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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 195 - 6 de Fevereiro de 2011

 


Briga de garotos

 

Carlinhos e Zezé eram vizinhos e colegas de escola. Por isso, passavam muito tempo juntos, brincando, jogando ou fazendo alguma arte. E, por estarem sempre juntos, às vezes se desentendiam e acabavam brigando. 

Nessas horas, cada um retornava para sua casa a chorar, bravo, e reclamava para os pais do comportamento do outro. Dizia Carlinhos: 

— Assim não dá! Não aguento mais o Zezé. Nunca mais quero vê-lo. Nossa amizade acabou!    

Chegando a casa, Zezé afirmava cheio de raiva:    

— Nunca mais vou brincar com o Carlinhos. Chega! Tudo tem que ser feito como ele quer. Nunca mais farei as pazes com ele. 

E cada um reclamava tanto, que seus pais ficavam também indignados com as atitudes do outro. Mas em determinado dia a briga dos garotos foi tão feia que, tomando as dores do filho, cada um dos pais também virou a cara para os pais do outro.  

Alguns dias depois, Osvaldo, pai de Zezé, que trabalhava como representante comercial, foi até uma empresa de alimentos e pediu para falar com o gerente. A secretária mandou-o esperar um pouco. Logo depois ele foi chamado e, para sua surpresa, viu que o gerente era Alfredo, o pai de Carlinhos. 

— Você?...   

Na mesma hora, espumando de raiva, Osvaldo pegou sua pasta, fez meia volta e saiu do escritório pisando duro.  Ainda se recuperando da surpresa, Alfredo tentou ir atrás de Osvaldo, mas, como havia mais pessoas esperando para falar com ele, não pôde sair. No entanto, ele vinha refletindo na necessidade de fazer as pazes com os vizinhos, e não podia perder essa oportunidade.   

Assim, ao sair da empresa, à hora do almoço, Alfredo foi até a casa de Osvaldo falar com ele. Ficou esperando até vê-lo chegar. Depois, aproximou-se e perguntou-lhe: 

— Osvaldo, nós precisamos conversar. Você me procurou na empresa, não disse o que queria e nem me deixou falar!... 

— Claro! Não sabia que você era o gerente daquela empresa. Se soubesse, nem teria ido até lá!...  

Ao ver a atitude do outro, Alfredo também se sentiu irritado e partiram ambos para a briga, dizendo palavras pesadas e ofendendo-se mutuamente. Estavam na rua e as pessoas

começaram a parar e os vizinhos saíram de casa ao ouvir a gritaria.  

Quando eles estavam no auge da discussão, dois garotos se aproximaram. Um deles perguntou: 

— Papai!... O que está acontecendo? Por que estão brigando?  

Era Carlinhos. O outro menino, Zezé, também tentou separá-los: 

— O que é isso, pai? Que vergonha!... Vocês estão brigando por quê? 

Os pais pararam de brigar, olharam para os filhos e, depois, trocaram um olhar, como se não estivessem entendendo. 

— Mas o que vocês dois estão fazendo juntos? — indagou Osvaldo. 

— É isso mesmo! Não estavam brigados? — perguntou Alfredo. 

Carlinhos e Zezé sorriram. 

— É verdade. Mas já fizemos as pazes há alguns dias! E vocês, porque estavam brigando? - Carlinhos perguntou. 

Osvaldo e Alfredo trocaram outro olhar, espantados. Eles não sabiam por que estavam brigando!... Naquele momento entenderam a besteira que tinham feito. Dois adultos, que deveriam dar o exemplo aos filhos, se envolveram de tal maneira com a briguinha das crianças que acabaram também se desentendendo. 

Eles trocaram um sorriso contrafeito, reconhecendo o absurdo da situação. Osvaldo explicou: 

— Não foi nada. Apenas um mal-entendido, que poderemos resolver facilmente, não é, Alfredo? 

— Com certeza. Vou esperá-lo lá na empresa, após o almoço, para conversarmos.  

Os garotos estavam contentes. Carlinhos disse ao pai: 

— Papai, eu convidei o Zezé para almoçar em nossa casa. Tudo bem?  

— Claro, meu filho!  

E, aproveitando a oportunidade para reparar o

erro cometido, Alfredo prosseguiu: 

— Meu filho, se o Zezé vai almoçar em nossa casa, por que não a família toda? Tenho certeza de que sua mãe vai gostar.  

Em seguida, virou-se para o vizinho e disse: 

— Osvaldo, avise sua esposa que hoje ela vai almoçar fora! 

O outro sorriu, agradecido e emocionado, e eles se abraçaram ali mesmo na rua. Meia hora depois, estavam todos sentados em torno da mesa. 

Alfredo convidou-os à oração, explicando às visitas: 

— Temos o hábito de orar antes das refeições. Carlinhos, faça a prece por nós. 

Carlinhos fechou os olhos e orou: 

— Agradeço a Jesus pelo dia de hoje e por estar tudo bem. Agradeço-lhe também pelos amigos que aqui estão e que são tão importantes em nossas vidas, pelo almoço e pela paz que sentimos. Obrigado, Senhor.  

O clima era de entendimento e reconciliação. Finalmente, aquele mal-estar causado pela briga dos garotos havia terminado e tudo estava em ordem de novo.   

E os adultos, envergonhados, intimamente se comprometiam a não mais errar, deixando-se levar pelas emoções do momento.    

                                                       
Meimei


(Recebida por Célia Xavier de Camargo em 10/01/2011.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita