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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 


O Evangelho segundo o Espiritismo

Allan Kardec

(Parte 30)
 

Damos prosseguimento ao estudo metódico de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, terceira das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em abril de 1864. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate 

A. Como Jesus via a coragem do testemunho?

B. Como entender este ensinamento: "Quem quiser salvar a vida perdê-la-á"?

C. Qual o significado das máximas de Jesus: "Buscai e achareis" e "Ajuda-te, que o céu te ajudará"?

D. Explique a máxima: "Pedi e dar-se-vos-á".

Texto para leitura 

313. Toda ideia nova forçosamente encontra oposição e nenhuma há que se implante sem lutas. Jesus vinha proclamar uma doutrina que solaparia pela base os abusos que cometiam os fariseus, os escribas e os sacerdotes do seu tempo. Imolaram-no, portanto, certos de que, matando o homem, matariam a ideia. Esta, porém, sobreviveu, porque era verdadeira; engrandeceu-se, porque correspondia aos desígnios de Deus e, nascida num pequeno e obscuro burgo da Judeia, foi plantar o seu estandarte na capital mesma do mundo pagão, à face dos seus mais encarniçados inimigos. (Cap. XXIII, itens 12 e 13.)

314. É de notar que o Cristianismo surgiu quando o Paganismo já entrara em declínio e se debatia contra as luzes da razão. Sócrates ensinara uma doutrina até certo ponto análoga à do Cristo. Por que ela não prevaleceu, nascida que foi no seio de um dos povos mais inteligentes da Terra? É que ainda não chegara o tempo. Sócrates semeou numa terra não lavrada; o Paganismo ainda não se achava gasto. O Cristo, ao contrário, recebeu em tempo propício a sua missão. (Cap. XXIII, item 14.)

315. Vencedores do Paganismo, os cristãos deixaram, contudo, a posição de perseguidos e se fizeram perseguidores. A ferro e fogo foi que se puseram a plantar a cruz do Cordeiro nos dois mundos. Como se sabe, as guerras de religião foram as mais cruéis e que mais vítimas causaram em todo o mundo. Cabe a culpa à doutrina do Cristo? Não, decerto, pois ela formalmente condena toda violência. A responsabilidade não pertence, portanto, à doutrina de Jesus, mas aos que a interpretaram falsamente e a transformaram em instrumento próprio a lhes satisfazer as paixões. (Cap. XXIII, item 15.)

316. Jesus, em sua profunda sabedoria, tinha a previdência do que aconteceria. Mas essas coisas eram inevitáveis, porque inerentes à inferioridade da natureza humana, que não podia transformar-se de repente. (Cap. XXIII, item 15.)

317. O Espiritismo vem realizar, na época prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, não o pode fazer sem destruir os abusos. Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez e o fanatismo cego, os quais, levados às suas últimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguições. (Cap. XXIII, item 17.)

318. O tempo das lutas e das perseguições sanguinolentas, contudo, passou; são todas de ordem moral as que o Espiritismo terá de sofrer e próximo está o seu termo. As primeiras duraram séculos; estas durarão apenas alguns anos, porque a luz, em vez de partir de um único foco, irrompe em todos os pontos do Globo e abrirá mais prontamente os olhos aos cegos. (Cap. XXIII, item 17.)

319. "Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa." (Mateus, cap. V, v. 15) "Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente." (Lucas, cap. VIII, vv. 16 e 17.) (Cap. XXIV, itens 1 e 2.)

320. "Aproximando-se, disseram-lhe os discípulos: Por que lhes falas por parábolas?  Respondendo-lhes, disse ele: É  porque, a vós outros, foi dado conhecer os mistérios  do  reino  dos céus;  mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. Falo-lhes por parábolas porque, vendo, não veem, e, ouvindo, não escutam e não compreendem." (Mateus, cap. XIII, vv. 10 a 15.) (Cap. XXIV, item 3.)

321. Essas palavras de Jesus significam que todo ensinamento deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem se queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva deslumbraria, sem as esclarecer. Cada coisa tem de vir na época própria. A semente lançada à terra, fora da estação, não germina. No entanto, o que a prudência manda calar, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva. É então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, a fé desfalece. (Cap. XXIV, item 4.)

322. Não podem existir mistérios absolutos e Jesus está com a razão quando diz que nada há secreto que não venha a ser conhecido. Tudo o que se acha oculto será um dia descoberto, e o que o homem ainda não pode compreender lhe será sucessivamente desvendado, em mundos mais adiantados, quando se houver purificado. Aqui na Terra, o homem ainda se encontra em pleno nevoeiro. (Cap. XXIV, item 5.)

323. "Estando Jesus à mesa em casa desse homem, vieram aí ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos; o que fez que os fariseus, notando-o, dissessem aos discípulos: Como é que o vosso Mestre come com publicanos e pessoas de má vida? Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os que gozam saúde que precisam de médico." (Mateus, cap. IX, vv. 10 a 12.) (Cap. XXIV, item 11.) 

Respostas às questões propostas

A. Como Jesus via a coragem do testemunho?  

Ele lamentava a covardia moral dos que não têm coragem de dizer-se cristãos, mas enaltecia a coragem do testemunho, afirmando que reconheceria, perante o Pai que está nos céus, aquele que o confessasse diante dos homens. Por outras palavras: aqueles que se houverem arreceado de se confessarem discípulos da verdade não são dignos de se verem admitidos no reino da verdade. Perderão as vantagens da fé que alimentem, porque se trata de uma fé egoísta que eles guardam para si, ocultando-a para que não lhes traga prejuízo neste mundo, ao passo que aqueles que, pondo a verdade acima de seus interesses materiais, a proclamam abertamente, trabalham pelo seu próprio futuro e pelo dos outros. Assim será com os adeptos do Espiritismo. Pois que a doutrina que professam mais não é do que o desenvolvimento e a aplicação da do Evangelho, também a eles se dirigem as palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual. Colherão lá os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 13 a 16.) 

B. Como entender este ensinamento: "Quem quiser salvar a vida perdê-la-á"? 

"Tome a sua cruz aquele que me quiser seguir" significa: suporte corajosamente as tribulações que sua fé lhe acarretar, dado que aquele que quiser salvar a vida e seus bens, desprezando os ensinos evangélicos, perderá as vantagens do reino dos céus, enquanto os que tudo houverem perdido neste mundo, mesmo a vida, para que a verdade triunfe, receberão na vida futura o prêmio da coragem, da perseverança e da abnegação de que deram prova. Mas, aos que sacrificam os bens celestes aos gozos terrestres, Deus dirá: "Já recebestes a vossa recompensa”. (Obra citada, cap. XXIV, itens 17 a 19.)

C. Qual o significado das máximas de Jesus: "Buscai e achareis" e "Ajuda-te, que o céu te ajudará"? 

Segundo Kardec, a máxima “Buscai e achareis” é análoga a esta outra: “Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará”. Ambas consagram o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da inteligência. Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu Espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito. (Obra citada, cap. XXV, itens 1 a 5.)

D. Explique a máxima: "Pedi e dar-se-vos-á".  

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças, e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. (Obra citada, cap. XXV, itens 4 e 5.)

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita