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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 7 - N° 349 - 9 de Fevereiro de 2014

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Céu e o Inferno

Allan Kardec

(Parte 18)
 

Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, cuja primeira edição foi publicada em 1º de agosto de 1865. A obra integra o chamado Pentateuco Kardequiano. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

A. O peso da velhice também atinge os Espíritos?

B. Como atenuar a maldade que reside em nós? O bem é recompen­sado por Deus?

C. Os sofrimentos decorrem sempre de expiação?

D. Os amigos nos recebem no além-túmulo?

Texto para leitura 

151. Van Durst, desencarnado em Antuérpia aos oitenta anos de idade, fala com alegria da vida nova, brilhante e cheia de ventura que ele encontrou no mundo espiritual e afirma que, comparada a isso, a maior das felicidades dispensadas pelo planeta nada vale. (Segunda Parte, cap. II, Van Durst.)

152. Homem de bem, morto por acidente, Sixdeniers disse ter permanecido muito tempo, depois da morte, sem se reconhecer; no entanto, com a graça de Deus e o auxílio dos que o cercavam, quando a luz se fez, ela inundou o seu Espírito. (Segunda Parte, cap. II, Sixdeniers.)

153. Kardec perguntou se sua posição ao entrar no mundo dos Espíritos era feliz. “Não; tive de pagar a dívida humana”, respondeu Sixdeniers. “Tive que expiar a indiferença para com o meu Criador, porém a sua misericórdia levou-me em conta o bem insignificante que pude fazer, as dores que resignado padeci, apesar dos sofrimentos, e a sua justiça, cuja balança os homens jamais compreenderão, tão benévola e amorosamente pesou o bem, que o mal depressa se extinguiu.” (Segunda Parte, cap. II, Sixdeniers.)

154. Após atender o Espírito de Valéria, que sofria, assevera o Codificador: “É um erro e um mal repelirmos esses Espíritos, que devemos encarar quais mendigos a pedirem esmola. Digamos antes: é um Espírito infeliz que os bons me enviam para educar. Conseguindo-o, restar-nos-á toda a alegria decorrente de uma boa ação, e nenhuma melhor que a de regenerar uma alma, aliviando-lhe os sofrimentos. Penosa é muitas vezes essa tarefa e melhor fora, por certo, receber continuamente belas comunicações, conversar com Espíritos escolhidos, mas não é buscando a nossa própria satisfação nem repudiando as ocasiões que se nos antolham para praticar o bem, que havemos de atrair a proteção dos bons Espíritos”. (Segunda Parte, cap. II, Sixdeniers, nota de Kardec.)

155. Médico homeopata extremamente dedicado ao bem, o doutor Demeure disse, cinco dias depois de sua morte: “A morte emprestara à minha alma esse pesado sono a que chamam letargia, porém o meu pensamento velava. Sacudi o torpor funesto da perturbação consequente à morte, levantei-me e de um salto fiz a viagem. Como sou feliz! Não mais velho nem enfermo. O corpo, esse, era apenas um disfarce. Jovem e belo, dessa beleza eternamente juvenil dos Espíritos, cujos cabelos não encanecem sob a ação do tempo”. (Segunda Parte, cap. II,  O doutor Demeure.)

156. “Não há mais de três dias que desencarnei – disse a Sra. Foulon – e sinto que sou artista: as minhas aspirações, atinentes ao ideal do belo artístico, mais não eram que a intuição de faculdades adquiridas em anteriores existências e na última encarnação desenvolvidas.” Na mesma comunicação, ela diz que seus olhos, que se haviam enfraquecido em vida, abriram-se depois da morte e lhe permitiram rever horizontes esplêndidos. (Segunda Parte, cap. II, A viúva Foulon, item I.)

157. Dirigindo-se a Amélie Boudet (esposa de Allan Kardec), a Sra. Foulon disse: “Creia-me, os mortos são mais felizes que os vivos e pranteá-los é duvidar das verdades espíritas. Tornará V. a ver-me, fique certa. Se parti primeiro é porque finda estava a missão, que aliás cada um tem na Terra”. “Todos temos más tendências, às quais obedecemos, o que é uma lei suprema e comprobatória da faculdade do livre-arbítrio. Portanto, tenha indulgência e caridade, minha amiga, sentimentos esses de que mutuamente carecemos, quer no mundo visível, quer no invisível.” (Segunda Parte, cap. II, A viúva Foulon, item I.)

158. Na manifestação seguinte, a Sra. Foulon descreveu seu desprendimento do corpo físico: “Eu sofri, mas o Espírito sobrepujou o sofrimento material que o desprendimento em si lhe acordava. Depois do último alento, encontrei-me como que em desmaio, sem consciência do meu estado, não pensando em coisa nenhuma, numa vaga sonolência que não era bem o sono do corpo nem o despertar da alma. Assim fiquei longo tempo, e depois, como se saísse de prolongada síncope, lentamente despertei no meio de irmãos que não conhecia”. (Segunda Parte, cap. II, A viúva Foulon, item II.)

