WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 332 - 6 de Outubro de 2013

 
 



O bem ao próximo

 

Carminha, de doze anos, e coração bondoso, morava com os pais em pequena casa de um bairro pobre da cidade.

Certa vez, ela lera que Jesus, quando na Terra, pregara o amor a Deus, ao próximo e até aos inimigos, para que seus seguidores pudessem ser melhores do que as outras pessoas.

Então, Carminha desejava fazer algo de bom para alguém, mas não sabia como começar. À noite, ela orava a Jesus pedindo-lhe que a ajudasse mostrando-lhe o caminho da caridade. 

Certo dia, andando pelo bairro, ela entrou por pequena rua que terminava numa cerca. Como não havia rua, mas querendo conhecer o local, ela entrou por uma trilha e viu um casebre. Ouviu barulho de crianças e, como ali ela conhecia toda gente, menos aquelas pessoas, resolveu conhecê-las.

— Olá! Tem alguém aí? — disse batendo na porta.

Logo três crianças sujas e esfarrapadas apareceram. Carminha sorriu e perguntou-lhes os nomes.

— Eu sou Maria, de seis anos, o bebê no meu colo é Luzia, de oito meses, e este é José, de quatro anos.

— Muito prazer! Tem mais alguém em casa? Onde estão os pais de vocês?

— Mamãe está trabalhando na roça, meu pai está preso e vovô está na cama. Quer conhecê-lo? — perguntou Maria, a maior.

— Gostaria muito. Isto é, se ele não se incomodar.

Maria levou Carminha pela mão até o pequeno quarto onde um velhinho estava deitado. Ela o cumprimentou, perguntando como estava, e ele respondeu:
 

— Estou muito doente, menina. Não posso mais andar e sou eu que fico com as crianças para minha filha trabalhar. Hoje ainda não comemos nada. Nem leite tem para a pequena Luzia, que chora de fome! 

Com o coração apertado pela piedade, Carminha disse que ia resolver o problema. Assim, ela deixou o casebre e foi

em busca das suas amizades. Andou pelo bairro explicando a situação e recolhendo gêneros alimentícios para a família. Pegou uma carriola que era do pai, e assim transportou tudo o que ganhara. Como ela tinha um cofrinho com algumas moedas, comprou leite para o bebê.

   

Voltando ao casebre, Carminha mostrou o que havia conseguido e que não era muito, pois todos ali eram pobres, mas tinha até o leite de Luzia. Ao vê-la chegar, as crianças deram pulos de alegria. Carminha distribuiu pão para todos, fez um suco com laranjas que ganhara e a mamadeira de Luzia. Todos ficaram felizes e satisfeitos.

Depois, resolvido esse primeiro problema, Carminha fez uma sopa com legumes e verduras que recebera

dos vizinhos para eles comerem mais tarde. Não contente com isso, limpou o casebre, lavou as roupas e deixou tudo limpinho.

Ao chegar, a mãe não acreditou no que viu. O vovô Bento explicou que uma mocinha viera e tinha feito tudo na casa. Tomaram a sopa, acompanhada do pão que sobrara, e depois fizeram uma oração em agradecimento pela ajuda recebida.

Carminha retornou ao seu lar sentindo-se realizada. Nada comentou com a mãe sobre o que fizera. Mas, a partir desse dia, todas as tardes, ao voltar da escola, ela corria para a casa do vovô Bento, ajudando no serviço doméstico e cuidando das crianças.

Na escola, Carminha explicou a situação da família para seus colegas e todos se prontificaram a ajudar também. Assim, apareceram panelas, cobertores e tudo o mais que era necessário, inclusive uma cama para o avô, pois a dele estava quebrada.

Os pais de Carminha estavam preocupados com o constante sumiço da filha. Um dia, a mãe chegou mais cedo do serviço e viu a filha saindo de casa com sacolas nas mãos, e resolveu segui-la. Ao ver Carminha entrar em um casebre sem pedir licença, ela entrou também. O que viu fez com que seus olhos se enchessem de lágrimas.

A filha estava entregando o que trouxera e dizia para as crianças com lindo sorriso:

— Hoje vou fazer uma sopa de legumes com macarrão! Graças a uma amiga, esta noite vocês terão uma sopa melhor.

— Oba! Oba!... — gritaram as crianças, batendo palmas.

A mãe de Carminha apareceu na cozinha. Ao vê-la, a mocinha se avermelhou:

— Mamãe? Como chegou até aqui?...

Vovô Bento, que vira pela janela a senhora chegando, levantou-se com dificuldade e foi até a cozinha.

— Por que nunca me contou o que estava fazendo, minha filha?

Carminha abaixou a cabeça, e vovô Bento explicou, apoiando-se numa bengala:

— Senhora, sua filha tem sido o nosso anjo bom. Desde que entrou nesta casa, jamais deixou de nos assistir. Como pode ver, somos muito pobres, e Carminha tem arranjado comida para nós e leite para minha netinha. Minha filha trabalha muito, mas ganha pouco e chega tarde. No entanto, sua filha não deixa que nada nos falte. Até cuida da limpeza!

— Por que nunca me contou, filha? — a mãe voltou a perguntar, emocionada.

Carminha, sem jeito, explicou:

— Porque Jesus disse que, para fazer o bem ao próximo, não podemos divulgar, isto é, que a mão esquerda não deve saber o que faz a mão direita, não é? E na verdade, mamãe, são meus amigos que fazem a caridade, porque eles é que me dão as coisas para distribuir.
 

Em lágrimas, a mãe aconchegou a filha ao coração, dizendo:

— Carminha, você é muito melhor do que eu pensava, minha filha.

— Então, ajude-me mamãe! Vamos pedir ao papai que vá visitar o pai das crianças na prisão para tranquilizá-lo. Ele deve estar muito preocupado com sua família.
 

A mãe concordou e disse:

— Daqui pra frente, eu também quero ajudá-la a fazer a caridade, minha filha. Somos pobres, mas sempre podemos ajudar a quem tem menos do que nós.  

                                                        MEIMEI 


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia, aos 19/9/2013.)
    

                                                    

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita