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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 212 - 5 de Junho de 2011

 


Plantando milho

 

Luizinho era um garoto bastante esperto e inteligente. Todos gostavam dele, mas tinha um defeito sério: a impaciência. 

Agitado, queria sempre resolver tudo na hora. Atropelava as pessoas para conseguir o que queria. A mãe, com voz mansa, tentava contê-lo: 

— Calma, Luizinho! Tudo tem um tempo certo! Relaxa, meu filho!...  

À hora do almoço era um problema. Ao chegar da escola, se o almoço ainda não estava pronto, o menino não conseguia esperar. 

— Quero almoçar agora, mamãe! 

— O almoço ainda não está pronto! Tenha um pouco mais de paciência, filho. 

— Não! Estou morrendo de fome. Quero agora!   

E como ele já tinha oito anos, pegava o prato e ia até o fogão servir-se. Comia, e depois reclamava que a comida não estava boa, ao que a mãe retrucava: 

— Mas eu o avisei, Luizinho!  

E assim era em todos os lugares. Na escola, em dia de prova, ele tinha muita pressa de pegar a folha com as questões; depois, na pressa de devolver logo, nem conseguia responder direito.  

Luizinho gostava muito de milho verde. Como o quintal era grande, um dia ele resolveu semear alguns grãos de milho, já pensando nas lindas espigas que viriam e no bolo que sua mãe faria com elas.  

Assim, ele regava o terreno onde tinha jogado os grãos e depois se sentava e ficava olhando para ver se eles brotavam, e reclamava: 

— Mamãe, está demorando muito!... 

A mãe, preocupada com a atitude do filho, um dia disse:

— Luizinho, é assim mesmo. As plantinhas vão demorar a nascer. Vá fazer outra coisa, meu filho, aproveite seu tempo. 

Até que, após uma chuva, apareceram as primeiras folhas, bem verdinhas. E logo elas começaram a crescer... crescer... crescer... até que as primeiras espigas foram surgindo.  

Mas Luizinho estava muito impaciente e a mãe precisava contê-lo. Até que, sem conseguir esperar mais, um dia ele acordou bem cedo e foi até o quintal. Arrancou algumas espigas e correu a mostrar para a mãe, satisfeito. 

— Mamãe, olhe! Já tenho as minhas espigas de milho! Você já pode fazer um bolo com elas!... 

Ao vê-lo entrar na cozinha com os braços cheios, a mãe chegou perto dele, olhou para o que ele tinha colhido e, cheia de piedade, explicou: 

— Meu filho, estas espigas ainda não estão no ponto. São muito novas e você as estragou retirando-as dos pés antes do tempo. Veja! Não têm grãos!... 

— Quer dizer que não vão servir para nada? 

— Isso mesmo. Pode jogá-las no lixo.  
 

O garoto sentou-se de cabeça baixa, triste e desanimado. A mãezinha aproximou-se dele e envolveu-o com amor. 

— Luizinho, tudo tem uma hora certa. A natureza trabalha segundo as suas leis, e não adianta querer atropelar o seu desenvolvimento. Por exemplo, a criança nasce e precisa de tempo para se desenvolver e aprender. Lembra quando você ainda não sabia ler nem escrever? Tudo era difícil, não é? Agora, você lê e escreve com facilidade. Antes, sua cabecinha não estava preparada para aprender essas coisas. E assim acontece o tempo todo!... 

O menino, ao ouvir as palavras da mãe começou a rir, lembrando-se das suas experiências. 

— Mamãe, lembra quantos tombos eu levei para aprender a andar de bicicleta? Eu ficava todo ralado!... E quando quis aprender a jogar futebol, como foi difícil! E... 

O garoto, voltando ao passado, lembrava-se das suas dificuldades e ria muito. 

— É verdade, meu filho. Quantos tombos, quantos machucados!... E em relação à natureza, acontece exatamente assim. Os animais, as plantas, todos têm um tempo certo para se desenvolver, entendeu?  

O menino respirou fundo, lamentando o que tinha feito, e perguntou: 

— E agora, mamãe? Estraguei minha plantação de milho? 

Havia tanta frustração nos olhos dele que a mãe abraçou-o com carinho, consolando-o: 

— Não, meu filho. Pelo que pude perceber você estragou apenas alguns pés. Nos demais, as espigas continuarão crescendo até o ponto de serem colhidas. Jesus nos fala que tudo tem um tempo certo, e diz: Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga. [1]

Ele sorriu mais animado e mostrou que tinha entendido: 

— Está certo, mamãe. Nunca mais vou atropelar nada. Pode acreditar!... 

E durante toda a sua existência, esse ensinamento serviu de roteiro para Luizinho. De temperamento ansioso, ele passou a aceitar o tempo de todas as coisas, procurando ser mais tranquilo e paciente, não agindo por impulso. Para tomar uma atitude ou decisão, seja na área estudantil, profissional ou sentimental, lembrava-se sempre das palavras de Jesus: Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.              

                              
                                                               MEIMEI 


(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em 25/04/2011.)


[1] Marcos, 4:18.       



 


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