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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 218 - 17 de Julho de 2011

 

 

Pagar na mesma moeda?

 

Carlos e Fernando eram vizinhos e gostavam de brincar juntos. De repente tudo mudou.

Certo dia, como de hábito aos sábados, os amigos do bairro resolveram jogar futebol. A partida estava difícil de lado a lado. Mas, aproveitando uma oportunidade, Fernando marcou um gol. Carlos, que estava no time contrário, não gostou.

No término da partida, Fernando se aproximou do amigo de tantos anos brincando:

— Viu só? Ganhamos! Somos melhores do que vocês!

Afinal, o normal era um time perder e outro ganhar! Mas Carlos, que não sabia perder, estava chateado. Deixou que a raiva tomasse conta do seu íntimo, subindo-lhe à cabeça, e, vermelho de raiva, reagiu:

— Vocês ganharam porque nós deixamos!

O amigo estava bravo com ele e Fernando não entendia a razão. Começaram a se olhar atravessado:

— Você não sabe perder, essa é a verdade.

Naquela tarde voltaram para casa sem conversar mais e a amizade deles nunca mais foi a mesma. Fernando, tentando melhorar a situação, foi à casa de Carlos e convidou-o para tomar um lanche, porém ele não aceitou.

Fernando foi embora, triste. Depois disso, onde o encontrasse, Carlos virava o rosto.

Diante dessa reação, Fernando começou a sentir a raiva por ele tomar conta do seu coração, e passou a reagir da mesma maneira.

Na escola, a professora Norma notou a mudança no comportamento dos dois alunos e chamou Fernando para conversar. Ele lhe contou a razão do desentendimento, terminando por dizer:

— Professora, agora eu também estou com raiva dele. Ele vai ver só! Ouvi certa vez meu pai dizer que, na vida, tem de ser “olho por olho, dente por dente”. Pois vai ser assim!...

Desejando ajudar, ela disse:

— Fernando, eu entendo o que você quis dizer: que vai revidar, devolvendo a ofensa com ofensa, como a recebeu. No entanto, isso já mudou! Essas palavras foram ditas por Moisés que viveu muito tempo antes de Jesus. Quando veio ao mundo, o Mestre nos ensinou a reagir de outra maneira, não resistindo ao mal que nos queiram fazer. Que, se alguém nos batesse numa face, para apresentarmos a outra!...
 

O garoto estranhou aquelas palavras. Seus pais se diziam cristãos, mas não tinham o hábito de falar em religião ou de frequentar uma igreja. 

— Ah! Professora! A senhora quer que eu deixe ele me bater e ainda ofereça a outra face? Eu não sou covarde, sou corajoso!...

Ela sorriu ante a indignação do aluno.

— Não, meu filho! Com essas palavras, Jesus quis nos mostrar que não devemos reagir ao mal com o mal, porque a briga não terá fim. Se reagirmos com o bem, com a paz, tudo acaba se resolvendo. Há mais coragem em não reagir a um insulto do que em desejar pagar na mesma moeda. Isso significa que você é mais forte e corajoso do que o outro.

Fernando ficou calado por alguns instantes, depois perguntou:

— A senhora pensa assim mesmo?     

— Penso, e lhe digo mais: A inimizade que agora existe entre vocês não é só pelo fato do seu time ter ganhado o jogo. É pelo sentimento de raiva que se instalou no coração de Carlos e, depois, no seu. Fernando, vocês eram tão amigos! Faça alguma coisa para mudar essa situação. A amizade é algo muito precioso para deixá-la morrer assim!

O menino pensou um pouco e concordou, dizendo que ia tentar. Agradeceu à professora e retornou para casa refletindo como fazer para mudar a situação.

Ele dormiu pensando no problema. Contra seus hábitos, pediu a Jesus que o ajudasse a consertar a amizade deles. Sabia que nenhum dos dois estava feliz daquele jeito.

No dia seguinte, Fernando acordou e, como era sábado, não teria aula. Sua mãe, ocupada na cozinha, pediu-lhe que fosse comprar algumas coisas que estavam faltando.

Fernando foi ao supermercado, escolheu o que precisava e dirigiu-se ao caixa. Ao chegar viu que, à sua frente, estava Carlos com um pacote de açúcar na mão, todo atrapalhado por não conseguir encontrar o dinheiro para pagar. 

Enquanto a fila crescia atrás deles, vermelho de vergonha, ele revirava os bolsos, mas nada! Nesse momento, Fernando tirou do bolso o dinheiro que a mãe lhe tinha dado e disse para a moça, já impaciente:

— Pode deixar. Eu pago.

Carlos virou-se para ver quem o estava socorrendo. Ao ver Fernando, ele não queria aceitar, mas o outro insistiu:

— Fique tranquilo, Carlos, somos amigos. E, se eu precisasse, tenho certeza de que você agiria da mesma forma comigo.

Pelo sorriso de Fernando notou que não havia intenção de humilhá-lo, ao contrário, o outro estava como sempre fora. Carlos aceitou agradecido. Resolvido o problema, logo estavam ambos na rua caminhando juntos.

Ao chegar perto de casa, Carlos disse:

— Fernando, eu agradeço a ajuda que me prestou hoje. Reconheço que não tenho agido bem com você e peço-lhe desculpas. Fiquei irritado por um motivo tão bobo e hoje me envergonho disso.

— Não se preocupe. Eu também não me comportei bem, reagindo da mesma forma. Mas nunca deixei de querer bem a você. E hoje à tarde tem futebol. Vamos?

— Vamos! — concordou Carlos, sorridente.

Ambos se abraçaram e tudo voltou ao normal.

Na segunda-feira, ao chegar à escola, Fernando correu a contar à professora Norma o que tinha acontecido, e depois completou:

— Se não fosse sua ajuda, nada teria mudado. Agradeço-lhe muito, dona Norma!

— Na verdade, Fernando, “você” soube aproveitar a oportunidade que surgiu. Parabéns! 

— Graças a Jesus, professora! Agora vou interessar-me mais pelo Evangelho e fazer com que meus pais também o façam. Percebi que as lições de Jesus são a resposta para nossas necessidades. Se nós soubermos aplicá-las, funcionam mesmo!...             

                                                                           MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia (PR), em 20/6/2011.)

      



 


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