159. Sepultado em vala comum no cemitério de Montmartre, Antonio Costeau, que fora membro da Sociedade Espírita de Paris, disse por intermédio de um dos médiuns da Sociedade, no seio do próprio túmulo, antes que ele fosse fechado: “Oh! eu não morri, vivo a verdadeira vida, a vida eterna! O enterro do pobre não tem grandes cortejos, nem orgulhosas manifestações se lhe abeiram da campa... Em compensação, acreditai-me, imensa multidão aqui não falta, e bons Espíritos acompanharam convosco, e com estas mulheres piedosas, o corpo que aí jaz estendido”. (Segunda Parte, cap. II, Antonio Costeau.)

160. O doutor Vignal, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, falecido em março de 1865, informou, quatro dias depois de seu falecimento: “A separação foi rápida; mais do que podia esperar pelo meu apoucado merecimento. Fui eficazmente auxiliado pelo seu concurso e o sonâmbulo lhes deu uma ideia bastante clara do fenômeno da separação, para que eu nele insista”. Dito isto, acrescentou: “Só deixei completamente o corpo quando ele baixou à terra; e aqui vim ter com vocês”. (Segunda Parte, cap. II, Doutor Vignal.)

161. Falecido aos 20 anos de idade, Victor Lebufle dizia-se felicíssimo com seu retorno à vida espiritual. Ele que trabalhara duro para sustentar a si e sua mãe, e ainda sofrera a prova de uma dolorosa enfermidade, disse, pouco tempo depois de sua morte: “Ah! meus amigos, a vida é penosa e difícil, quando se não tem em vista a finalidade dela; mas eu vos digo, em verdade, que quando vierdes para junto de nós, se seguirdes a lei de Deus, sereis recompensados além, mas muito além dos sofrimentos e dos méritos que porventura julgardes ter adquirido para a outra vida”. (Segunda Parte, cap. II, Victor Lebufle.)

162. A senhora Anais Gourdon, falecida em 1860, dizia-se muito feliz após a morte, e, inquirida por Kardec, informou que seus parentes poderiam ajudá-la, deixando de lado suas lamentações, pois sabem “que não estou perdida de todo para eles”. “Desejo – disse a senhora Gourdon – que a recordação do meu ser lhes seja suave e doce. Passei como uma flor pela Terra e nada de pesaroso deve subsistir dessa passagem.” (Segunda Parte, cap. II, A senhora Anais Gourdon.)

163. Comentando a mensagem da senhora Gourdon, Kardec diz: “As asas dos anjos, arcanjos, serafins, que não passam de Espíritos puros, são evidentemente apenas um atributo pelos homens imaginado para dar ideia da rapidez com que se transportam, uma vez que a sua natureza etérea os dispensa de qualquer amparo para fender os espaços; contudo, eles podem aparecer aos homens com esse acessório para lhes corresponderem ao pensamento, assim como os Espíritos se revestem da aparência terrestre a fim de se tornarem reconhecíveis”. (Segunda Parte, cap. II, A senhora Anais Gourdon, nota de Kardec.)

Respostas às questões propostas

A. O peso da velhice também atinge os Espíritos?

Não. No caso de Van Durst, falecido aos 80 anos de idade, passados os primeiros momentos, nem velhice, nem entraves de qualquer espécie – nada havia que o constrangesse. Eis suas palavras: “Aqui se vive às claras, caminhando com desassombro, tendo ante os olhos horizontes tão belos que a gente se torna impaciente por abrangê-los”. (O Céu e o Inferno, Segunda Parte, cap. II, Van Durst.)

B. Como atenuar a maldade que reside em nós? O bem é recompensado por Deus?

O perdão das ofensas é, de tantas, uma das mais poderosas atenuantes do mal. O exercício do perdão e a prática do bem são fundamentais no processo de nosso aprimoramento moral. Quem faz o bem e segue fielmente a lei de Deus recebe, sim, justa recompensa, que irá muito além dos sofrimentos e dos méritos que porventura pensamos haver adquirido. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Um médico russo, última per­gunta, e Victor Lebufle.)

C. Os sofrimentos decorrem sempre de expiação?

Não. Nem sempre os sofrimentos amargados na Terra constituem uma expiação. Há Espíritos que, cumprindo a vontade do Senhor, baixam à Terra e são felizes em provar males que para outros seriam uma expiação, mas para eles apenas provas. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Victor Lebufle, nota do Guia do médium.)

D. Os amigos nos recebem no além-túmulo?

Sim. Maurício Gontran, cujos pais ainda se encontravam encarnados, diz ter sido recebido por seu avô, que lhe estendeu os braços, estreitando-o efusivamente ao coração. Segundo ele, multidão de outras pessoas, de risonhos semblantes, o acompanhavam, acolhendo-o todos com benevolência e doçura. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Maurício Gontran.)

 

 


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