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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 167 - 18 de Julho de 2010

 

O palhaço

 

Alfredo era um rapaz muito inteligente e que vivia com livros na mão, procurando sempre aprender cada vez mais. 

Ele tinha um amigo de infância, Mário, a quem desprezava por não ser muito dado ao estudo. De temperamento alegre e extrovertido, Mário vivia fazendo brincadeiras e alegrando as pessoas. 

Por isso, Alfredo repreendia o amigo, afirmando: 

— Você precisa estudar mais, Mário, e levar a vida mais a sério! 

Ao que o outro retrucava: 

— Por quê? Eu estudo, mas gosto também de alegrar as pessoas, de vê-las felizes. E você, o que faz para os outros com seus conhecimentos? 

— Eu? Nada. Para os outros, nada. Gosto de aprender apenas para ter conhecimentos!... 

E assim prosseguiam, sem que um conseguisse convencer o outro. 

Certa vez, alguns anos depois, Alfredo teve que ir a um hospital para visitar sua irmãzinha que estava doente, e surpreendeu-se.  

Chegando ao hospital, ele viu um homem vestido de palhaço que fazia brincadeiras para alegrar as crianças e, caminhando entre os leitos, dirigia a cada uma delas palavras de bom ânimo e de esperança. 

— Confie em Deus! Você vai ficar boa logo! 

— Não fique triste. Logo vai sarar. Tenha confiança! 

— Vamos orar a Jesus que suas dores vão passar! 

Alfredo ficou encantado com o trabalho daquele homem.  

Quando o palhaço deixou a enfermaria, após brincar com as crianças, o ambiente havia mudado por completo. Todas estavam alegres, com novo brilho no olhar e sorriam. Uma onda de esperança tomara conta de seus coraçõezinhos.  

Alfredo foi atrás do palhaço. Queria agradecer-lhe pelo sorriso de satisfação que fizera surgir no rosto de sua irmã e de todas as outras crianças e acompanhantes.  

Encontrou-o distribuindo bolachas e brinquedinhos em outra enfermaria. Aproximando-se, disse ao palhaço: 

— Desejo agradecer-lhe pelo trabalho e felicitá-lo pela ideia de alegrar as crianças deste hospital. Notável como, após sua passagem, o ambiente se modifica para melhor!... 

 O palhaço fitou longamente Alfredo, com brilho diferente nos olhos, e agradeceu as palavras de incentivo, completando: 

— Mas você não me reconhece? Sou Mário, seu amigo!... Sabe, Alfredo, gostaria muito de ser inteligente como você e aprender bastante. Porém, como tenho dificuldade, utilizo as possibilidades que possuo e o que sei fazer para alegrar as pessoas. Jesus nos ensinou que devemos repartir o que temos com o próximo. Então, eu reparto minha alegria! 

Alfredo meditou por alguns instantes, envergonhado de si mesmo. Ele, que sabia tanto, que tanto lera e aprendera, nunca repartira nada com ninguém. E Mário, a quem ele desprezara por não ter muito conhecimento, utilizava o que possuía a benefício das crianças.       

Com os olhos úmidos, Alfredo colocou a mão sobre o ombro de Mário e disse, emocionado: 

— Você me deu uma grande lição hoje, Mário. Quero que me perdoe o comportamento passado. Aprendi agora que todo conhecimento que adquiri não tem valor algum se não servir para alguma coisa.  

Alfredo baixou a cabeça, com sorriso tímido, e acrescentou: 

— Ainda não sei como, mas, se você me permitir, eu gostaria de ajudá-lo nesse trabalho que realiza e que faz tão bem às crianças. 

— Você me faria muito feliz, meu amigo! — disse Mário.   

Eles se abraçaram como verdadeiros amigos e, a partir daquele dia, começaram a trabalhar juntos nos finais de semana. Alfredo contava histórias e ensinava passagens do Evangelho de Jesus, adaptadas a cada faixa etária. Depois, Mário, vestido de palhaço, alegrava a todos com suas músicas e brincadeiras.                            

         Aquele que sabe muito
         E não reparte o que tem
         É como o avarento
         Que não agrada a ninguém.

 

                                                                       Tia Célia   
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita