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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 7 - N° 339 - 24 de Novembro de 2013

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Céu e o Inferno

Allan Kardec

(Parte 8)
 

Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, cuja primeira edição foi publicada em 1º de agosto de 1865. A obra integra o chamado Pentateuco Kardequiano. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

A. Segundo a Igreja, os anjos dividem-se em três grandes hierarquias. Quais são elas?

B. O Espiritismo admite a existência de anjos?

C. Qual é a origem da doutrina acerca da existência dos demônios?

D. Quem são os demônios segundo o ensino da Igreja?

Texto para leitura 

68. Criada simples e ignorante, a alma pouco a pouco se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia espiritual, até atingir o estado de puro Espírito ou anjo. Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta e fruem em sua plenitude a prometida felicidade. Antes de atingir o grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adiantamento, felicidade que consiste, não na ociosidade, mas nas funções que a Deus apraz confiar-lhes e por cujo desempenho se sentem ditosas. (Primeira Parte, cap. VIII, item 13.)

69. A Humanidade não se limita à Terra: habita inúmeros mundos que no espaço circulam; já habitou os desaparecidos e habitará aqueles que se formarem. Deus jamais cessou de criar. Assim, muito antes que a Terra existisse, e por mais remota que a suponhamos, outros mundos havia, em que Espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de mais recente formação, atingindo o seu objetivo antes mesmo que tivéssemos saído das mãos do Criador. (Primeira Parte, cap. VIII, item 14.)

70. Desde toda a eternidade tem havido, pois, puros Espíritos ou anjos. Mas, como a sua existência humana se processou num passado longínquo, eis o motivo por que os supomos como se tivessem sido sempre assim em todos os tempos. (Primeira Parte, cap. VIII, item 14.)

71. Em todas as épocas os demônios representaram papel saliente nas diversas teogonias, e, embora decaídos consideravelmente no conceito geral, a importância que se lhes atribui, ainda hoje, dá à questão certa gravidade, por tocar a própria essência das crenças religiosas. (Primeira Parte, cap. IX, item 1.)

72. Quanto mais se aproxima do primitivo estado, tanto mais o homem se escraviza ao instinto, como ainda hoje se verifica nos povos bárbaros e selvagens contemporâneos; o que mais o preocupa, ou antes, o que exclusivamente o preocupa nesse estado, é a satisfação das necessidades materiais, mesmo porque não tem outras. (Primeira Parte, cap. IX, item 2.)

73. O único sentido que pode torná-lo acessível aos gozos puramente morais desenvolve-se gradual e morosamente. A alma tem, pois, a sua infância, a sua adolescência e a virilidade, como o corpo humano; mas, para compreender o abstrato, quantas evoluções não tem ela de experimentar na Humanidade! Por quantas existências não deve ela passar! (Primeira Parte, cap. IX, item 2.)

74. Durante muito tempo o homem não compreendeu senão o bem e o mal físicos; os sentimentos morais do bem e do mal só mais tarde marcaram o progresso da inteligência humana, fazendo-a entrever na espiritualidade um poder extra-humano fora do mundo visível e das coisas materiais. Essa obra foi, seguramente, realizada por inteligências de escol, mas que não puderam exceder a determinados limites. (Primeira Parte, cap. IX, item 3.)

75. Havendo uma luta constante entre o bem e o mal, triunfando este muitas vezes sobre aquele, e não se podendo racionalmente admitir que o mal derivasse de um poder benéfico, concluiu-se pela existência de dois poderes rivais no governo do mundo. Daí nasceu a doutrina dos dois princípios, aliás muito lógica numa época em que o homem se encontrava incapaz de, raciocinando, penetrar a essência do Ente Supremo. Como poderia ele compreender, então, que o mal não passa de estado transitório do qual pode emanar o bem? (Primeira Parte, cap. IX, item 4.)

76. Evidentemente, para compreender que do mal pode provir o bem, é preciso considerar não uma, mas muitas existências; é preciso abranger o conjunto e somente então aparecerão as verdadeiras causas e os verdadeiros efeitos. (Primeira Parte, cap. IX, item 4.)

