WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 147 - 28 de Fevereiro de 2010

 

O bolo de chocolate

 

Luizinho, menino amoroso e inteligente, estava sempre feliz. 

Brincava todos os dias com Carminha, sua vizinha. Ambos tinham seis anos, gostavam de estar juntos, mas nem sempre se entendiam, pois pensavam de maneira diferente. 

Enquanto Luizinho vivia alegre e em paz, Carminha mostrava-se exigente, egoísta e mal-humorada.  

Quando Carminha queria brincar de casinha, Luizinho concordava prontamente, satisfeito. Mas quando Luizinho sugeria um jogo ou brincar de

bola, Carminha não aceitava, ficando amuada. Sendo tranqüilo e cordato, Luizinho acabava concordando com a amiga.  

Certo dia, eles estavam brincando na casa de Carminha, quando a mãe dela chamou: 

— Meninos, entrem e lavem as mãos para tomar o lanche!  

Obediente, imediatamente Luizinho parou o que estava fazendo e foi atender à ordem. Carminha, irritada, levantou-se de má-vontade: 

— Justo agora que estamos brincando, mamãe? Não quero lavar as mãos e não quero comer! — reclamou chorosa.  

O garoto pegou na mão da amiguinha e levou-a para a cozinha. Diante da mesa posta, onde um lindo e apetitoso bolo as esperava, Luizinho disse: 

— Veja, Carminha, que lanche mais gostoso sua mãe preparou para nós. Vamos ao banheiro lavar as mãos. 

Carminha foi quase que arrastada. Depois, eles sentaram-se em torno da pequena mesa, enquanto dona Diva servia o leite com café e cortava o bolo, dando um pedaço às crianças.  

Luizinho tomou o leite e comeu o pedaço de bolo com satisfação, enquanto Carminha se queixava: 

— Gosto mais daquele outro bolo, mamãe. Aquele todo de chocolate com cobertura por cima. 

— Carminha, o bolo que sua mãe fez está uma delícia! Dona Diva, pode dar-me mais um pedaço? — disse o menino.  
 

Com um sorriso, a senhora cortou o pedaço de bolo e, enquanto o servia, considerou: 

— Luizinho, eu noto que você é bem diferente de minha filha. Está sempre alegre, satisfeito, nunca vi você reclamar de nada. Por quê? 

O menino pensou um pouco e inclinando a cabecinha, respondeu: 

— É porque aprendi com a minha mãe que devemos sempre ser gratos a Deus por tudo o que ele nos dá. 

Sempre do contra, Carminha retrucou: 

— Ah, é?! E o que é que Deus tem nos dado? 

— Tudo! — respondeu o garoto, com serenidade. 

— Tudo?... 

E, diante de Carminha, de boca aberta, ele explicou: 

— Sim. Quem foi que nos deu a vida? E o nosso corpinho que nos leva aonde desejamos? E a nossa família? O amor do papai e da mamãe? E este dia tão lindo, e este bolo tão gostoso, e... 

— Mas eu sempre tive tudo isso! — respondeu a outra. 

— Sempre teve porque o Pai do Céu lhe deu. Imagine sua vida sem todas essas coisas, Carminha. 

Dona Diva estava encantada. Percebeu que havia mimado muito sua filha, o que a tinha impedido de avaliar as coisas boas que recebia, considerando-as como direito seu. 

— Luizinho tem razão, minha filha. Você já pensou nas crianças que nascem cegas? Ou que não podem andar?  

Carminha ficou pensativa. O menino concordou com a senhora. 

— Sua mãe tem razão, Carminha. Lembra-se daquela vez que fiquei de cama por alguns dias e não pude brincar com você e nem ir para a escola?  

— Lembro.  

— É porque eu estava com hepatite, uma doença grave. Tinha vontade de me levantar da cama, de brincar, de ir à escola, e não podia. Fiquei revoltado, nervoso. Mamãe, então, me explicou que logo eu iria melhorar, desde que fizesse o tratamento direitinho. Quanto mais eu colaborasse, mais depressa ficaria bom. Que minhas reclamações, meu mau humor e minhas lágrimas não iriam ajudar em nada; ao contrário, só iriam pior meu estado. 

Carminha estava surpresa. Luizinho parou de falar, depois concluiu: 

— Mamãe fez-me ver tudo de bom que Deus tinha me dado e que eu não percebia. Desse dia em diante passei a valorizar mais a saúde, o nosso corpo, a família e um montão de outras coisas das quais não nos damos conta.  

Carminha entendeu que seu amiguinho tinha razão. Com um sorriso no rosto, olhou para a mãe e disse: 

— Mamãe, tenho sido uma filha muito chata, não é? Vou mudar. Quero ser como meu amigo Luizinho. Seu bolo está uma delícia. Pode me dar mais um pedaço?            

                                              
                                                                        Tia Célia   


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita