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Ano 3 - N° 148 - 7 de Março de 2010

 


Afinal, quem somos? 

 
A sociedade terrena encontra-se mergulhada numa situação muito difícil.

A um só tempo os órgãos de comunicação nos mostram pessoas que morrem à míngua em diversos países do planeta, multidões vitimadas por flagelos naturais inúmeros, crianças sem abrigo, jovens que partem deste mundo após um aborto malsucedido, políticos flagrados com o dinheiro da corrupção, oculto até nas meias, e, por fim, a busca da legalização da eutanásia em países como a Holanda, como o leitor pôde ler, semana passada, na seção de Cartas desta revista.

Se acrescentarmos a isso as tribulações pessoais, veremos mais: o drama dos que se encontram desempregados, os jovens que buscam nas drogas ou no suicídio a solução para os seus dilemas e a falência moral dos tempos modernos, que engendra o crime, a violência, a corrupção e o desespero, até mesmo em um país como o nosso, rico por natureza e onde o povo se intitula garbosamente adepto do Cristianismo.

Afinal, quem somos?

Como Kardec disse certa vez, se a Humanidade fosse considerada somente pelo ângulo da vida no planeta Terra, poder-se-ia concluir que a espécie humana triste coisa é. Seria como se analisássemos a população de uma grande cidade levando-se em conta somente os enfermos de um hospital ou os detentos de uma penitenciária. Ora, uma cidade não se resume aos que vivem nos referidos locais, mas é a reunião de todos os elementos que a compõem: os enfermos, os criminosos, as pessoas sadias, os pobres, os ricos, os velhos, os jovens e as crianças.

Desse modo, assim como em uma penitenciária não se encontra toda a população da cidade, a Humanidade não se acha inteiramente na Terra. Os Espíritos não pertencem exclusivamente ao nosso orbe. Existem muitas moradas na casa do Senhor, conforme Jesus fez questão de nos revelar, e todas elas são necessárias para o nosso progresso.

No mundo em que vivemos ocorre o que muitos chamam de estranho paradoxo. O avanço científico extraordinário dos últimos cem anos coincidiu com a eclosão de duas guerras mundiais e com o estado de alerta permanente dos povos que temeram por muito tempo, com razão, o advento de uma terceira grande guerra, que certamente seria a última.

A contradição apontada por alguns é, porém, falsa, porque o planeta sempre esteve envolto em guerras. Estas têm marcado a história dos povos. Como o progresso científico verificado no globo não foi acompanhado de um equivalente progresso moral, tem-se a impressão de que se verifica na Terra um processo de involução ou retrocesso, quando o que ocorre é, efetivamente, uma revolução, derivada dos séculos de tortura, perseguições, exploração e morte, cuja finalidade é limpar o terreno para as futuras gerações comprometidas com a paz e a justiça social.

Nesse sentido, devemos ter sempre em mente estas palavras de Jesus: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5).

Nunca será demais repetir que a morte e a reencarnação estabelecem um sistema de trocas entre o plano material e o plano espiritual.

A morte leva daqui, todos os dias, as gerações acumpliciadas com a velha ordem. A reencarnação traz de novo à cena os seres que, havendo por aqui passado inúmeras vezes, retornam com novas ideias e ânimo redobrado no sentido de estabelecer o reino de Deus na Terra.

É necessário, contudo, que as ideias materialistas, fortalecidas pelo materialismo dos que se intitulam cristãos, não concorram para o efeito contrário, que seria a destruição em vez da preservação desta morada acolhedora que dá o alimento e o amparo a todos os que a buscam com espírito de tolerância, trabalho e solidariedade.

O estado de fome e penúria em que vivem muitos povos é um fenômeno antes moral que econômico, visto que ninguém ignora que os recursos aplicados na arte da guerra são mais que suficientes para erradicar a miséria e implantar as escolas de que o mundo carece.

Não devemos chegar, obviamente, ao ponto de somente mirar as coisas do céu. Em tudo, o meio termo é sinônimo de bom senso. Mas não deixemos que a visão estreita da vida, esse materialismo desenfreado que nos consome, aniquile as possibilidades imensas que se encontram à nossa disposição para o nosso crescimento no rumo do infinito, o qual nos aguarda a todos, queiramos ou não, seja qual for a concepção que tenhamos da vida.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita