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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 340 - 1º de Dezembro de 2013

 
 



Vale a pena confiar nas

 pessoas

 

Naquela manhã, Augusto não tinha o que fazer e saiu procurando algum amigo que quisesse brincar. No entanto, a rua estava deserta. Ficou decepcionado.

Sem ter o que fazer, olhou para um terreno baldio, vizinho da sua casa, cercado por muro alto, mas cujo portão estava entreaberto. Augusto nunca tinha entrado naquele lugar. Pela abertura, ele viu árvores e o mato, que crescia à vontade.

Curioso, resolveu entrar. Seu coraçãozinho batia forte: Tum! Tum! Tum! Entrou pela fresta e lembrou-se das palavras que a mãe lhe disse um dia:

— Augusto, fique longe daquele terreno! Ali deve ter até cobras venenosas!

Mas o sol estava quente e, debaixo de uma árvore, a sombra era agradável. Caminhou um pouco, afastando com a mão o mato que lhe impedia a passagem.

Ele sentia estar realizando uma aventura, como os personagens dos filmes a que assistia. De repente, ouviu um ruído, seguido de um gemido. Ficou atento.
 

Com cuidado, sem fazer ruído, caminhou um pouco mais. E, escondido no meio do mato, recostado a uma árvore, viu um homem maltrapilho, todo sujo, e com a perna esquerda cheia de sangue.

O menino aproximou-se e o homem encolheu-se contra o tronco da árvore, assustado. Ao ver Augusto, ele respirou, aliviado.

— Ah! É um garoto! O que faz aqui, menino?

— O senhor está machucado! Precisa de curativos! Vou chamar minha mãe. Ela é boa nisso!

— Não!... Não quero que ninguém me veja! — o homem recusou, com medo.

— Está bem. 

Augusto sentou-se no chão, perto do homem, e começaram a conversar. Assim, ficou sabendo que o nome dele era Benedito e fora ferido ao tentar roubar comida num supermercado. O desconhecido prosseguiu:

— Estou desempregado há meses e minha família passa fome. Nunca roubei nada, mas naquele dia eu estava desesperado e resolvi conseguir comida de qualquer jeito!
 

— Você também deve estar com fome, não é? Espere! Vou a casa buscar algo para você comer. Moro aqui ao lado e volto num instante. Prometo que não contarei a ninguém que você está aqui.

Augusto saiu, retornando logo depois com um sanduíche e um copo de café. Com os olhos arregalados, Benedito agarrou o que o menino trouxe, e comeu rapidamente.

— Obrigado, Augusto. Eu estava mesmo faminto!

— Mas, Benedito, tem outro problema: você está ferido e precisa de um curativo! Meu pai é farmacêutico e logo chega para o almoço. Posso trazê-lo aqui? Garanto que ele não contará nada a ninguém!

Como sentisse muita dor, o ferido concordou. Augusto contou para o pai o que estava acontecendo e levou-o, junto com a caixa de primeiros socorros, até o terreno.

Vitório, pai do menino, examinou o ferimento e viu que a bala passara de raspão. Fez o curativo em silêncio e, ao terminar, conversou um pouco com o ferido.

 Benedito contou-lhe como tudo acontecera, em virtude da situação da sua família, que estava passando fome, e concluiu:

— Só quem vê os filhos e a esposa sem ter nada para comer sabe o que senti naquele momento, senhor. É muito doloroso!

— Eu entendo, Benedito — murmurou Vitório, colocando-se no lugar do outro. — Antes você trabalhava em quê?

— Eu era empregado numa fábrica de móveis. Mas faço de tudo: já trabalhei como pedreiro, encanador e jardineiro. Não escolho trabalho! Aceito qualquer coisa, senhor!

Vendo que Benedito era um bom homem, Vitório disse:

— No momento, preciso de alguém que faça a limpeza no meu jardim. Depois, verei com alguns amigos a possibilidade de arranjar-lhe serviço. Aceita?

— Claro que aceito! Obrigado! Foi Deus quem o mandou, senhor Vitório!

Assim, Benedito deixou seu esconderijo e foi para a casa ao lado, onde a mãe de Augusto lhe deu almoço e comida para levar à família. Ao despedir-se, ordenou Vitório:

— Benedito, amanhã logo cedo o espero para limpar nosso jardim.
 

No dia seguinte, quando Augusto acordou para ir à escola, Benedito já tinha chegado. Ao sentar-se para o café da manhã, Vitório ficou sabendo, com satisfação, que Benedito já estava trabalhando. Sorriu para todos, contente, considerando:

— Vale a pena confiar nas pessoas! Hoje mesmo vou ver se acho um emprego para ele.

Assim, Augusto e o pai foram visitar a casa de Benedito, ficando encantados com a família dele.

No dia seguinte, Vitório avisou-o:  

— Benedito, consegui serviço para você numa fábrica de móveis, como gosta.               

A gratidão de Benedito foi imensa! Abraçou Vitório, com alegria, feliz por voltar a trabalhar, ganhando para seu sustento.

A amizade entre as duas famílias só aumentou com o tempo. Benedito sempre orava a Jesus agradecendo a oportunidade de ter conhecido Vitório e sua família, que tanto o tinha ajudado em momento tão grave da sua vida.

E Vitório, contente, sempre elevava o pensamento a Deus, agradecendo a bênção de conhecer o amigo Benedito e sua família, a quem eram tão ligados. E o pequeno Augusto, como o pai, agora repetia sempre:

— Vale a pena confiar nas pessoas!...

 

                                                          MEIMEI


(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 7/10/2013.)

                                                    

 


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