WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

 
Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 354 - 16 de Março de 2014
ANA MORAES 
anateresa.moraes2@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

 
Ricardo Baesso de Oliveira: 

“O Espiritismo é essencialmente evolucionista”

O coautor do livro Breve História de Todos Nós: Uma Síntese do Tema Espiritismo e Evolução fala sobre o conteúdo da obra

 

Há cerca de dois anos, foi constituído um grupo de trabalho por cinco companheiros do movimento espírita de Juiz de Fora (MG), com o objetivo de estudar o tema Espiritismo e Evolução. O resultado desses estudos foi concretizado na publicação de um livro: Breve História de Todos Nós: Uma Síntese do Tema Espiritismo e Evolução,  que  é  o

tema da entrevista que nos foi concedida por Ricardo Baesso de Oliveira (foto), médico radicado em Juiz de Fora e um dos autores da obra em foco. 


De que trata o livro Breve História de Todos Nós: Uma Síntese do Tema Espiritismo e Evolução?

Trata-se de uma síntese do tema Espiritismo e Evolução. Fomos buscar os mais recentes estudos sobre o Evolucionismo científico e fizemos uma ponte com o pensamento espírita, focando particularmente em Kardec e na literatura mediúnica via Chico Xavier. Estudamos também alguns clássicos, como Bozzano, Gabriel Delanne e Léon Denis, valendo-nos, ainda, da contribuição de Jorge Andréa e Hernani Guimarães Andrade. 

O que você pode dizer a respeito dos autores?

O livro foi publicado pelo Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora, e os autores são estudiosos da Doutrina Espírita vinculados ao movimento espírita da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Profissionalmente, Carlos Eduardo Nogueres é professor de Química, David Sérgio A. de Gouvêa e Geraldo Marques são professores da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Lyderson F. Viccini é professor de Genética na mesma Universidade. Quanto a nós, somos médico. 

Como surgiu o livro?

Tudo começou a partir da crença de muitos de nós de que autores encarnados sempre tiveram um papel preeminente na formulação da Doutrina Espírita, desde os primórdios do movimento espírita. Kardec codificou a doutrina a partir de informações obtidas de contatos com as entidades desencarnadas, mas foi ele a grande figura na organização da obra e definição de seus pontos fundamentais. Kardec enfatizava isso. No primeiro capítulo de A Gênese ele diz que o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem, de iniciativa dos Espíritos, mas sua elaboração é fruto do trabalho dos homens. Quase simultaneamente com Kardec, Léon Denis, Camille Flammarion e Gabriel Delanne, autores espíritas então encarnados, desenvolveram as ideias do mestre, participando de igual maneira nos desdobramentos do conhecimento espírita. Posteriormente, Bozzano, Carlos Imbassahy, Herculano Pires, Eliseu Rigonatti, Hernani G. Andrade, Jorge Andréa e Hermínio Miranda deram extraordinárias contribuições, ao lado da obra mediúnica de Chico Xavier, Yvonne Pereira, Divaldo Franco e outros. No entanto, nas últimas décadas notamos um esvaziamento no papel dos autores encarnados. Por motivos que, em minha opinião, ainda não foram devidamente examinados, as obras mediúnicas romanceadas ganharam um impressionante espaço no movimento espírita e os livros doutrinários, que deveriam representar os esforços, as pesquisas e reflexões dos nossos estudiosos, praticamente desapareceram. Com a finalidade de darmos nossa contribuição no desenvolvimento de tema complexo como esse, formamos um grupo de espíritas que se interessam pelo aspecto científico e decidimos estudar seriamente a questão. Durante 18 meses nos reunimos, mensalmente, nas tardes de sábados, debatendo o assunto e redigindo nossas conclusões. O livro ora lançado é o resultado desses encontros. 

Kardec viveu em uma época em que prevaleciam as ideias criacionistas. Como ele se posicionava perante o evolucionismo?

Kardec era evolucionista e os Espíritos da Codificação igualmente defendiam as ideias evolucionistas. Afirmaram no item 607-a de O Livro dos Espíritos que o princípio inteligente se elabora nas experiências sofridas nos seres inferiores da natureza. Os problemas que observamos em torno do tema em alguns itens de O Livro dos Espíritos e nas considerações sobre a geração espontânea em A Gênese e na Revista Espírita não invalidam a posição central defendida por Kardec. O Espiritismo é essencialmente evolucionista. A elaboração do Espírito através das vivências nos diferentes reinos da natureza é postulado fundamental da Doutrina Espírita. 

Como conciliar a posição materialista da ciência com a evolução espiritual?

São materialistas alguns cientistas. Muitos não são. Recentemente foi publicado um livro - O Teste da Fé – em que grandes nomes da ciência contemporânea assumem publicamente seus princípios religiosos. Acho melhor dizermos que a ciência é neutra no que se refere às questões do Espírito. Nós não conseguimos provar que os Espíritos existem, mas os materialistas igualmente não conseguiram provar que eles não existem. Mas a posição que a ciência referenda a respeito do tema Evolução pode ser sintetizada no Neodarwinismo, embora alguns pontos tenham sido acrescidos recentemente à ideia central. Segundo o Neodarwinismo, as mutações aleatórias foram responsáveis pelas modificações dos seres vivos e o surgimento das espécies novas e a seleção natural justificam o desaparecimento das espécies extintas. 

O que os autores espíritas dizem sobre isso?

André Luiz e Emmanuel tiveram a oportunidade de se manifestar favoravelmente à tese neodarwiniana. A diferença entre o Espiritismo e a ciência oficial se encontra na consideração de que o processo evolutivo foi coadjuvado pelo psiquismo do princípio inteligente em elaboração progressiva e na atuação dos Espíritos Construtores, que intervieram em períodos cruciais da história da Terra, direcionando as mutações necessárias às modificações que se tornaram precisas nos momentos justos. A ideia central do nosso trabalho é que a evolução é essencialmente do princípio inteligente. Tudo o que se verificou no planeta objetivava o desenvolvimento do Espírito, segundo as belas palavras de Alfred Russel Wallace: A razão de ser do Universo é o desenvolvimento do Espírito humano

Existem muitas dúvidas sobre os fatores que levaram ao surgimento da autoconsciência, ou seja, o que é próprio do Homo sapiens. Nessa passagem do macaco ao homem, fatores espirituais foram importantes?

A autoconsciência foi resultado de um longo processo de expansão das possibilidades do princípio espiritual, que foi criado simples e ignorante, mas dotado da perfectibilidade, ou seja, de um propósito inato de desenvolvimento. Importante considerar também a migração para a Terra de uma falange de Espíritos intelectualmente desenvolvidos, oriundos da constelação de Cocheiro, que Kardec denominou de raça adâmica. Acreditamos que chegaram aqui há cerca de 50 mil anos e foram responsáveis pelo grande salto cultural que se verificou nessa época de nossa história. Estamos convencidos de que estaríamos na Idade da Pedra, se os Capelinos não tivessem sido deportados pra Terra. 

Como o livro pode ser adquirido?

Solicitando ao nosso Instituto, em Juiz de Fora, através do e-mail: divulgacao.idejf@gmail.com



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita