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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 364 - 25 de Maio de 2014

 
 

 


O vento e a folha de papel
 

 

Uma folha de papel, que alguém deixara cair, trazida pelo vento, chegou aos pés da pequena Sara, que a pegou, surpresa. Era uma mensagem.

Curiosa, como toda criança que está aprendendo a ler e escrever, Sara tentou descobrir o que estava escrito nela, mas leu uma palavra que ela não conhecia e ficou curiosa. Chegando à escola, perguntou à professora:
 

— Professora, o que é devotamento?

— Devotamento, Sara, significa dedicação, consagrar-se a algo importante ou a alguém. Por exemplo: Existem pessoas que se dedicam à família, ao trabalho, ao estudo. Entendeu? — respondeu a mestra.

Sara pensou um pouco e sorriu satisfeita:
 

— Pois então, eu tenho devotamento pela minha boneca Bela, pois gosto muito dela e me dedico o tempo todo a ela: dou banho, troco de roupa, dou comidinha e a levo para passear!

A mestra sorriu, e considerou:

— Muito bem, Sara. Você demonstra que tem cuidado com sua boneca. Mas devotamento vai além, pois significa grande vontade de ajudar alguém, deixando até seus próprios interesses para satisfazer as necessidades de outras pessoas. Então, devotamento refere-se não a coisas, mas a pessoas. Entendeu?

A menina coçou a cabeça e respondeu:

— Mais ou menos.

— Bem. Vou dar um exemplo mais concreto. Jesus, em sua passagem pela Terra, foi o maior exemplo de devotamento ao bem das criaturas, esclarecendo-as, curando-as e ajudando-as nas suas necessidades.

— Ah! Agora entendi, professora.

A aula continuou, mas Sara ficou pensativa: - Então, eu não ajudo ninguém. Em casa, mamãe faz tudo; meu pai trabalha para podermos ter uma vida boa. E eu?!...

Terminada a aula, a menina foi para casa com aquilo na cabeça. Ao chegar, perguntou:

— Mamãe, eu ajudo alguém?

Surpresa com a pergunta da filha, que nunca tivera esse tipo de dúvida, ela devolveu a pergunta:

— Sara, o que você acha? Você cuida do seu gatinho e do seu cachorrinho?

A garota pensou um pouco e depois reconheceu:

— Não. Você é que cuida deles, mamãe. Coloca água na vasilha, dá a ração e, quando eles precisam, dá o banho — respondeu a menina, triste, reconhecendo que não ajudava ninguém, nem seus próprios animais de estimação.

Vendo-a chateada, a mãe aproximou-se mais e abraçou-a com carinho, sugerindo:
 

— Minha filha, se você quer ajudar, sempre é tempo. Comece pelos seus bichinhos. Garanto-lhe que eles ficarão muito contentes. Mas, aviso! Você ficará responsável por cuidar deles. Se não o fizer, eles passarão sede, fome e ficarão sujos. Entendeu?

— Sim, mamãe. Pode confiar em mim! 

E Sara começou a devotar-se aos seus animaizinhos, cuidando e preocupando-se com eles. Após alguns dias, quando eles a viam no quintal, corriam para junto dela, carinhosos. E a menina começou a sentir-se contente, pois agora eles gostavam realmente dela e sentiam sua falta quando ia à escola, esperando-a no portão.
 

Com o tempo, Sara notou que passara a se preocupar mais com os outros. Um dia, ela viu um menino todo sujo e maltrapilho sentado na calçada. Sentiu vontade de parar e conversar com ele. Como haviam sobrado alguns biscoitos que ela levara de lanche, aproximou-se dele:

— Olá! Quer um biscoito?

Os olhos do garoto brilharam, e ele estendeu a mão, aceitando. Sara deu-lhe o biscoito. Depois, sentando-se ao lado dele na calçada, começaram a conversar. O nome dele era Toninho.

— Onde você mora, Toninho?
 

— Moro num bairro pobre, bem longe daqui. Meus pais trabalham, porém ganham pouco e tenho mais dois irmãos menores. Então, quando a necessidade aperta, saio pelas ruas pedindo ajuda às pessoas.

— Ah! Então, leve para eles! — disse Sara, enfiando a mão na mochila e entregando-lhe os biscoitos que sobraram.

Conversou mais um pouco com Toninho e ficaram  de  s e encontrar  novamente  no  dia

seguinte, nesse mesmo lugar. Depois, ela voltou para casa.

Sara contou à mãe o que acontecera, pedindo que ela ajudasse aquela família tão necessitada, e completou com os olhos lacrimejando:

— Mamãe! Nunca pensei que existissem pessoas que não tivessem o que comer!

À noite, deitada em sua cama, antes de fazer a oração, Sara disse a sua mãe:

— Mamãe, agora eu entendo o que é devotamento. Sinto amor pelos meus animaizinhos, e também pelas pessoas. Saber que o Toninho e seus irmãos passam fome fez doer meu coração. Quero ajudá-los, mas sozinha não vou conseguir.

— Fique tranquila, filha. Eu vou falar com seu pai e ver o que podemos fazer a favor dessa família, pela qual tanto se interessou.

Então Sara, que estava cansada, fechou os olhos e fez uma prece:

— Jesus querido, você que sempre amou e ajudou a todas as criaturas, socorra também meu amigo Toninho e a família dele que precisam tanto. Obrigada. Boa noite.

E adormeceu com um sorriso nos lábios, cheia de contentamento.


                                                            MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em 03/03/2014.)     



                                                   
 


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