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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 7 - N° 311 - 12 de Maio de 2013

 
 



O que se leva desta vida

 

Henrique, de sete anos, tinha viajado com seus pais no final de semana e, na segunda-feira, chegou à escola e viu que os seus colegas estavam tristes. Procurou por Olavo, seu melhor amigo, mas ele não estava na escola. Então, perguntou à professora:

— O que estava acontecendo por aqui? Todos estão diferentes, com cara de choro!

Com delicadeza, a professora informou:

— No sábado, Henrique, seu amigo Olavo faleceu. Ele subiu em uma mangueira para apanhar mangas e caiu, batendo a cabeça em uma pedra e não resistiu. Tentamos avisar seus pais, sabendo da amizade que existe entre vocês, mas estavam viajando e não conseguimos.

Henrique ficou muito triste. Olavo era seu melhor amigo. Como seria agora a vida sem Olavo? Com quem ele ia brincar? Jogar bola, passear? Pôs-se a chorar sentindo a falta do amigo. A professora, vendo que ele não conseguiria estudar naquele dia, mandou-o de volta para casa.
 

No caminho Henrique ia pensando no amigo. Lembrava-se do tempo que passavam juntos, das brincadeiras, dos jogos, dos passeios de bicicleta pelo bairro e tantas outras coisas. Lembrou-se até que gostavam dos mesmos brinquedos.
 

Então, Henrique pensou: Se Olavo estava agora morando em outro lugar, no Mundo Espiritual, quem sabe se ele, Henrique, também não iria para lá?

Então teve uma ideia! Resolveu se preparar devidamente para esse dia. Chegando a sua casa, contou à mãe o que tinha acontecido com Olavo. A mãe consolou-o:

— Você sabe, meu filho, que a morte não existe e que todos continuaremos vivendo em outro plano! Então, faça preces por seu amigo e, um dia, vocês poderão se reencontrar.

Henrique balançou a cabeça, concordando com a mãe, e foi para seu quarto.

Abriu o armário e pegou uma caixa vazia de papelão que achara tão bonita que até guardara para usar quando precisasse. A hora tinha chegado.
 

Então, Henrique separou tudo que mais gostava e foi colocando dentro da caixa: um pião com o cordão, alguns carrinhos especiais, uma pedra verde e transparente que achara numa praia, algumas conchinhas de formato diferente, dois ou três livros de histórias que ele gostava de reler de vez em quando e uma caneta azul linda que ganhara da vovó Bina. Ah! E a roupa de que ele mais gostava e

que ganhara da sua mãe.

Considerando-se satisfeito, fechou a caixa, amarrou com uma fita e puxando uma cadeira, guardou-a bem no alto do armário.

Duas semanas depois, estava fazendo tarefas na sala quando a mãe disse:

— Henrique, senti falta da roupa nova que comprei para você e fui procurar no seu armário. Como estivesse todo desarrumado, aproveitei para fazer uma limpeza nele e encontrei esta caixa lá em cima! Sua roupa nova — a bermuda e a camisa que lhe dei — estão dentro desta caixa! O que significa isso, meu filho?

Então o menino explicou:

— Mamãe, como Olavo foi embora de repente para o Mundo Espiritual, resolvi me preparar devidamente, preparando tudo que eu gostaria de levar, caso acontecesse o mesmo comigo.

Naquele instante a mãe se comoveu, entendendo como a partida do amigo havia mexido com o filho, ainda tão pequeno.

Aproximou-se dele, pegou-o no colo e abraçou-o com imenso amor, depois explicou:    

— Meu filho, entendo seu desejo de querer guardar as coisas que mais gosta para levar junto com você para o Mundo Espiritual, caso precise voltar para lá. No entanto, Henrique, nada disso poderá ir junto com você. Tudo o que for da Terra fica aqui mesmo. Somente poderão nos acompanhar as qualidades que desenvolvermos, o bem que fizemos. Enfim, tudo o que for do Espírito; nada que for de uso do corpo material. Entendeu?

— Ah! Eu pensei que tudo que fosse meu eu poderia levar, mamãe!

— Não, meu filho. Só seguirão conosco as coisas da alma. Por isso, é necessário aprender a ser bom, fraterno, a perdoar as ofensas, desenvolver a paciência, a tolerância e muito mais.
 

Henrique pensou um pouco e comentou sorrindo:

— Então, Olavo deve estar muito bem. Nunca ficou magoado com as artes dos colegas, ajudou a todos, vivia sorrindo. Pensei que ele estivesse agora sentindo falta de “suas coisas”, mas acho que não. Olavo levou realmente o que precisava! Os bens do espírito!

A mãe abraçou novamente o filho e sorriu:

— Não se preocupe tanto com seu amigo, Henrique. Certamente ele sentirá falta dos pais, dos irmãos e dos amigos, mas terá ocasião de reencontrá-los. Quanto às coisas materiais, não podemos levar junto conosco, mas podemos

usar o pensamento para criar o brinquedo ou a roupa de que gostamos muito.

Mais aliviado pelas explicações da mãe, Henrique fez uma prece, com muita emoção, pelo amigo que partira, e que, sem que ele soubesse, estava presente, sorrindo feliz ao ver que não fora esquecido por Henrique.

Os laços espirituais existentes entre os dois com certeza se fortaleceriam com o passar do tempo, e Olavo, agora habitante da Verdadeira Vida, aprendendo e progredindo, poderia transformar-se em Espírito Protetor de Henrique. 

 

                                                        MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo em Rolândia-PR, aos 15/04/2013.)
  



 


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