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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 348 - 2 de Fevereiro de 2014

 
 

 

O garoto que pedia
esmolas

 

Túlio, de oito anos, morava numa boa casa, tinha pais amorosos, ganhava muitos presentes e sua vontade era sempre satisfeita.

Tratado com muito amor, Túlio cresceu achando-se com direito a tudo. Na escola tratava mal os colegas, especialmente aqueles que fossem de família pobre.

Os pais procuravam orientá-lo, mostrando-lhe          que o fato de ter boas condições de vida não lhe dava o direito de desprezar os outros. Porém, Túlio ouvia, concordava com os pais, mas não agia de maneira diferente.
 

Certo dia, voltando da escola, Túlio viu um pedinte sentado na calçada. Ao ver Túlio se aproximar, o menino pediu:

— Uma esmola, pelo amor de Deus!

Túlio olhou para o garoto que se atrevera a falar com ele, e respondeu:

— Não tem vergonha de pedir esmolas, moleque? Deixe-me em paz!

 
O  garoto  olhou  para  Túlio,  reparou  no

uniforme escolar impecável que ele usava, e seus olhos se encheram de lágrimas, mas não disse nada. Apenas baixou a cabeça e foi embora.

Ao chegar a casa, não conseguindo esquecer o olhar do pedinte, Túlio contou:

— Mamãe, imagine que quando eu voltava da escola um moleque todo sujo e maltrapilho pediu-me uma esmola! Eu tinha uma moeda que sobrara do lanche, mas é claro que não dei!... Por que ele não vai trabalhar para ter dinheiro?

A mãe ouviu, cheia de piedade, olhou para o filho e considerou:
 

— Ah!... Meu filho, você não sabe nada da vida. Graças a Deus, temos tudo e nada nos falta, porém seu pai trabalha bastante para dar-nos o que temos: esta casa, escola para você, comida, roupas boas e tudo o que você quer. Já imaginou a situação desse garoto que pede esmolas para viver?

— Não pensei nisso... imaginei que ele tivesse uma família, uma casa... Como nós! — respondeu Túlio, arregalando os olhos.

— Túlio, ninguém sai para pedir esmolas se não precisa! É sinal de que ele não tem nada em casa, se é que tem

uma casa e uma família. Deve viver na miséria, meu filho!

— Será, mamãe?

— Quando encontrá-lo de novo, não julgue. Dê alguma coisa. Jesus disse, certa ocasião, que “a quem muito foi dado, muito será pedido”. Isto quer dizer que, para pessoas como nós, que temos tudo, muito será exigido. Isto é, se muito recebemos de Deus, devemos repartir as nossas bênçãos com outros que estejam precisando. Entendeu?

Sim, Túlio entendera. Nesse momento, ele lembrou-se de que o garoto pedira uma esmola em nome de Deus!

No dia seguinte, ao passar por aquela rua, ouviu o garoto dizer de cabeça baixa:

— Uma esmola, pelo amor de Deus!
 

Envergonhado, Túlio tirou uma moeda de seu bolso e entregou-a ao pedinte. O garoto ergueu os olhos e agradeceu com os olhos úmidos. Então, ele parou e perguntou-lhe o nome. O menino, agradecido pela atenção, disse:

— Chamo-me Renato.

Túlio sentou-se na calçada, ao lado dele, e começaram a conversar. Assim, ele ficou sabendo que Renato tinha família, mas o pai bebia muito e não podia trabalhar; a mãe era faxineira e o que ganhava era pouco para o sustento da família. No entanto, tinha mais quatro irmãozinhos, e só ele, por ter dez anos, poderia sair na rua sozinho para pedir esmolas. E o garoto concluiu:

— Mas não reclamo da vida, não. Deus tem-nos dado tudo de que precisamos para viver. Conheço gente que tem vida bem mais difícil que a nossa.

Túlio, emocionado, não se envergonhou dos seus olhos úmidos.

— Renato, eu lhe peço perdão. Outro dia eu o julguei mal por estar pedindo esmolas. Agora entendo suas dificuldades e quero ajudá-lo.

— Não precisa, Túlio. Você hoje já me ajudou e estou contente. Obrigado — respondeu o garoto.

— Por favor, diga-me onde você mora, Renato. Não por você, mas por seus irmãos! — insistiu Túlio.

O menino concordou e deu o endereço, que Túlio anotou num pedaço de papel e depois se despediu dele. Chegando a casa, Túlio contou aos seus pais a história de Renato, que tanto o impressionara.

Os pais ficaram satisfeitos ao ver a preocupação do filho com o pedinte e prometeram ir visitá-lo. No final da semana, levaram uma caixa com gêneros alimentícios e outra com roupas para as crianças.

A alegria da família de Renato foi enorme, pois aquelas coisas iriam amenizar a miséria. Tornaram-se amigos, e o pai de Túlio, conversando com o pai de Renato, convenceu-o a procurar um grupo de ajuda a alcoólatras.

Naquela família, após algum tempo, tudo mudara: José, o pai de Túlio, arrumou emprego para a mãe de Renato e, quando o pai dele parou de beber, empregou-o na sua empresa.

As famílias, agora amigas, sempre se encontravam, e era com gratidão que Renato dizia:

— Vocês são verdadeiros amigos. Quando pedi uma esmola a Túlio em nome de Deus, senti que realmente foi o Senhor que nos ajudou. Obrigado!

Bênçãos do Alto desciam sobre aquelas famílias agora tão unidas, e José disse sorrindo:

— É que quando fazemos algo com amor, Deus está sempre presente!...  
 

                                                                  MEIMEI 


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, no dia 4/11/2013.)

                                                    

 


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