WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Editorial Inglês Espanhol    

Ano 4 - N° 162 - 13 de Junho de 2010

 

A pureza doutrinária é um
bem ou um mal?


É provável que ninguém, no meio espírita, ignore a célebre orientação dada por Emmanuel ao médium Chico Xavier, no início de suas tarefas no campo da mediunidade.

Recordemo-la: “Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo."  (Elias Barbosa, No mundo de Chico  Xavier, 3ª ed., p. 69.)

Diante disso, é difícil entender por que diversos médiuns admiradores da obra e da pessoa de Chico Xavier repelem toda e qualquer análise que se faça das mensagens que recebem quando as comparamos com a obra de Kardec. Se o conselho era válido para Chico Xavier, por que não o é para os outros médiuns? 

Acrescente-se que a recomendação de Emmanuel acima reproduzida não constituiu um fato isolado em sua obra. No cap. 54 do livro O Espírito da Verdade, psicografado por Chico Xavier e publicado pela FEB em 1961, Emmanuel analisou da seguinte forma a frase de Jesus “Que buscais”, constante de João 1:38:

“Esta simples indagação do Senhor, aos dois discípulos que o seguiam, é dirigida presentemente a todos os lidadores do Espiritismo, diante da Boa Nova renascente no mundo.

(...)

Ao colaborador da propaganda doutrinária, representa a interpelação incessante acerca da tarefa de resguardar a pureza dos postulados que consolam e instruem.” 

Enfatizando de novo a importância da obra de Kardec, Emmanuel grafou pelas mãos de Chico Xavier esta outra significativa mensagem:

“Lembrando o codificador da Doutrina Espírita, é imperioso estejamos alertas em nosso deveres fundamentais. Convençamo-nos de que é necessário: Sentir Kardec; Estudar Kardec; Anotar Kardec; Meditar Kardec; Analisar Kardec; Comentar Kardec; Interpretar Kardec; Cultivar Kardec; Ensinar Kardec e Divulgar Kardec...

Que é preciso cristianizar a humanidade é afirmação que não padece dúvida, entretanto, cristianizar na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a terra mais um sistema de fanatismo e negação.”  

Conselhos semelhantes foram-nos dados por André Luiz por meio de outro médium – Waldo Vieira – na conhecida obra intitulada Conduta Espírita:

“A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo custo.” (Obra citada, cap. 11.)

“Suportar construtivamente as manifestações constantes de cultos exóticos e estranhos à simplicidade e pureza do Espiritismo, oferecendo, tanto quanto possível, auxílio e cooperação, sem pretensiosas exigências aos companheiros que a tais cultos se prendem.” (Obra citada, cap. 23.)

“Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária.” (Obra citada, cap. 44.)

“Desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza nas sessões, assegurando a pureza e a simplicidade da prática do Espiritismo.” (Obra citada, cap. 3.) 

Não estranha, portanto, a ninguém que o Dr. Bezerra de Menezes haja retomado o assunto em uma expressiva mensagem transmitida por intermédio de Divaldo Franco, adiante reproduzida:

Enfrentais no momento dificuldades que se multiplicam. Tendes pela frente desafios inumeráveis. Lobos vestem-se de ovelhas para ameaçarem o rebanho. Permanecei vigilantes como estais demonstrando, a fim de passarmos às gerações do futuro a Doutrina dos Espíritos na pulcritude e nobreza com que a recebemos de Allan Kardec e dos Mensageiros que a compuseram.” (Reformador, dezembro de 2005, pp. 446-447.) 

O tema é focalizado nesta edição em dois momentos: no Especial de Alexandre Fontes da Fonseca, professor de Física na Universidade Federal Fluminense, em Volta Redonda (RJ), e na entrevista de Paulo Afonso Eberhardt, de Passo Fundo (RS), em que ele lembra que é dever dos dirigentes espíritas submeter à análise literária e doutrinária os livros publicados pelas editoras, uma vez que muitas têm no Movimento Espírita apenas um nicho de mercado, de onde podem retirar lucros, mas sem nenhuma preocupação de ordem doutrinária.  

Todas estas recomendações nos remetem, naturalmente, a Kardec, que, prevendo certamente os dias difíceis pelos quais passamos, escreveu em 1868:

“Um dos maiores obstáculos que podem entravar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade; o único meio de evitá-la, senão para o presente, pelo menos para o futuro, é de formulá-la em todas as suas partes, e até nos mais minuciosos detalhes, com tanto de precisão e de clareza, que toda interpretação divergente seja impossível.” (Obras Póstumas, Projeto 1868, p. 307.)


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita