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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 5 - N° 253 - 25 de Março de 2012

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

(Parte 3)
 

Damos continuidade ao estudo metódico de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em 1861. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões para debate 

A. Por que há Espíritos maus que não valem mais do que os chamados demônios?

B. Como prevenir os inconvenientes que apresenta a prática espírita?

C. Os bons Espíritos podem insuflar o azedume e a cizânia entre os homens?

D. É possível ao homem esquadrinhar o princípio das coisas?

Texto para leitura 

21. Os meios de convicção variam extremamente segundo os indivíduos; o que persuade a uns não produz efeito sobre outros; tal pessoa se con­vence por certas manifestações materiais, outra por comunicações inte­ligentes, o maior número pelo raciocínio. Para a maior parte dos que não estão preparados pelo raciocínio, os fenômenos materiais são de pouco peso. (Item 29)

22. Não aconselhamos desprezar os fatos, já que foi por eles que che­gamos à teoria. Dizemos somente que, sem o raciocínio, eles não são suficientes para fixar a convicção, e que uma explicação prévia, des­truindo as prevenções e mostrando que eles não têm nada contrário à razão, predispõe a aceitá-los. (Item 34)

23. Quando os fenômenos estranhos do Espiritismo começaram a produzir-se, surgiram vários sistemas que tentaram explicá-los. Os sistemas de negação, isto é, os sistemas dos adversários do Espiritismo foram ob­jeto de estudo na introdução e na conclusão d' O Livro dos Espíritos e na obra O que é o Espiritismo. (Item 37)

24. Os partidários do sistema diabólico ou demoníaco não devem ser co­locados entre os adversários do Espiritismo; ao contrário. Ora, se os seres que se comunicam são anjos ou demônios, são seres incorpóreos. Admitir tal manifestação significa admitir a possibilidade de comuni­cação com o mundo invisível ou pelo menos com parte desse mundo. (Item 46)

25. É muito difícil persuadir uma mãe que o filho querido que perdeu e que vem lhe dar, depois da morte, provas de afeição e de identidade, seja um agente de Satã. Certo, há entre os Espíritos os muito maus e que não valem mais do que aqueles que se chamam demônios. E a razão é simples: é que há homens muito maus e que a morte não torna imediata­mente melhores. A questão é saber se são os únicos a se comunicarem. A Igreja reconhece, contudo, como autênticas algumas manifestações da Virgem e de outros santos, em aparições, visões, comunicações orais etc. Essa crença não está em contradição com a doutrina exclusiva dos demônios? (Item 46)

26. O sistema multispírita ou polispírita, ao contrário dos demais sistemas, é fruto de uma observação completa e pode ser resumido nos seguintes princípios gerais:

1o - Os fenômenos espíritas são produzidos por inteligências ex­tracorpóreas, ou seja, pelos Espíritos.

2o - Os Espíritos constituem o mundo invisível; estão em todos os lugares, inclusive ao nosso redor, e com eles estamos em contato.

3o - Os Espíritos reagem incessantemente sobre o mundo físico e sobre o mundo moral e são uma das potências da Natureza.

4o - Os Espíritos são as almas dos que viveram na Terra ou em ou­tros mundos e que se despojaram de seu invólucro corporal; as almas dos homens são Espíritos encarnados; ao morrermos, tornamo-nos Espíri­tos.

5o - Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância. ([1])

6o - Os Espíritos estão submetidos à lei do progresso e todos podem chegar à perfeição; mas, como são dotados de livre-arbítrio, al­cançam-na num tempo mais ou menos longo, segundo seus esforços e sua vontade.

7o - Eles são felizes, segundo o bem ou o mal que tenham feito du­rante a vida e o adiantamento a que chegaram. A felicidade perfeita e sem sombras é partilhada apenas pelos Espíritos que chegaram ao grau supremo da perfeição.

8o - Todos os Espíritos, em dadas circunstâncias, podem manifes­tar-se aos homens; o número dos que podem comunicar-se é indefinido.

9o - Os Espíritos se comunicam por intermédio dos médiuns, que lhes servem de instrumentos e de intérpretes.

10o - Reconhecem-se a superioridade ou a inferioridade dos Espíri­tos por sua linguagem. Os bons aconselham o bem e não dizem senão coi­sas boas; tudo neles atesta elevação. Os maus enganam e todas as suas palavras trazem o selo da imperfeição e da ignorância. (Item 49)

27. Os diversos sistemas que passamos em revista, sem excetuar os que possuem um sentido negativo, repousam sobre algumas observações, porém incompletas ou mal interpretadas. Se uma casa é vermelha de um lado e branca de outro, quem a viu apenas de um único lado afirmará que ela é vermelha, um outro que é branca: ambos têm e não têm razão. Mas quem viu a casa de todos os lados dirá que ela é vermelha e branca, e somente ele estará certo. (Item 49)

28. O mesmo acontece com a opinião que se faz do Espiritismo; pode ser verdadeira a certo respeito e falsa se generalizarmos o que é apenas parcial, se tomarmos por regra o que constitui exceção. Eis por que afirmamos que quem quiser estudar seriamente esta ciência, deve observar muito e por muito tempo. (Item 49)

29. O sistema da alma material parte do princípio de que a alma e o perispírito não seriam duas coisas distintas, ou melhor, o perispírito seria a própria alma, que se depuraria por diversas transmigrações, como o álcool se apura pelas diversas destilações. (Item 50)

30. A Doutrina Espírita considera, contudo, o perispírito simplesmente como um invólucro fluídico da alma ou Espírito. (Item 50) 

Respostas às questões propostas 

A. Por que há Espíritos maus que não valem mais do que os chamados demônios? 

O fato é verdadeiro e a razão é simples: é que há homens muito maus e que a morte não torna imediatamente melhores. Não sendo os Espíritos mais do que as almas dos homens e não sendo estes perfeitos, resulta que há espíritos igualmente imperfeitos e cujo caráter se reflete em suas comunicações. (O Livro dos Médiuns, item 46.)

B. Como prevenir os inconvenientes que apresenta a prática espírita?
 

O melhor meio de se prevenir contra os inconvenientes que pode apresentar a prática do Espiritismo não é proibi-lo, mas fazê-lo compreendido. Deus nos deu a razão e o discernimento para apreciar os Espíritos, tanto quanto os homens. Um temor imaginário não impressiona mais do que um instante e não afeta todo o mundo. A realidade claramente demonstrada é compreendida por todos. O conhecimento prévio da teoria e da Escala Espírita nos darão condições para compreender e controlar as manifestações. (Obra citada, item 46.)

C. Os bons Espíritos podem insuflar o azedume e a cizânia entre os homens? 

Não; os bons Espíritos não insuflam jamais o azedume ou discórdia. Os que agem assim são Espíritos imperfeitos, que, devido à sua inferioridade, podem induzir os homens à desunião. Os bons Espíritos têm a prática do bem como meta e é isso que os caracteriza. (Obra citada, item 50.)

D. É possível ao homem esquadrinhar o princípio das coisas? 

Não, porquanto o princípio das coisas, como é ensinado em O Livro dos Espíritos, está nos segredos de Deus. Pretender folhear com a ajuda do Espiritismo o que ainda não é da alçada da Humanidade é desviá-lo do seu verdadeiro fim. Que o homem aplique o Espiritismo em seu melhoramento moral, eis o essencial, porque o único meio de progredir é tornar-se melhor. (Obra citada, item 51.)


 

[1] A escala espírita é tratada por Kardec nos itens 100 a 113 d' O Livro dos Espíritos.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita