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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 140 - 10 de Janeiro de 2010

 

O sapo

 

Um grupo de garotos resolveu ir nadar uma pequena lagoa que existia nas imediações da cidade. A tarde estava quente e o sol a pino. Aquela pequena lagoa, em meio à vegetação e à sombra das copadas árvores, surgia como um refúgio natural num dia tão abafado, além de docemente convidativa. 

Estavam em meio às brincadeiras, já refrescados pela água fria e límpida que jorrava de uma mina, quando ouviram um sonoro: quac... quac... 

Ficaram à escuta. Novamente ouviram: quac... quac... 

Garotos inquietos e impacientes, entediados das brincadeiras na água, resolveram procurar o local de onde vinha o ruído, até que acharam! No meio de um tufo de folhagens lá estava ele. 

— Um sapo! — exclamaram as crianças em uníssono, surpresas. 

Verde e pintado, com grandes olhos saltados, apoiando-se nas duas patinhas dianteiras, ele surgiu aos olhos dos meninos. 

— Vamos pegá-lo! — gritou um deles. 

— Vamos cutucá-lo! — exclamou outro. 

— Vamos matá-lo! — berrou outro, mais afoito. 

Ricardo, porém, de coração sensível e generoso, olhou o animalzinho que, pressentindo o perigo, ficara estatelado no chão. Percebeu que o sapinho o fitava com aqueles imensos olhos redondos, inclinando de leve a cabeça como se pedisse socorro. 

Os garotos  já  se  aproximavam, um com um pau na mão,

outro com uma pedra. Conciliador, Ricardo impediu que os meninos atacassem o sapo, dizendo: 

— Deixem o pobrezinho em paz! Não percebem como está assustado? Eu vou dar um mergulho. Quem me acompanha? 

O sapo aproveitou a distração dos meninos e, aos pulos, sumiu no mato. 

Ricardo era um garoto muito pobre. Sua mãe, viúva e só, lutava com bastante dificuldade para sustentar a família. Uma parte do dia ele ia à escola para aprender e ficar sabido; queria progredir na vida para poder ajudar sua família. 

Na outra parte, ele fazia pequenos serviços para ganhar algum dinheiro e poder colaborar nas despesas domésticas. 

Alguns dias depois, Ricardo voltava do trabalho, cansado e suarento. O dia fora excepcionalmente quente, o ar estava abafado e não soprava nem a mais ligeira brisa.  

Passando próximo da lagoa, indo para casa, ele resolveu parar um pouco para se refrescar. Sentou-se à margem e, tirando os sapatos, colocou os pés dentro da água. Suspirou satisfeito. Inclinou-se para molhar as mãos e, nisso, a moeda que trazia no bolso resvalou e mergulhou dentro da lagoa.  

Aflito, o garoto arrancou rapidamente a roupa e mergulhou à procura de seu pequeno tesouro. Não podia voltar para casa sem aquela moeda. Trabalhara a tarde toda para ganhar aquele dinheiro. Tirara água do poço, varrera quintal e tratara das galinhas e dos porcos. Tudo isso lhe valera aquela linda e brilhante moeda, e sua mãe precisava dela.  

Ricardo mergulhou uma, duas, três, cinco vezes procurando localizar seu tesouro. Mas, qual nada!... O fundo da lagoa era composto de areia e pedras, e, com certeza, a moeda desaparecera de vez.  

Exausto, o garoto saiu da água e permaneceu sentado à borda da lagoa, triste e melancólico. Teria que retornar ao lar com as mãos vazias. 

Sentado, com a cabeça apoiada nos braços, Ricardo meditava, quando ouviu a seu lado um solene e sonoro: quac... quac... 

Levantou a cabeça e, com infinito assombro, viu a seu lado o sapo. Na grama, rebrilhava, ainda úmida, a sua linda moeda. 

Com o coração cheio de emoção, ele fitou carinhosamente aquele

pequeno ser que o olhava fixo, com os imensos olhos saltados. Sorriu satisfeito e, coisa estranha, teve a impressão de que, abrindo a enorme boca, o sapo sorrira para ele. 

Agradecido, tocou-o com a mão, alisando-lhe com suavidade as costas escorregadias. Em seguida, o sapinho desapareceu

da sua vista aos pulos, com um quac, quac... à guisa de despedida. 

Reconfortado, Ricardo retornou a seu lar meditando nos conselhos que seu pai, agora desencarnado, lhe dava, comentando os ensinamentos de Jesus: 

— Faça aos outros tudo aquilo que gostaria que eles lhe fizessem, meu filho, porque todo o bem e todo o mal que realizamos retorna sempre para nós mesmos. 


                                                        Tia Célia

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita