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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 236 - 20 de Novembro de 2011

 

Giralda, a fofoqueira

 

Numa grande floresta vivia uma linda girafinha, chamada Giralda. Por ser muito alta e desengonçada, ela não se sentia bem perante os outros animais da floresta, achando que, em virtude de ela ser diferente, eles não gostavam dela.

Então, sentindo-se menosprezada, Giralda tentava encontrar uma maneira de ser amada e de ter a atenção de todos os bichos.

Um dia, ela estava à beira de uma lagoa saboreando apetitosas folhas que apanhava na árvore mais próxima, quando um macaco, seu amigo, chegou pulando de galho em galho. Giralda pôs-se a observá-lo.

O macaco, com os olhinhos arregalados, viu um fruto maduro e resolveu apanhá-lo. Como o fruto estava pendurado em um galho mais fino, o macaco foi chegando... chegando... chegando... e, quando julgou que estava bem pertinho, esticou a mão para pegá-lo. Mas, naquele instante, ouviu-se um: CREC!... O galho quebrou e ele caiu dentro da lagoa!...

A girafa, que acompanhava tudo, pôs-se a rir do macaco todo molhado. Depois, foi contar a novidade a uma tartaruga que vivia ali perto, e que rolou na grama de tanto rir.


Diante da reação da tartaruga, que gostou da notícia e passou a olhá-la com mais interesse, a girafa resolveu contar o fato aos outros animais. A reação foi a mesma. Todos se divertiram com a situação do macaco, que não gostou nada de servir de chacota para os amigos.

A partir desse dia,  a  girafinha  começou  a

observar a vida de todos os animais da floresta para depois contar aos seus amigos o que acontecia. E isso virou um hábito.

Assim, ela passou a ficar conhecida como Giralda, a fofoqueira. Quando alguém queria saber de novidade, corria para perguntar à girafinha. E, desse modo, com o interesse aumentando cada vez mais, ela tinha de ficar de olho nos outros bichos. Não podia deixar escapar nada!

Acontece que, um dia, ela estava tão preocupada em fiscalizar a vida alheia que, vira de um lado, vira de outro, olha para cima, olha para baixo, para frente e para trás, e de repente, quando percebeu, a pobrezinha tinha dado um nó no próprio pescoço!

Quando percebeu, a girafinha começou chorar e a gritar:

— Socorro! Socorro! Acudam! Ajudem-me! Estou ficando sufocada!...

E era tal a gritaria que todos os animais que estavam por perto se aproximaram para ver a razão daquele berreiro.

Diante da situação da girafa, porém, eles acharam muita graça. Puseram-se a dar risadas. Em torno dela, eles comentavam e riam.

Naquele instante, a girafinha sentiu na pele o que é servir de divertimento aos outros. O mesmo que ela tanto fizera com seus amigos, agora eles faziam com ela, rindo sem piedade da sua triste situação.

Humildemente, ela continuava a suplicar, chorando de cortar o coração:

— Por favor, ajudem-me! Dei um nó no pescoço e agora não sei o que fazer!...

Até que, cansados de tanto rir, os animais pararam, reconhecendo que a situação da girafa era realmente delicada.

— O que podemos fazer? — questionou a zebra.

Mas ninguém tinha uma ideia! Eram todos pequenos e o pescoço da girafa ficava no alto!... Até que a coruja sabiamente sugeriu:

— Por que não fazem uma escada, subindo nas costas um do outro?

Os animais aprovaram a ideia excelente! Com rapidez, fizeram uma escada com os próprios corpos. Em cima de todos ficou o macaco, que passou a orientar Giralda para desenovelar-lhe o enorme pescoço.

— Vira a cabeça para esse lado, Giralda. Isso! Agora, passa por baixo. Assim!... — ele foi ajudando até que conseguiu resolver a situação.

Livre do problema, a girafinha agradeceu a todos os seus amigos, especialmente ao macaco, reconhecendo:

— Sei que agi mal com vocês, usando seus problemas e dificuldades para fazer fofocas. Sentia-me desprezada e, por isso, agi dessa maneira. Na verdade, eu só queria ter o amor e a atenção de vocês!... Por ser grande, sentia-me diferente dos demais!...

— Mas nós gostamos de você, Giralda! — afirmou a oncinha, com o que os outros bichos concordaram. — E, quanto a ser diferente, pode ver que aqui não tem ninguém igual ao outro, e é exatamente isso que faz de cada um de nós seres especiais!

— Tem razão. Obrigada, meus amigos. Agora eu sei disso! Mas sei também como é difícil estar na posição de quem sofre com a chacota alheia. Diante de alguém em dificuldade, em vez de ajudar, eu piorava a situação com meus comentários.

A girafinha parou de falar, olhou para cada bicho e concluiu:

— Por isso, peço-lhes perdão. Nunca mais vou agir assim. Agora, prometo ajudar sempre que puder ser útil.  

Os animais estavam contentes. Abraçaram-se e, desde esse dia, naquele trecho da floresta passou a reinar a paz e o entendimento.

 

                                                                           MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo em Rolândia-PR, em 25/10/2011.)



 


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