senhora, encantada com a simpatia do jardineiro, concordou:

— Realmente, meu jardim está precisando podar a grama. Aceito. Pode fazer o que for necessário.

Ao dar por terminado o serviço, Mário chamou a dona da

casa, que veio em seguida. A mulher olhou para o jardim, surpresa, pois parecia outro! Ele não se limitara a podar a grama, mas retirara todas as ervas daninhas que cresciam em meio à grama.

— Mas está uma beleza, Mário! — ela exclamou — O que você fez? Meu jardim está bem diferente!  

— Dona Isabel, havia belas mudas de flores que mereciam ser replantadas, e encontrei um local onde vão receber claridade na medida certa, porque não gostam de muito sol. E outras, que precisam de muito sol, estavam na sombra, o que não permitia que florescessem como era de se esperar. Foi só isso que eu fiz — ele explicou, sem jeito.

Isabel sorriu, satisfeita e maravilhada. Agora realmente seu jardim estava lindo!

— Quanto lhe devo pelo serviço, Mário?

— O que a senhora achar que mereço.
 

Ela entrou e voltou com o dinheiro, que entregou ao jardineiro. Pegando as notas na mão, ele arregalou os olhos, espantado:

— Dona Isabel, mas é muito mais do que eu cobraria pelo meu serviço!...

Ela sorriu e respondeu:

— Pois eu dei o que acho que você merece, Mário. E tem mais. Quero que seja meu jardineiro. Todos os meses, nessa mesma época, pode vir cuidar de  meu  jardim.  Mas

você parece emocionado, Mário! O que houve?

Enxugando os olhos, ele explicou:

— A senhora está sendo a minha salvação, Dona Isabel. Fui demitido do emprego hoje e confesso que estava desesperado...

E contou tudo o que tinha acontecido até decidir-se por fazer serviço de jardinagem, pois todos elogiavam seu jardim. A senhora, também comovida, disse:

— Pois pode ficar descansado, Mário. Vou conversar com minhas amigas e tenho certeza de que não lhe faltará serviço.

Mário saiu daquela casa sentindo o coração repleto de gratidão pelo socorro divino que chegara com tanta rapidez.

Agora sua vida tinha mudado para melhor. Trabalhando como jardineiro, ganharia mais do que recebia antes como operário numa empresa e estaria fazendo algo que realmente lhe dava prazer. Além disso, teria mais tempo para dedicar-se à família que ele tanto amava.   

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. Camargo, em 19/05/2014.)


                                                   
 


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