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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Luciano dos Anjos:

“Hermínio Corrêa de Miranda foi (é) um espírita que dignificou esse título”
 
Muito próximo de Hermínio C. Miranda, Luciano fala sobre o amigo que partiu e sua obra, que todos admiramos

Luciano dos Anjos (foto) é jornalista bastante conhecido do público brasileiro, com atuação em vários órgãos da imprensa nacional, sendo natural do Rio de Janeiro-RJ. Atuou igualmente em programas ao vivo, pela TV, na década de 1960, com políticos e administradores públicos, acumulando expressiva bagagem de experiências

na área de comunicação, editoração, revisão, marketing e ensino, além de haver trabalhado nessa área no Governo do Estado do Rio de Janeiro. Ganhou vários prêmios, entre títulos e condecorações, publicou muitos livros, é membro do Conselho Superior da FEB e com destacada atuação em instituições espíritas. E foi grande amigo de Hermínio Corrêa de Miranda, o notável escritor e pesquisador recém-desencarnado, a quem expressa aqui sua admiração pelo incomparável legado por ele deixado. 


Quando e como conheceu Hermínio Miranda? E como foram esses anos de amizade?

Conhecemo-nos na década de 1950, membros que éramos do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira e colaboradores do Reformador. Anos de estreito convívio, com frequentes conversas sobre a doutrina. A amizade cresceu e, noutras situações, aproximou-nos ainda mais.

Qual a principal característica da personalidade de Hermínio, em sua visão, especialmente por ter convivido com ele?

A retidão do caráter e a sobriedade em todos os sentidos, ao lado de inspirado bom senso.

Qual a grande contribuição que deixou para o pensamento espírita?

Aquela que nos vem espontaneamente da reação do seu público leitor, tanto o de alta cultura quanto o de menor equivalência, mas de igual apreensão do conteúdo de seus textos, elaborados todos em linguagem simples e acessível, conquanto bela, escorreita, convincente.

Dos livros que ele escreveu, qual ou quais considera de maior influência sobre a cultura espírita?

A obra do Hermínio é toda ela magnífica. Gosto muito, em especial, do Alquimia da Mente e de Os Cátaros e a Heresia Católica. O primeiro é uma visão bastante inteligente do psiquismo humano, a qual não consigo ver em obras outras de psiquiatras, neurologistas e psicólogos; o segundo é a inversão de posições na observação final de que os católicos foram os verdadeiros heréticos, na análise e na vivência do cristianismo puro. Nesse sentido, o livro repassa as pegadas da História daquele movimento que identificava no Cristo o ser sublime que nos veio ensinar a autêntica doutrina do amor incondicional.

A postura destemida, firme, convicta e essencialmente doutrinária, que Hermínio apresentou tornou-o muito respeitado no movimento espírita. Comente esse aspecto dessa contribuição cultural-doutrinária dele.

Justa, merecida e acertada a adjetivação. Ofereceu o Hermínio a mais notável contribuição científica à comprovação da lei da reencarnação, mediante pesquisas sérias e acrescidas de ilações irrefutáveis. Sua honestidade e sua glacialidade chancelaram os resultados dos trabalhos.

Comente a experiência do livro “Eu Sou Camille Desmoulins”.

Eu Sou Camille Desmoulins surgiu de eventual encontro nosso em uma das reuniões que ele promovia visando ao estudo da memória integral do espírito. Não obstante, ficamos sabendo, muito tempo depois, que houvéramos programado o trabalho antes de reencarnarmos. Assim está narrado no livro, cuja 4ª edição foi lançada no final do ano passado, bastante ampliada, agora com a ajuda dos recursos da internet (inexistente àquela época). Novos e sensacionais elementos de comprovação foram levantados por meu filho Luciano dos Anjos Filho que, na apresentação, escreve ser esse O Livro. De fato, pensamos que nenhum outro no gênero representou, afora as obras clássicas, prova de igual contundência da lei da reencarnação.

Quantos livros Hermínio publicou? Há obras inéditas ainda para serem publicadas?

Publicou 44 livros, traduziu 4, prefaciou vários. Está para ser lançado o mais recente, pela Federação Espírita Brasileira.

Pode elaborar uma síntese biográfica do amigo?

Na orelha esquerda do Eu Sou Camille Desmoulins (4ª edição) lê-se uma síntese biográfica, feita aliás com muita dificuldade, dado que a vida e a produção do Hermínio não cabem senão em muitas páginas. Se possível me fora sintetizar, eu diria que Hermínio Corrêa de Miranda foi (é) um espírita que dignificou esse título e cumpriu a sua longa missão terrena, iniciada, nos mais importantes momentos, ao lado de Paulo e depois de Lutero.

Há algo marcante que gostaria de relatar de sua experiência de convivência?

Sim. Avesso aos aspectos administrativos do movimento espírita, deles se afastou sempre. Como membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira, sua participação é claro que valeu, e muito, para dar ao órgão prestígio e respeitabilidade. A rigor, nunca se empenhou em nenhum debate e, diante de questões administrativas, preferia o silêncio. Sua tarefa – repetia com assiduidade – era escrever e divulgar a doutrina, baseada na primazia do papel do Cristo como figura central de suas convicções.

Suas palavras finais.

Vou sentir grande falta da sua presença física ao meu lado; mas espero continuar a merecer-lhe a amizade e a confiança, na continuidade de nossa empatia espiritual, malgrado a nova circunstância de tempo e espaço.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita