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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 339 - 24 de Novembro de 2013

 
 



O peso da mentira

 

Clarinha não admitia sua culpa ao cometer um erro. Em tudo o que acontecia, jogava a culpa sempre nos outros.

Em casa, quando quebrava alguma coisa na cozinha, colocava a culpa no irmão menor:

— Foi o Caio que quebrou, mamãe.

— Clarinha, como o Caio, que é tão pequeno, poderia ter derrubado o copo que estava em cima da mesa?

— Não sei, mamãe — respondia ela — talvez tenha subido numa cadeira!

— Mas seu irmão ainda não sabe subir em cadeiras, Clarinha!

— Então não sei! — dizia ela saindo de perto.

Na escola era a mesma coisa. Um colega reclamou de um livro rasgado que ele lhe emprestara, mas imediatamente Clarinha respondeu:

— Não fui eu. Você me emprestou, eu o li e coloquei dentro da sua mochila direitinho. Deve ter sido o Lauro, que senta do outro lado. Eu não fui!

E assim acontecia sempre. Certo dia, o irmão mais velho estava muito bravo com Clarinha porque ela havia furado sua bola de futebol.
 

— Não fui eu, Jaime! Por que faria isso? Você me emprestou a bola e eu a coloquei no seu quarto, como a peguei! Deve ter sido o Caio. Eu não fui.

E assim, para tudo que acontecia, Clarinha sempre tinha uma desculpa. Até que, certo dia, cansada daquele comportamento, a mãe resolveu conversar com ela. Levou-a até o quarto e disse:

— Clarinha, você sabe o que aconteceu hoje: o armário da cozinha virou.

 
Antes que a mãe a acusasse, Clarinha disse:

— Mamãe, foi o Caio!

A mãe respirou fundo e considerou:

— Clarinha, o Caio não poderia ter subido numa cadeira e derrubado o armário! Também não estou culpando você! Sei que o armário estava velho e que poderia cair. Só gostaria de saber a verdade.

A menina abaixou a cabeça e não disse nada. A mãe abraçou-a, aconchegando-a ao coração e disse:

— Minha filha, muitas vezes guardamos coisas no íntimo que nos incomodam, fazendo com que nos sintamos mal. É um grande peso que colocamos em nossos ombros e que não sai de lá enquanto não dizemos a verdade. Problemas acontecem e não precisamos nos sentir culpados por isso. Faz parte da vida!

Ouvindo as palavras da mãe, Clarinha começou a chorar:

— Mamãe, fui eu que derrubei o armário. Foi sem querer! Eu queria pegar um doce que estava no alto e subi na cadeira. Quando vi, o armário caiu derrubando tudo. Desculpe-me, mamãe! Não quis quebrar os copos, pratos e tudo o mais que estava dentro dele.

— Eu sei, filhinha. Só queria que você contasse, para aliviar seu coraçãozinho.

— Não vai ficar brava comigo?

— Não, filha. Sei que não fez por querer. Só não desejava que guardasse esse peso em sua cabecinha.

A menina fechou os olhos e disse:

— Nunca me senti tão aliviada quanto agora, mamãe. Quando colocava a culpa nos outros era por medo de ser castigada.

— Eu sei, Clarinha. Mas eu sempre soube quando era você que fazia uma arte. Seu rosto mostrava a verdade. Por isso, em qualquer situação, a verdade é sempre a melhor atitude.

A menina abraçou a mãe, contente.

— Mas como você sabia que eu havia derrubado o armário, mamãe?

— Porque eu vi quando ele estava caindo. Corri para ajudá-la, com medo de que você se machucasse, mas quando me aproximei você havia se levantado e, embora assustada, estava bem. Como você não me viu, resolvi deixar que me contasse a verdade.
 

— Mamãe, nunca mais eu vou acusar os outros por aquilo que faço. A verdade é o melhor caminho. Estou me sentindo ótima agora. Também vou assumir minha culpa por todas as vezes que errei.

Assim, Clarinha procurou o irmão caçula, Caio, e pediu-lhe desculpas pelas vezes m que o acusara para fugir à responsabilidade. Depois procurou Jaime e fez a mesma coisa, recebendo do irmão um abraço, pela coragem de dizer a verdade. Na escola, tomou a mesma atitude com

os colegas que prejudicara.  


Ao voltar para casa, Clarinha estava contente e aliviada. Jamais se sentira tão em paz consigo mesma.

Naquela noite, ao se reunirem para fazer o Evangelho no Lar, Clarinha olhou para cada um dos membros da sua família, e agradeceu a Deus pela oportunidade de ter conseguido vencer a sua grande dificuldade: a mentira.


                                                        MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em 23/09/2013.)  

                                                    

 


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