77. O duplo princípio do bem e do mal foi, durante muitos séculos, e com nomes diversos, a base de todas as crenças religiosas. Vemo-lo assim sintetizado em Ormuz e Arimane entre os persas, em Jeová e Satã entre os hebreus. Como, porém, todo soberano há de ter ministros, as religiões admitiram também potências secundárias, os bons e os maus gênios. Os pagãos os chamavam de deuses; os hebreus, os cristãos e os muçulmanos chamam-nos de anjos e demônios. (Primeira Parte, cap. IX, item 5.)

78. Satanás, o chefe ou o rei dos demônios, não é, segundo a Igreja, uma personificação do mal, mas uma entidade real, que pratica exclusivamente o mal, enquanto Deus pratica exclusivamente o bem. (Primeira Parte, cap. IX, item 7.) 

Respostas às questões propostas

A. Segundo a Igreja, os anjos dividem-se em três grandes hierarquias. Quais são elas?  

Os da primeira e mais alta hierarquia designam-se conformemente às funções que exercem no céu: são os Serafins, os Querubins e os Tronos.

Os anjos da segunda hierarquia recebem nomes consentâneos com as operações que se lhes atribuem no governo geral do Universo: são as Dominações, as Virtudes e as Potências ou Potestades.

Os da terceira hierarquia têm por missão a direção das sociedades e das pessoas: são os Principados, os Arcanjos e os Anjos de guarda. (O Céu e o Inferno, Primeira Parte, cap. VIII, item 2.)

B. O Espiritismo admite a existência de anjos?  

Sim. Não há dúvida de que existam seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos. A revelação espírita neste ponto confirma a crença de todos os povos, fazendo-nos conhecer ao mesmo tempo a origem e natureza de tais seres.

As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mal, mas aptos para adquirir o que lhes falta. O trabalho é o meio de aquisição, e o fim - que é a perfeição - é para todos o mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir.

Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adiantamento, felicidade que consiste, não na ociosidade, mas nas funções que a Deus apraz confiar-lhes. (Obra citada, Primeira Parte, cap. VIII, itens 3, 12 a 14.)

C. Qual é a origem da doutrina acerca da existência dos demônios? 

O duplo princípio do bem e do mal foi, durante muitos séculos, e sob vários nomes, a base de todas as crenças religiosas. Vemo-lo assim sintetizado em Ormuz e Arimane entre os persas, em Jeová e Satã entre os hebreus. Todavia, como todo soberano deve ter ministros, as religiões geralmente admitiram potências secundárias, ou bons e maus gênios. Os pagãos fizeram deles individualidades com a denominação genérica de deuses e deram-lhes atribuições especiais para o bem e para o mal, para os vícios e para as virtudes. Os cristãos e os muçulmanos herdaram dos hebreus os anjos e os demônios. A doutrina dos demônios tem, por conseguinte, origem na antiga crença dos dois princípios. (Obra citada, Primeira Parte, cap. IX, itens 5 e 6.)

D. Quem são os demônios segundo o ensino da Igreja?  

Por muito tempo se ensinou no âmbito da Igreja que os demônios eram seres votados exclusiva e eternamente ao mal, e Satanás, o seu rei ou chefe. Na época da codificação da doutrina espírita, conforme texto contido na pastoral de Monsenhor Gousset, cardeal-arcebispo de Reims, para a quaresma de 1865, tal pensamento alterou-se um pouco, a saber: Deus não os teria criado perversos e maus, mas os fizera iguais aos Espíritos sublimes de glória e felicidade. Subdivididos por todas as suas ordens e adstritos a todas as classes, eles tinham o mesmo fim e idênticos destinos e seu chefe era o mais belo dos arcanjos. Mas eles se revoltaram e desde então, sem que se saiba exatamente o porquê, dedicam-se ao mal. (Obra citada, Primeira Parte, cap. IX, itens 7 e 8.)

 


 


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