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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 149 - 14 de Março de 2010

 

Auxílio mútuo

 

Dentre todos os meninos da classe, só Otávio e Manoel não se davam bem.  

Viviam brigando, se desentendendo. Se um queria jogar bola, o outro desejava apostar corrida; se um convidava para uma partida de vôlei, o outro queria futebol. Não se entendiam nunca e, não raro, apelavam para os socos e pontapés. 

A professora, preocupada, não sabia mais o que fazer para mudar essa situação. 

Certo dia resolveu levar a classe para um passeio num bosque muito bonito, perto da cidade. 

Para treinar orientação espacial e atenção, dividiu os alunos em grupos de dois, combinando que se encontrariam todos num mesmo lugar, previamente combinado, dentro de uma hora. 

Ao dividir as duplas, colocou Otávio e Manoel juntos para aproximá-los mais um do outro.  

Dado o sinal, tomando rumos diferentes, os pequenos grupos internaram-se no bosque. No retorno, teriam que relatar aos demais alunos o que tinham notado de interessante no percurso feito. 

Otávio e Manoel iam profundamente irritados. Com tanta gente, por que logo eles tinham que ficar no mesmo grupo? 

Caminharam bastante, brigando o tempo todo. Se Otávio queria ir por um caminho, Manoel desejava outro. 

Assim, acabaram se afastando da trilha e entraram no meio do mato. Brigando, não prestaram a devida atenção ao solo e, de repente, caíram num grande buraco, meio escondido pela vegetação. 

No começo, discutiram bastante, acusando-se mutuamente pela situação em que estavam, e acabaram se atracando e rolando no fundo do buraco, aos socos. 

Depois de muito brigarem, cansados e sujos de terra, sentaram-se no chão para recuperar o fôlego.  
 

Percebendo que essa atitude não iria ajudá-los, Otávio sugeriu: 

— Não adianta nada ficarmos aqui a brigar e discutir. Temos que nos unir para sair desta situação. Vamos gritar por socorro. 

Pela primeira vez, Manoel concordou com o colega, e puseram-se a gritar: 

— Socorro! Socorro!... Tirem-nos daqui! Alguém pode nos ouvir?...  

Gritaram... gritaram... gritaram... até ficarem roucos. Mas todos estavam distantes e ninguém conseguia ouvi-los. O buraco era fundo e a vegetação abafava as vozes.  

Exaustos, sentaram-se para descansar.  

— Bem, o que faremos agora? 

— Não sei, mas creio que precisamos procurar um jeito de sairmos daqui. Não podemos ficar dependendo dos outros — considerou Manoel.  

— É verdade. Tenho uma ideia! – disse Otávio. 

— Qual é? 

— O buraco é fundo, mas nem tanto. Se trabalharmos de comum acordo, conseguiremos sair. Acho que pode dar certo – explicou Otávio. 

— Como? – perguntou Manoel. 

— Vamos fazer uma escada. Eu fico embaixo e você sobe no meu ombro. Com algum esforço, conseguirá saltar para fora. Depois, você me ajuda a sair também deste buraco. 

Assim fizeram e, não demorou muito, Manoel estava livre.  

Em seguida, abaixando-se, estendeu a mão, mas não conseguia alcançar a mão de Otávio. Teve uma ideia, avisou: 

— Espere. Vou procurar um pedaço de cipó ou um galho de árvore.  

Assim, dentro de pouco tempo, ele achou um galho forte e, usando toda a sua força, conseguiu retirar Otávio do buraco. 

Foi uma alegria. Estavam cansados, mas aliviados e muito satisfeitos. Abraçaram-se, agradecendo-se mutuamente pelo auxílio recebido. 

A professora, que já estava preocupada com a demora deles, com surpresa viu Manoel e Otávio chegarem, sujos de terra, exaustos, mas abraçados. Espantada, ela quis saber o que acontecera e eles contaram a todos os colegas a aventura que tinham vivido. 

Quando terminaram de contar, Otávio olhou para Manoel e disse: 

— Graças ao Manoel, estou aqui, agora. Se não fosse

ele, não sei o que seria de mim.    

Ao que o outro respondeu: 

— Mas, se não fosse você, Otávio, eu ainda estaria lá, dentro daquele buraco. 

A professora, comovida, considerou: 

— A verdade é que, sem a união de vocês, não teriam se libertado. Fico feliz por ver que, afinal, se entenderam. 

Os dois meninos se olharam, afirmando: 

— A partir de hoje, professora, seremos bons amigos,

porque percebemos que só a união faz a força.

                                              
                                                                       Tia Célia 
   

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita