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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 4 - N° 164 - 27 de Junho de 2010

 

O avestruz

 

Toninho era um menino que nunca enfrentava os problemas de frente.

Quando tinha uma dificuldade em casa, e não conseguia resolver, a mãe perguntava: 

— E agora, meu filho, o que vai fazer? 

— Não se preocupe, mamãe. Isso não é nada, pode deixar que eu resolvo.  

Quando ele estava com notas baixas na escola, a mãe afirmava, preocupada: 

— Toninho, você tem que estudar mais, meu filho. Está em época de provas e não tem estudado. 

E ele respondia: 

— Pode deixar, mamãe. Vou estudar. As provas são fáceis, não se preocupe.

No entanto, o próximo boletim vinha com notas piores ainda. 

— Meu filho, se você não se esforçar mais, vai acabar perdendo o ano!  

— Que nada, mamãe. Vou me recuperar, você vai ver! 

Em tudo Toninho agia da mesma maneira, fugindo do problema, como se não quisesse enxergar a realidade.  

Um dia, cansada de ouvir sempre as mesmas respostas, sem atitude nenhuma do filho, a mãe lhe disse: 

— Toninho, o papai estará de plantão na empresa no próximo domingo e não virá almoçar. Você gostaria de ir ao zoológico? 

— Claro, mamãe! Adoro animais!  

Então, no domingo logo cedo a mãe preparou um lanche bem gostoso e foram para o zoológico. Após ver os bichos, eles fariam um piquenique num parque ali perto.  

Toninho estava eufórico e adorando tudo o que via. Ele ficou mais impressionado com o leão, as girafas e os macacos. Caminhando, eles chegaram perto de um cercado mais alto, onde o menino viu um bicho estranho. Parecia uma ave, mas era enorme, desengonçada, e tinha o pescoço e as pernas peladas.  

— Que bicho é esse, mamãe? — perguntou, impressionado. 

A mãe explicou, sorridente: 

— É uma ave, meu filho, e chama-se avestruz. É considerada a maior ave do mundo e a mais rápida também. Chega a medir até 2.5 metros e a pesar 150 quilos!  

— Ah!... E por que aquele outro avestruz está enfiando a cabeça no chão? 

— Bem, essa é uma história interessante. Algumas pessoas dizem que o avestruz age assim para guardar alimentos, escondendo-os de outros animais; outras dizem que é para colocar os ovos para chocar, como se fosse um  ninho;  outras

ainda dizem que o avestruz enfia a cabeça  num buraco quando está com medo ou para se esconder de um inimigo, isto é, para não ver o  perigo que se aproxima.

— É mesmo?... E qual é a verdade? 

— Também não sei ao certo, Toninho. O que eu sei é que o povo, quando alguém não quer enxergar um problema, diz que está agindo como o avestruz: escondendo a cabeça no buraco para fingir que está tudo bem.  

Toninho ficou pensativo diante das palavras da mãe, permanecendo calado.  

Como o céu estivesse cheio de nuvens e ameaçasse chuva, resolveram voltar para casa mais cedo.  

Já em casa, a mãe de Toninho arrumou a mesa e colocou o lanche que tinha preparado com tanto carinho e eles comeram com satisfação.  

No entanto, o menino continuava pensativo, e a mãe perguntou: 

— Está preocupado, meu filho? 

O garoto olhou para a mãe e indagou: 

— Mamãe, será que nós temos alguma semelhança com o avestruz?  

— O que você acha, filho? 

Toninho respirou fundo e respondeu: 

— Acho que eu tenho agido como um avestruz.  

— Por quê? 

— Sei que não estou bem na escola e, por preguiça, procuro me enganar e enganar você também, mamãe.  

— Ah!... E o que pretende fazer? 

— Sei que preciso enfrentar a situação e estudar mais. Esse fato me fez lembrar que, outro dia, quando lemos o Evangelho, tinha uma lição em que Jesus dizia que se a gente se ajudasse o céu, isto é, os Amigos Espirituais nos ajudariam.  

— Muito bem, meu filho! Você agora está tomando a decisão correta.  

A mãezinha, emocionada, estendeu os braços e deu um abraço bem apertado no filho, e depois disse: 

— Você sabe que pode contar comigo e com seu pai, não é?  

— Eu sei, mamãe, e agradeço a Jesus por ter vocês como meus pais.   

Desse dia em diante, Toninho se esforçou estudando e realizando os deveres escolares. E, após as provas, o menino chegou todo feliz, entregando o boletim para a mãe, com resultados bem melhores. 

A mãe, comovida, intimamente agradeceu a Deus por ter conseguido fazer com que o filho despertasse para a realidade.                              


                                                                       Tia Célia  



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita